31/08/2021 09h43

Metodologia utilizada no Lacen/ES confirma variantes certificadas pela Fiocruz

A busca incansável pelo aprimoramento tecnológico que traga respostas ainda mais rápidas ao enfrentamento da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19) no Espírito Santo tem dado frutos positivos aos esforços dos profissionais do Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES) e ao Sistema Único de Saúde capixaba.

Em um processo utilizado pelo laboratório para a análise genotípica por RT-PCR do vírus SARS-COV-2, foi possível detectar 17 amostras positivas da variante Delta em um escopo de 158 amostras, cujos resultados foram confirmados pelo laboratório de referência, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), como divulgado em pronunciamento nesta terça-feira (31), pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes.

“O resultado do sequenciamento foi 100% concordante com análise genotípica feita aqui no Lacen, antes do envio da amostra à Fiocruz. Usamos um kit de genotipagem por RT-PCR desenvolvido pela Fiocruz que consegue observar a assinatura genética das variantes e, assim, saber qual variante é responsável por aquela infecção da Covid-19”, explicou o diretor do Lacen/ES, Rodrigo Rodrigues.

Ainda segundo o diretor, o resultado é fruto do trabalho dos profissionais do Lacen/ES no aprimoramento das práticas científicas e tecnológicas para o combate à Covid-19.

“Desde o começo da pandemia temos realizado melhorias no parque tecnológico do Lacen e isso ficará como um legado tecnológico ao SUS. Resultados como esse demonstram que o Estado tem diagnósticos laboratoriais de ponta e que a gestão do governador Renato Casagrande não tem medido esforços em investimentos no setor.  Além da genotipagem, o Lacen começará, em breve, a realização do sequenciamento em solo capixaba, que além de dar uma resposta rápida para a Vigilância em Saúde, irá contribuir nacionalmente no processo de vigilância molecular da Covid-19”, disse Rodrigues.

Até o momento, a Secretaria da Saúde (Sesa) realizou o envio de 365 amostras para sequenciamento tendo recebido dados relativos a 158 amostras. Destas, 17 foram identificadas como Delta (10,8%), 138 foram P1 (87,9%).

 

“Independentemente das variantes, trata-se da mesma doença”, alerta secretário

O secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, alertou à população a necessidade de compreender e reconhecer o alto risco das variantes que circulam no Estado.

“Neste momento, reconhecemos o predomínio absoluto de duas variantes circulando: a gama, também conhecida como P1 e a delta, conhecida como variante Indiana. Ambas têm características de preocupação. No entanto, a população capixaba precisa compreender que, independentemente, das variantes, trata-se da mesma doença”, disse o secretário.

Entre as características das variantes predominantes no Estado, Nésio Fernandes explica: “a variante gama tem o poder de evoluir a população jovem não idosa a uma probabilidade maior de internação em leitos de UTI e a óbitos, do que as variantes originárias. Já a Delta tem uma transmissibilidade muito maior.”

E faz um apelo a todos os capixabas: “Toda pessoa positiva ou suspeita de Covid-19 precisa ter ciência da probabilidade de ter a variante delta ou gama, obrigatoriamente, e que são extremamente perigosas. Precisamos reforçar os cuidados, nos vacinar e, em caso de qualquer sintoma, testar!”.

 

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