Rede de aplicação de remédio para bronquiolite é ampliada

O medicamento utilizado, em casos específicos, para prevenir infecção pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), principal causador de bronquiolite, é o palivizumabe. O remédio é administrado em crianças e, somente no ano passado, foram atendidas 390 que precisaram utilizá-lo.
Pensando nisso, a Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa) ampliou a rede de polos de aplicação ambulatorial do medicamento. Agora, o Hospital Estadual Dório Silva, na Serra, passou a integrar a rede, já formada pelo Hospital Infantil de Vitória, Hospital Infantil e Maternidade de Vila Velha e Hospital Jerônimo Monteiro.
O palivizumabe é aplicado nos meses em que o VSR está em circulação. No Espírito Santo, esse período vai de março a julho. Segundo a coordenadora do Núcleo de Medicamentos Excepcionais e Básicos da Gerência de Assistência Farmacêutica da Sesa, Fernanda Segal Lopes, neste ano 160 crianças receberam o medicamento, o que representa 41% do total de atendimentos realizados no ano passado.
“Com o aumento da demanda, disponibilizamos mais um polo de aplicação ambulatorial para ampliarmos nossa capacidade de atendimento às crianças e mantermos a qualidade do serviço, um trabalho que exigiu empenho da direção, de médicos, enfermeiros, farmacêuticos e técnicos de enfermagem do Hospital Estadual Dório Silva”, comenta.
Público-alvo
O palivizumabe é aplicado, preventivamente, em crianças com até 2 anos que apresentem um quadro clínico especial. Geralmente, são crianças que nasceram prematuras, são portadoras de doença cardíaca congênita e usam algum medicamento específico, são portadoras de doença crônica pulmonar da prematuridade e necessitam de algum tratamento, como uso de oxigênio suplementar ou broncodilatador, por exemplo.
O medicamento é administrado desta forma, porque segundo a infectologista pediátrica Ana Paula Burian, do Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), que funciona no Hospital Estadual Infantil de Vitória, a saúde de crianças com esse perfil tende a agravar muito mais, quando infectadas pelo Vírus Sincicial Respiratório, do que a dos pequenos que estão saudáveis.
De acordo com a médica, o medicamento pode começar a ser aplicado ainda no hospital, caso a criança nasça no período em que o vírus esteja em circulação e se ela estiver dentro dos critérios para receber a medicação. Após a alta, é feita a aplicação ambulatorial.
A infectologista diz que o VSR causa desde resfriado comum até bronquiolite e pneumonia, podendo aumentar o número de internações, possíveis sequelas e também a mortalidade em crianças que apresentam complicações prévias de saúde.
Saiba mais
O que é o palivizumabe?
É um medicamento injetável utilizado para prevenir a infecção pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que causa infecções respiratórias graves em crianças com quadro de saúde vulnerável. Trata-se de um remédio de alto custo, fornecido pela Farmácia Cidadã Estadual.
O palivizumabe é aplicado em quantas doses?
O medicamento é aplicado todo mês durante o período de circulação do vírus. A criança que nasceu em abril, por exemplo, receberá a dose deste mês e dos meses seguintes até julho. No próximo ano, deverá receber o medicamento novamente nos meses em que o vírus estiver circulando, desde que ainda se enquadre nos critérios para receber o medicamento.
Como ter acesso?
Os pais ou responsáveis pela criança devem abrir um processo na Farmácia Cidadã Estadual. Pelo link http://farmaciacidada.saude.es.gov.br é possível obter os telefones de contato de cada unidade e também a lista de documentos necessários para a abertura do processo. Está disponível também o e-mail geaf.palivizumabe@saude.es.gov.br para esclarecimento de dúvidas e orientações.
Onde encontrar uma Farmácia Cidadã Estadual?
Existe uma unidade da Farmácia Cidadã Estadual em cada município a seguir: Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra, Cachoeiro de Itapemirim, Venda Nova do Imigrante, Colatina, São Mateus, Nova Venécia e Linhares.
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde
Jucilene Borges
jucileneborges@saude.es.gov.br / asscom@saude.es.gov.br
Juliana Rodrigues
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Ana Carolina Stutz
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Álvaro Muniz
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