Sesa participa de Encontro Estadual da Rede de Pessoas Vivendo com HIV/Aids

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) participou, neste fim de semana, do Encontro Estadual da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids. O encontro aconteceu em Iriri, no município do Anchieta, no sábado e no domingo. O objetivo do encontro foi ampliar a discussão e a organização da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids para promover a socialização, a integração e a discussão de políticas públicas voltadas para as pessoas infectadas pelo vírus ou que desenvolveram a doença.
A coordenadora do Programa Estadual de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids, Sandra Fagundes Moreira da Silva, disse que o encontro é um espaço de colaboração mútua. É onde as pessoas que vivem com HIV/Aids discutem questões sobre a doença, o tratamento, a rede de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e também sobre as dificuldades encontradas por eles mesmos durante o tratamento.
“É um encontro entre os cidadãos, pessoas que vivem com HIV/Aids, usuários do SUS e que querem discutir quais tipos de críticas eles podem construir sobre o atendimento e sobre a situação da epidemia no Estado. Nós, na posição de governo, contamos com a parceria deles para discutir a política pública de HIV/Aids no Estado. Como? Eles fazendo as críticas e trazendo para nós o que precisa melhorar, e nós debatendo com eles a importância da adesão ao tratamento. Diante de todas as melhorias possíveis, se não houver adesão não adianta nada. O paciente não pode falhar com o medicamento. Tem que tomar todos os dias”, comentou Sandra Fagundes.
Segundo a coordenadora do Programa Estadual de DST/Aids, o que se espera, hoje, é que a infecção seja diagnosticada precocemente e que a pessoa inicie logo o tratamento. “Sabemos que 15% das pessoas positivas não são conhecidas porque ainda não fizeram exame. Além disso, sabemos que a pessoa diagnosticada e tratada precocemente tem uma vida prolongada e uma qualidade de vida melhor. Quanto mais tarde for o diagnóstico, mais tarde a pessoa começará a tomar o medicamento e mais baixa ficará a imunidade do organismo, abrindo as portas para doenças oportunistas como tuberculose ou até mesmo uma gripe que, nessas condições, levam à morte”, explicou.
Rede de serviços
Sandra Fagundes destaca que nos últimos dois anos o Espírito Santo aumentou para 26 o número de serviços que atendem pessoas vivendo com HIV/Aids. A macro Região Norte, segundo ela, é a que tem mais preocupado por ter uma taxa de incidência que aumentou nos últimos três anos, e a região tinha poucos serviços. “Nesses últimos três anos, conseguimos criar o serviço regional, da Superintendência Regional de São Mateus, e nos últimos dois anos criamos os serviços de Barra de São Francisco e de Jaguaré. Neste ano, estamos criando o de Nova Venécia. Então, serão quatro serviços na Regional Norte mais o Serviço de Atendimento Especializado Regional (SAE), que fica dentro de São Mateus”, detalhou.
A rede de atendimento oferece não só o tratamento medicamentoso. Segundo Sandra Fagundes, de forma geral, os serviços oferecem atendimento multiprofissional, com médico, acompanhamento com assistente social, enfermeiro, farmacêutico, nutricionista e psicólogo. Os medicamentos ofertados não são somente os antirretrovirais fornecidos pelo Ministério da Saúde. A Sesa compra 100% das medicações de alto custo para combater infecções oportunistas e as doenças sexualmente transmissíveis. “Há 10 anos a gente compra 100% desses medicamentos e distribui 100% para todos os serviços do Estado. A contrapartida do município é comprar os medicamentos que são da Atenção Primária. Tem alguns medicamentos das infecções sexualmente transmissíveis, como a sífilis, que são comprados pelos municípios. Mas, nos últimos dez anos, o Ministério da Saúde comprou a penicilina e o Estado distribuiu para os municípios”, explicou Sandra Fagundes.
Os serviços também ofertam leite para crianças com até 2 anos de idade filhas de mãe HIV positiva e filhas de mãe HTLV positiva (o HTLV é um retrovírus, assim como o HIV, e causa doenças de pele e doenças neurológicas graves). “Estamos tentando, a partir do ano que vem, ofertar fórmula láctea também para crianças maiores e adolescentes desnutridos. Alguns municípios já fazem isso com recurso federal”, comentou a coordenadora do Programa de DST/Aids.
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