Maria Flor, Guiné, Ayla e Logan são muito mais do que cães. Eles são os “Doutores de Pata”, responsáveis por realizar um tratamento inovador e único: dar doses infinitas de amor, carinho e alegria. No último dia 19 de outubro, o quarteto visitou os pacientes das Unidades de Terapia Intensiva, Pronto-Socorro e Internação do Hospital Estadual de Urgência e Emergência ‘São Lucas’, em Vitória. E o diagnóstico foi unânime: muito amor envolvido.

Os pacientes ficaram emocionados com a possibilidade de ver, tocar e brincar com os animais, e não faltaram lágrimas e risadas para todos. Os funcionários do hospital também não ficaram para trás, comemorando a presença ilustre dos quatro "cãoterapeutas" no plantão com muita alegria.

A iniciativa foi fruto de uma mobilização da equipe Multidisciplinar do Hospital São Lucas, que teve uma experiência positiva com uma visita canina na UTI do hospital, em abril deste ano e se empenhou para possibilitar a expansão do projeto. A gerente de atendimento ao cliente, Mariana Castro, explicou que esse momento único só foi possível graças ao esforço de toda a equipe e a parceria com os voluntários da ONG.

“Como gestora da área, fico emocionada em ver projetos como este, que aquecem nossos corações. A iniciativa dos ‘Doutores de Patas’ traz um novo brilho ao hospital, oferecendo acolhimento e bem-estar tanto para nossos pacientes quanto para nossos colaboradores, integrando o cuidado médico com carinho e leveza de forma inovadora e humanizada. Estamos orgulhosos e felizes por fazer parte deste projeto e ansiosos pelas próximas visitas, reforçando que o cuidado humanizado faz toda a diferença na vida dos nossos pacientes”, comemorou Mariana Castro, já ansiosa pela próxima visita.

Fundada pela assistente social Clara Maria de Souza, a ONG Doutores de Patas já conta com 14 cães voluntários e seus tutores, que já tem planos de voltar ao ‘São Lucas’ após o enorme sucesso da iniciativa. Segundo a assistente social, Logan foi o primeiro “cãoterapeuta” e ela a primeira paciente. Hoje, a missão dos dois é levar o amor que a salvou para quem está vivendo um momento de grande fragilidade e também pode se beneficiar do carinho genuíno dos animais.

“Em 2021, tive uma crise de pânico no meio da noite. O Logan entendeu antes mesmo que eu, veio ficar ao meu lado e foi a respiração dele, o apoio que eu senti, que me ajudou a sair daquela situação. Entendi a importância e o dom que ele e outros animais têm de realmente ajudar nos momentos difíceis. Escrevi esse projeto com a ajuda de uma psiquiatra e uma psicóloga que trabalhavam comigo na época. Senti a necessidade de convidar mais cães, já que o projeto foi um enorme sucesso. Todo o trabalho é feito de forma gratuita, por voluntários”, destacou Clara Maria de Souza.

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