Setembro verde: missa e helicóptero do Noater emocionam fiéis em prol da doação de órgãos

“Deus é o doador de todos os bens. Imitemos sua bondade, doando o que temos e somos”. Esse foi o convite do guardião do Convento da Penha, o frei Gabriel Dellandrea, que, além de reconhecer ser doador de órgãos, presidiu a missa de ação de graças pelas famílias dos doadores, na tarde dessa quarta-feira (24), no Convento da Penha, em Vila Velha. A celebração foi emocionante e contou com o sobrevoo do helicóptero do Núcleo de Operações e Transportes Aéreo (Notaer), que faz o transporte de órgãos.
A missa integra a programação do setembro verde, mês de conscientização sobre doação de órgãos e tecidos, da Central Estadual de Transplantes (CET-ES) da Secretaria da Saúde (Sesa). Durante a celebração, os fiéis fizeram uma reflexão minuciosa, a partir do evangelho do dia, da conduta de Jesus Cristo em sua doação de amor em atos de caridade e na sua morte, que garante a vida espiritual. Após a oração eucarística, com palmas e gritos, os fiéis ovacionaram o helicóptero, quando fez duas voltas entorno do Convento.
“A vida pode continuar. Esse é o lema da nossa campanha, que pretende conscientizar as famílias sobre a importância de que as pessoas deixem em vida esse desejo, ao conversar com os familiares sobre a doação de órgãos. Não é uma conversa fácil, mas é importante que seja feita”, reconheceu o secretário da Saúde, Tyago Hoffmann.
Ainda durante a celebração, o frei Gabriel Dellandrea orou pelas pessoas que esperam na fila de transplantes no Estado e pediu a benção da padroeira do Espírito Santo, Nossa Senhora da Penha, para doadores de órgãos, para suas famílias e quem já foi beneficiado com os transplantes.
“A doação dos órgãos do meu irmão Jodelson deu vida a nossa família. Mostrou que a morte dele teve um propósito. E é isso nos consola. Perder ele foi um momento de muita dor. Ver o sofrimento nos olhos da minha mãe foi o pior de tudo. Ele era pai, tio e irmão. Neste ano, ele passou mal em casa. Encontramos ele caído no quarto. Não sabemos exatamente o que ele teve. Ele foi socorrido e teve uma para cardíaca no hospital, que levou a morte cerebral, em poucos dias de internação. Sou enfermeira e já preparei a minha família sobre a possibilidade da doação”, contou a enfermeira Jordiana Rossi Pereira, de 42 anos.
A família doou o coração, rins, córneas e fígado do Jodelson, em uma decisão de muita coragem, em meio ao luto dele e de outros parentes. “Minha mãe fez essa escolha, que permitiu que outras pessoas pudessem viver por meio do meu irmão. Saber disso nos conforta de uma maneira que nos deixa em paz”, enfatizou Jordiana.
A primeira dama do Estado, Maria Virgínia Moça Casagrande, esteve presente na missa, junto com outras autoridades sanitárias, como o subsecretário de contratualização em Saúde, Héber de Souza Lauar; o superintendente da Regional de Saúde de Vitória, Alexsandro Vimercati; e a anfritriã do evento, a coordenadora da CET-ES, Maria Machado.
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