08/11/2019 15h54 - Atualizado em 08/11/2019 15h57

Carreta de prevenção à hanseníase estará em Cariacica na próxima semana

Na próxima terça-feira (12), a “Carreta da Saúde – Hanseníase” estará em Cariacica. Até a quarta-feira (13), o veículo ficará estacionado em frente à Prefeitura, no bairro Alto Lage. Equipada para funcionar como uma unidade de saúde itinerante, a carreta tem cinco consultórios e um posto de coleta de exames destinados a ações que favoreçam a busca ativa de casos novos de hanseníase.

Cariacica é o sétimo município a receber a “Carreta da Saúde – Hanseníase”. Até o dia 6 de dezembro, outras 13 cidades do Estado serão contempladas com serviços de diagnóstico e conscientização sobre a hanseníase no Estado.
A carreta é utilizada também para treinamento de equipes municipais sobre diagnóstico precoce da doença, tratamento, prevenção de incapacidades e promoção em saúde. Ela ficará estacionada em locais estratégicos e de fácil acesso nas cidades. A ideia é que a unidade atenda a população do município sede e também pessoas vindas de municípios vizinhos, em dias e horários específicos (ver cronograma).

De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, a iniciativa é importante para informar a população em geral sobre os aspectos clínicos e sociais da doença. “No Brasil, a hanseníase é uma doença que passa por uma falsa eliminação, pois há uma redução da incidência da doença por redução no diagnóstico e não redução, de fato, da carga de doentes. Então, ações como essa são fundamentais tanto para treinar, garantir o acesso, dar um diagnóstico oportuno, quanto para promover o debate sobre a doença”, ressaltou.

A ação é idealizada pelo Ministério da Saúde (MS) e pela Associação Alemã de Assistência aos Hansenianos e Tuberculosos (ONG DAHW), que conta com o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), da multinacional Novartis Brasil e dos municípios contemplados com o programa.

 

Hanseníase

Conhecida comumente como lepra, a hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pela bactéria Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, que lesiona os nervos periféricos e reduz a sensibilidade da pele. Geralmente, o distúrbio ocasiona manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas com perda ou alteração de sensibilidade em áreas como mãos, pés e olhos, mas também pode afetar o rosto, as orelhas, nádegas, braços, pernas e costas. A transmissão ocorre por meio das vias respiratória (tosse, espirro, fala e respiração).

Após o diagnóstico que está disponível nas unidades básicas de saúde, os pacientes recebem o tratamento completo baseado em poliquimioterapia (PQT), ou seja, associação de vários medicamentos, conforme forma clínica. O tratamento da hanseníase interrompe a transmissão e previne deformidades.

 

Dados

O Espírito Santo registrou em 2018, 1,46 casos por 10.000 habitantes (aproximadamente 572 doentes em tratamento e com 5% de abandono). Em 1993, o Estado documentou 24,46 casos por 10.000 habitantes (cerca de 6.540 doentes, com percentual de abandono do tratamento em 59%).

Em relação à detecção de novos casos, também houve queda nos números durante o mesmo período, passando de 3,21 casos para 1,19 casos a cada 100 mil habitantes. Só no ano de 2018, foram registrados 467 novos casos da doença no Estado.

A diminuição dos casos no Espírito Santo é, de acordo com a coordenadora do Programa de Hanseníase da Sesa, Marizete Puppin, consequência do trabalho desenvolvido pelo Estado. “São quase três décadas de trabalho intensivo. Temos um serviço contínuo nos municípios e o Estado segue no fluxo contrário dos outros estados no País, que têm aumentado o diagnóstico. O Espírito Santo tem um dos melhores índices de cura, mas ainda assim precisamos de ações como esta da carreta para ampliar nossas ações de alerta”, explicou. 

Mesmo com a diminuição no número de casos, a doença é considerada pelo Ministério da Saúde como um problema de saúde pública. “É uma doença que persiste e os números são muito altos em comparação ao que preconiza a Organização Mundial da Saúde (OMS), que é menos de 1 caso por 10 mil habitantes. Por ser uma doença crônica, precisamos estar em permanente vigilância. No Brasil se fala em eliminação da doença, que significa trazer os números para os parâmetros e índices de menos 1 caso para 10 mil habitantes para todos os estados”, esclarece Marizete Puppin.

 

Cronograma de permanência da Carreta da Saúde – Hanseníase

 

Data/Hora

Região

Município*  

3ª semana

12-13/11 | 8-17h

Metropolitana

Cariacica

14/11 | 8-17h

Metropolitana

Vila Velha

4ª semana

19-20/11 | 8-14h

Central

Colatina

21/11 | 8-14h

Norte

Barra de São Francisco

22/11 | 8-17h

Norte

Ecoporanga

5ª semana

25/11 | 8-14h

Norte

Nova Venécia

26/11 | 8-14h

Norte

Boa Esperança

27/11 | 8-14h

Norte

Pinheiros

28/11 | 8-14h

Norte

Mucurici

29/11 | 8-17h

Norte

Montanha

6ª semana

02/12 | 8-14h

Norte

Pedro Canário

03/12 | 8-14h

Norte

Conceição da Barra

04-05/12 | 8-17h

Norte

São Mateus

06/12 | 8-14h

Norte

Jaguaré

*Os endereços são definidos por cada município

 

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