26/04/2018 17h38 - Atualizado em 26/04/2018 17h53

Sesa destaca cuidados com a hipertensão no Dia Nacional de Prevenção e Combate à doença

Nesta quinta-feira (26), é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão. No Espírito Santo, 25% e 30% da população adulta é hipertensa. No entanto, a doença tem acometido cada vez mais crianças e adolescentes. Atualmente, cerca de 9% dos adolescentes tem hipertensão.

De acordo com o cardiologista Werther Clay Monico Rosa, que é referência técnica em Diabetes e Hipertensão da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), estes percentuais estão alinhados com o restante do Brasil mas podem variar de acordo com o sexo, faixa etária e etnia.

Em relação aos fatores de risco para a hipertensão, o médico explicou que eles podem ser classificados em dois grupos: os que podem e os que não podem ser modificados.

“Entre os que não podem ser modificados estão o histórico familiar e a etnia do paciente. Mas o foco maior das ações de saúde deve ser no grupo que se pode modificar. Podemos relacionar entre eles a obesidade, sedentarismo, tabagismo, consumo elevado e continuado de sal, consumo de álcool, consumo de carboidratos e dieta pobre em frutas vegetais e legumes”, destacou.

Ele destacou ainda que a hipertensão não apresenta nenhum sintoma que aponte o problema, mas destacou que se a pessoa apresentar quadros como dor de cabeça, dor na nuca, enjoos, tonturas e falta de ar podem estar associados à doença.

“Por isso é importante diagnosticar e tratar a hipertensão, mesmo sem aparentes sintomas. Embora, seja difícil modificar hábitos de vida, uma cuidadosa atenção às recomendações de reduzir o consumo diário de sal na alimentação, abandonar o sedentarismo, realizar atividades físicas programadas, o alcance do peso ideal e a adoção de uma alimentação equilibrada podem ser fundamentais. Dietas com maior consumo de vegetais e ricas em potássio e magnésio, não são difíceis de serem seguidas. Elas reduzem significativamente a pressão e atenuam ou eliminam a necessidade de medicamentos. Entre as medidas eficazes para tratar a doença estão o exercício físico, principalmente os aeróbicos como caminhadas, corridas, ciclismo e natação, pelo menos 30 minutos por dia”, orientou.

O cardiologista destacou ainda que as causas para o desenvolvimento da hipertensão são inúmeras e algumas ainda desconhecidas, e ressaltou que a ela pode levar à doenças cardiovasculares mais graves, principalmente a doença cerebrovascular, conhecida como derrame cerebral, e também o infarto do miocárdio, doenças do olho, doenças das artérias do corpo que podem levar a amputações, doenças do rim que podem levar a necessidade de diálise, e doenças que matam com rapidez como por exemplo a dissecção aguda da aorta.

“A doença hipertensiva não deve ser confundida com elevações normais da pressão arterial que ocorrem em situações como exercício físico, estresse emocional, estímulo doloroso de qualquer natureza, ingestão rápida de grande quantidade de sal, etc. Na verdade, refere-se a uma elevação persistente da pressão arterial sem nenhuma causa óbvia aparente.”

Em relação ao tratamento, Werther Clay Monico Rosa explicou que há duas formas: usando medicamentos ou encontrar meios não medicamentosos para o tratamento.

“O tratamento não medicamentoso visa reduzir a necessidade de remédios ou até suspendê-los através da mudança dos fatores de risco modificáveis como perda de peso, exercícios, dieta balanceada, atenuação do estresse emocional e boa qualidade de sono, entre outros”, destacou.

Ele ressaltou ainda que a hipertensão está diretamente ligada ao estilo de vida da pessoa, e que é preciso se esforçar para manter um estilo de vida saudável, mantendo uma boa alimentação e praticando atividades físicas.

“Não é necessário tornar-se um atleta. Pode-se dizer que a partir de 30 minutos de atividade aeróbica diária já é possível ter um beneficio, assim como a perda de peso a partir de 5% do peso total da pessoa também já ajuda.”

Rede Cuidar

A Rede Cuidar é o novo modelo de atendimento integral à saúde, que visa melhorar a qualidade de vida das pessoas. Dessa forma, moradores do interior do Estado terão de forma direcionada um acompanhamento e tratamento da hipertensão, através da linha de cuidado de doenças crônicas, que inclui a hipertensão.

Nessas unidades o paciente garante a integralidade da atenção à saúde, ou seja, o paciente recebe um atendimento multidisciplinar incluindo o médico especialista, que irá orientar sobre a medicação para controle da hipertensão quando necessário, o nutricionista, que irá indicar a melhor dieta para cuidar da saúde, e o educador físico, que poderá indicar as melhores atividades para ajudar a controlar a doença.

Atualmente, 572.348 pessoas, de 22 municípios do Estado já podem ser atendidos pela Rede Cuidar, nas unidades de Nova Venécia e Santa Teresa.

A Rede Cuidar é uma rede de atendimento que propõe a reorganização do atendimento no sistema de saúde pública do Espírito Santo, desde a porta de entrada na unidade de saúde do município, passando pelas consultas e exames até a rede hospitalar.

Entre os benefícios para a população estão atendimento mais próximo, evitando o deslocamento para a Grande Vitória; aumento da oferta de consultas e exames; redução do tempo de espera para consultas e exames; atendimento personalizado e humanizado; integração das equipes da atenção primária às equipes da atenção especializada, garantindo um atendimento multiprofissional capaz de resolver até 95% dos problemas de saúde da população em sua própria região.

Todas as regiões do Estado terão uma unidade da Rede cuidar. São cinco, no total. Além de Nova Venécia e Santa Teresa, os municípios que receberão as unidades são Guaçuí, Linhares e Domingos Martins.

 

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