Sesa oferece palestra sobre práticas integrativas e complementares

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) oferece uma webpalestra por meio do Telessaúde|ES, na tarde desta quinta-feira (27), sobre as possíveis contribuições das práticas integrativas e complementares na atenção primária. A palestrante será a coordenadora da Política Estadual de Práticas Integrativas e Complementares, Ana Rita Vieira Novaes, que vai apresentar para profissionais de saúde os benefícios da homeopatia, da acupuntura, da meditação e de outras terapias semelhantes na prevenção de doenças e na promoção da saúde.
“Nesta palestra, vou falar o que são as práticas integrativas e complementares, o que elas podem fazer e de que forma podem contribuir na atenção primária à saúde, passando um pouco pelo conceito de cada uma delas, o que elas têm em comum e como o profissional pode utilizá-las na abordagem individual ou em grupo, como grupos de idosos ou de pessoas que querem parar de fumar”, conta Ana Rita, que é médica, mestre em atenção à saúde coletiva e especialista em homeopatia, acupuntura, pediatria e medicina geral comunitária.
Segundo Ana Rita, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares existe desde 2006, e o Espírito Santo foi o primeiro estado do país a criar uma política estadual. A Secretaria de Estado da Saúde mantém um Centro de Práticas Integrativas e Complementares no Centro Regional de Especialidades (CRE) Metropolitano, em Cariacica, e a área técnica vem buscando estratégias para ampliar o acesso de toda a população capixaba a esse tipo de serviço.
“As práticas integrativas e complementares são resolutivas, possuem um custo muito baixo e elevam o nível de satisfação dos usuários dos serviços de saúde. Muitas nem precisam ser feitas por médicos, como o do-in e a meditação, o que torna essas terapias fáceis de serem aplicadas por uma equipe multidisciplinar como as equipes municipais da Estratégia Saúde da Família”, argumenta a coordenadora.
Ana Rita diz que as práticas integrativas e complementares podem ser utilizadas como terapias coadjuvantes, mas em muitos casos podem ser a primeira opção de tratamento. Ela cita como exemplo um paciente com câncer e um paciente com alergias. No primeiro caso, sessões de acupuntura poderia auxiliar no alívio de sintomas característicos da doença e de efeitos colaterais do tratamento quimioterápico; no segundo, a homeopatia sozinha poderia ser suficiente. “Vai depender de cada caso”, afirma Ana Rita.
A coordenadora ressalta que as terapias que estão no campo das práticas integrativas e complementares têm menos contraindicação e efeitos colaterais e podem ser recomendadas por qualquer profissional de saúde. Entretanto, para ministrar o tratamento, o profissional precisa possuir qualificação na área.
Ela diz que práticas como ioga e tai chi chuan, por exemplo, provenientes da medicina oriental, servem muitas vezes como prevenção do adoecimento. De acordo com Ana Rita, a procura pelas práticas integrativas e complementares é grande no mundo todo e ainda existe carência de profissionais para atuar nessa área.
O Telessaúde
O Telessaúde|ES (telessaude.ifes.edu.br) é uma iniciativa desenvolvida em parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde, a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes).
Uma das principais vantagens é minimizar encaminhamentos equivocados de pacientes atendidos na rede básica, acelerando o diagnóstico e tratamento, pois permite ao profissional do município obter uma segunda opinião sobre determinado caso com um especialista por meio da internet.
Por outro lado, o programa também conta com um vertente educacional, que contribui com a melhoria da assistência na medida em que promove debates sobre temas recorrentes por meio da realização de webconferências com referências técnicas do assunto em questão.