30/10/2021 14h00

Sesa participa de evento da OPAS sobre Sífilis e Sífilis Congênita

Em alusão ao Dia da Conscientização contra a Sífilis e Sífilis Congênita, que acontece, geralmente no terceiro sábado do mês de outubro, o Ministério da Saúde (MS), em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), realizou nos dias 19 e 20 deste mês, a Semana Nacional de Enfrentamento à Sífilis e a Sífilis Congênita, que aconteceu em Brasília na sede da (OPAS).

O evento direcionado à população em geral, contou com a presença de representantes dos dez Estados brasileiros: Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rondônia, São Paulo e Santa Catarina, que realizaram o Projeto Sífilis OPAS e que estão em vias de eliminação da Sífilis Congênita, porém devido à epidemia da Covid-19, sua transmissão foi on-line, pela plataforma do Ministério da Saúde no endereço: webinar.aids.gov.br

Um dos destaques do evento foi a palestra do dia 20, ministrada pela referência do Programa DST Aids da Secretaria da Saúde (Sesa), Sandra Fagundes Moreira da Silva, que abordou o tema “Experiências para o enfrentamento à sífilis congênita no território”. No contexto do tema, Sandra Fagundes apresentou o projeto “Sífilis OPAS”, realizado com a participação de quatro municípios do Espírito Santo: São Mateus, Linhares, Colatina e Vitória, com a finalidade de alcançar a Certificação de Eliminação da Sífilis Congênita e da Transmissão Vertical do HIV.  

O projeto visa a mostrar que ações integradas entre a Atenção Primária à Saúde (APS), a coordenação do Programa IST/DST e Vigilância Epidemiológica, é possível banir a Sífilis de transmissão vertical – quando a infecção acontece no bebê ainda no ventre da mãe ou na hora do parto –, reduzindo, assim, o número de casos de Sífilis Congênita.

Sandra Fagundes relata a importância de representar o Espírito Santo em um evento tão importante em nível nacional.

“Tive o privilégio de mostrar a excelente experiência que o Espírito Santo realizou: o Projeto Sífilis OPAS, que foi realizado no período de fevereiro a julho deste ano, em parceria com a Fundação Espírito-santense de Tecnologia (Fest), conseguindo com êxito realizar ações que tiveram bons resultados sobre a diminuição da transmissão da Sífilis Congênita e aprovação da OPAS e Ministério da Saúde”, afirmou.

Em 2020, a OPAS elegeu 52 municípios brasileiros, com população superior a 100 mil habitantes, com melhores resultados no enfretamento da Sífilis Congênita. No Estado do Espírito Santo, quatro municípios têm apresentado melhor resposta ao desafio da eliminação do agravo: Colatina, Linhares, São Mateus e Vitória, que vêm se destacando com possibilidades de implementar ações para melhoria na qualidade do pré-natal da gestante e, assim, reduzir a transmissão vertical tanto do HIV quanto da Sífilis.

Segundo Sandra Fagundes, este projeto, com o incentivo da OPAS, foi uma ótima oportunidade para a realização de integração da Vigilância em Saúde e a Atenção Primária à Saúde nos quatro municípios do Espírito Santo, em 2021, que mesmo com a epidemia da Covid-19, realizou e continua trabalhando em conjunto com as Secretarias Municipais e equipes municipais da APS, IST/Aids e Vigilância Epidemiológica, com o compromisso de construír um plano integrado de ações para o enfrentamento da Sífilis e eliminação da Sífilis congênita.

Essa integração resultou positivamente, nas ações de orientação do Plano Estadual de Enfrentamento da Sífilis Congênita, elaborado pela Secretaria da Saúde (Sesa) e Colegiado de Secretarias Municipais de Saúde do Espírito Santo (COSEMS/ES), no ano de 2017.



O Projeto: Eliminação da Sífilis Congênita em quatro municípios do Espírito Santo: Colatina, Linhares, São Mateus e Vitória – Implementação de ações para o Selo de Cerificação.

Os 04 municípios conseguiram atingir metas satisfatórias em relação a diminuição de casos e agravos da Sífilis e Sífilis Congênita e publicaram os planos e comitês ao final do Projeto, com isto fizeram junto ao Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do MS, a solicitação do Selo de Eliminação da Transmissão Vertical do HIV e Sífilis no território. Segundo Sandra os municípios de Colatina, São Mateus e Vitória, já solicitaram o Selo OPAS de Eliminação Dupla de Transmissão Vertical de Sífilis e HIV.

Durante o período do desenvolvimento do projeto no Espirito Santo, foram realizadas reuniões on-line de pactuação com a gestão municipal sobre a priorização da agenda para o desenvolvimento produtivo dos trabalhos a serem executados.

Foi realizado diagnóstico situacional para cada município, com mapeamento das populações vulneráveis no território; elaborados planos municipais de ações integradas de intervenção, considerando os eixos e orientações do Plano Estadual de Enfrentamento da Sífilis Congênita, com integração das ações de Atenção Primária e Vigilância em Saúde.

Reuniões de Capacitações on-line e presenciais com os municípios, sobre diagnóstico e tratamento de Sífilis Adquirida, Gestante e Sífilis Congênita, para equipes municipais de APS, IST, VE, Farmácia e Maternidades, integrantes das equipes de saúde dos municípios de Colatina, Linhares, são Mateus e Vitória.

Algumas ações realizadas na prática do projeto

Para a execução do projeto, foram realizadas diversas ações de apoio as práticas:

Elaborados materiais gráficos educativos voltados para o atendimento da população;

Confecção e fornecimento de camisetas para identificação das equipes das unidades de saúde e da coordenação municipal de IST para desenvolver as suas atividades de campo;

Aquisição de um computador, notebook e um Projetor Multimídia Datashow para cada Coordenação Municipal de IST/Aids, para melhoria do trabalho de treinamentos, documentos e notificações;

Distribuição de suprimentos materiais instrucionais de IST (folder sobre IST, panfleto e cartaz sobre Sífilis Congênita, cartaz adesivo sobre diagnóstico e tratamento de Sífilis e banner´s, indicativos de locais de realização de testes rápidos), e material de consumo;

Fornecimento de suprimentos materiais instrucionais de IST e de biossegurança devido à COVID-19 (Luvas, máscaras, álcool gel 70%, dispense);

Foram realizadas análises e estatísticas do banco de dados e realizado monitoramento da notificação dos casos de Sífilis Adquirida, Sífilis em Gestantes e Sífilis Congênita.

Houve aquisição de equipamentos e implementação da Unidade de Saúde de Referência dos municípios selecionados com fornecimento de equipamentos, materiais e suprimentos, para melhoria da qualidade da informação e notificação dos casos de sífilis congênita;

Sandra Fagundes relata sobre a importância da continuidade do trabalho nos municípios e empenho nas atividades das equipes envolvidas para a eliminação da Sífilis congênita;

 “Após o primeiro momento do desenvolvimento do projeto, no Espírito Santo as pactuações e planejamentos das ações para eliminação dupla da transmissão vertical do HIV e Sífilis Congênita continuam, e ainda há um longo trajeto para os municípios percorrerem até o alcance do Selo de Boas Práticas para a Eliminação da Sífilis Congênita. Houve empenho dos secretários de Saúde e das equipes de saúde dos quatro municípios envolvidos nos diferentes pontos de atenção à saúde, e isso foi e está sendo um grande auxílio”, disse Sandra Fernandes.



Informações à Imprensa:

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