Central Estadual de Transplantes realiza curso de capacitação sobre morte encefálica

A Central Estadual de Transplantes do Espírito Santo (CET-ES) promoveu, em parceria com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), Ministério da Saúde (MS) e Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), o Curso de Determinação de Morte Encefálica para médicos que atuam em emergências e UTI´s da Rede Hospitalar do Estado do Espírito Santo.
A capacitação, que aconteceu no último sábado (02), foi ministrada por instrutores da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB). Participaram 24 médicos, que tiveram aulas teórica e prática.
O objetivo do curso no Estado é capacitar médicos para o diagnóstico de Morte Encefálica em conformidade com a Resolução CFM 2173/2017. O diagnóstico de Morte Encefálica, uma das principais linhas de cuidado em transplantes, é indispensável para a doação de órgãos. Desde 2017, com a publicação da Resolução 2.173 do Conselho Federal de Medicina (CFM), apenas médicos especificamente capacitados podem realizar esse diagnóstico.
A coordenadora da CET-ES, Maria Machado, explica que após o protocolo ser finalizado e o diagnóstico de morte encefálica ser confirmado, uma equipe multidisciplinar acolhe os familiares e informa sobre a possibilidade da doação.
"Após o diagnóstico confirmado, a equipe multidisciplinar acolhe os familiares em ambiente propício, esclarecendo o significado de morte encefálica e abordando a possibilidade da doação dos órgãos. Quando os familiares optam por doar os órgãos, o processo tem início na Central de Transplantes, com exames específicos, gerando a lista dos pacientes compatíveis e comunicação com os hospitais transplantadores para avaliação dos pacientes receptores e agendamento dos procedimentos", esclarece a coordenadora.
A CET-ES tem entre os seus objetivos, incentivar a procura e captação de órgãos e tecidos, para aumentar efetivamente a captação e o aproveitamento de órgãos e tecidos em todo o Estado. Para que isso se concretize, são necessárias mudanças em toda a cadeia envolvida neste processo, onde várias ações são desenvolvidas para que o número de pacientes na fila de espera para transplante no Estado diminua. Para atingir esse objetivo é necessário planejamento contínuo de estratégias e metas.
Atualmente, a Central Estadual de Transplantes contabiliza 1.651 pacientes aguardando por um órgão no Estado, sendo 1.118 para transplante de rim, 518 para córnea, 13 para fígado e 2 à espera de um coração a ser transplantado.
Como ser doador de órgãos
Qualquer pessoa pode ser doadora de órgãos. Para isso, basta ter condições clínicas de saúde. No Brasil, a legislação não obriga que se realize uma declaração documental ou insira em documentos de identidade a informação de que deseja ser doador de órgãos.
No entanto, é imprescindível que a pessoa converse com seus familiares sobre o seu desejo de ser doador para que, no momento da sua morte, seu familiar possa autorizar a doação dos órgãos.
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