Os pacientes internados na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, contam agora com um diferencial na segurança clínica. Desde o início do mês de julho, duas farmacêuticas trabalham exclusivamente no local acompanhando todo o processo de medicação. 

“Os pacientes internados na UTI possuem um grau de complexidade maior do que os demais. Necessitam de muitas medicações, em doses e horários diversos, além das complicações de cada caso. Por isso, fizemos um estudo e acreditamos que a interação da equipe assistencial com os farmacêuticos trará melhores resultados, em curto prazo, tanto para os pacientes quanto para a equipe,” explicou Thais Regado, gerente de Farmácia do Grupo Aebes, que administra o Hospital Estadual Dr. Jayme. 

Os profissionais cumprem uma carga horária de 8 horas por dia à disposição da UTI e trabalham dando suporte aos fluxos do setor. Em relação à equipe médica, as farmacêuticas auxiliam no ajuste da dose, nos horários específicos para cada medicação e na indicação da melhor substância para cada paciente. Já em relação à equipe de enfermagem, o trabalho é acompanhar a dispensação e instalação de drogas vasoativas e eletrólitos (minerais que permitem a regulação dos procedimentos). 

“Os pacientes necessitam de um grande volume de medicamentos, por isso, orientamos quanto ao preparo, às vias corretas de administração, quanto ao ajuste dos períodos de infusão e alertamos sobre possíveis interações medicamentosas. A nossa grande conquista é contribuir para melhorar a assistência prestada aos pacientes,” destacou a farmacêutica, Sarah Gosvaski. 

A gerente de Farmácia, Thais Regado, explicou ainda que a farmácia clínica é uma área da farmácia voltada à ciência e prática do uso racional de medicamentos. Os farmacêuticos prestam cuidado ao paciente e apoiam a equipe multidisciplinar, de forma a otimizar a farmacoterapia, promover saúde e bem-estar. 

“O objetivo de alocar farmacêuticas na UTI foi, justamente, garantir maior segurança a todos os envolvidos, pacientes e equipe assistencial. Pacientes, acompanhantes e familiares agora têm mais um profissional capacitado na assistência, avaliando e monitorando os fluxos. Já a equipe tem à disposição um profissional para o suporte técnico necessário,” avaliou Thais Regado.

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