Após uma longa jornada marcada por desafios, dedicação e cuidado especializado, o pequeno Isaque Manoel, hoje com quatro meses de vida, recebeu alta da Maternidade de Alto Risco do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra. Nascido em julho deste ano, com apenas 28 semanas de gestação e pesando 865 gramas, o bebê foi classificado como prematuro extremo e de extremo baixo peso ao nascer, um quadro que exige atenção contínua e protocolos clínicos de alta complexidade. A alta aconteceu no último dia 11 de novembro.

“A história de Isaque começou ainda antes do parto, quando sua mãe, Eliana, precisou ser internada na Maternidade de Alto Risco do Hospital Dr. Jayme. Foram mais de 20 dias de cuidados intensos na tentativa de prolongar o máximo a gestação. Entretanto, devido a episódios de hipoglicemia materna e à piora do crescimento fetal decorrente de insuficiência placentária, a equipe médica tomou a decisão necessária para salvar mãe e filho: realizar o parto antecipado”, explicou a coordenadora médica da Maternidade de Alto Risco, a obstetra Rosângela Maldonado.

Mesmo vindo ao mundo tão pequeno e vulnerável, Isaque encontrou no Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves o suporte que precisava. Desde os primeiros minutos de vida, recebeu assistência especializada da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), estrutura referência no tratamento de prematuros extremos. Ao longo desses quatro meses, o bebê passou por etapas diárias de evolução, acompanhados de perto por neonatologistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem e toda a equipe multiprofissional da unidade.

“Foram dias de monitoramento rigoroso, apoio ventilatório, controle metabólico e avanços graduais, cada grama conquistada, cada novo movimento, cada respiração espontânea representou uma vitória. A mãe, sempre presente, também recebeu apoio da equipe, que trabalha para fortalecer o vínculo entre mãe e filho durante o período de internação”, pontuou a coordenadora médica da UTIN, a neonatologista Silvia Louzada.

Após uma trajetória marcada por superação e cuidado contínuo, mãe e bebê puderam finalmente seguir para casa. A alta de Isaque foi celebrada não apenas pela família, mas também por todos os profissionais que acompanharam sua evolução. “Casos como o do Isaque reforçam a importância de uma assistência neonatal de alta complexidade, com equipes treinadas e estrutura adequada. Cada prematuro que vai para casa é um símbolo da nossa missão”, destacou a psicóloga Letícia Couto, profissional que acompanhou a família durante toda a internação.

A mãe agradeceu a equipe no dia da alta. “Eu entreguei meu filho a vocês e, hoje, o levo comigo. Levo também a certeza de que encontrei aqui o cuidado que fez toda diferença nas nossas vidas”, disse.

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