25/06/2024 18h30

Conferência livre debate gestão do trabalho e da educação na saúde

Temas como integração entre ensino, serviço e comunidade, Educação Permanente, Educação Popular e residências em saúde foram discutidos durante a “Conferência Livre” – preparatória para a 4ª Conferência Estadual de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (4º CGTES), que aconteceu na última quinta-feira (20). Promovida pelo Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi), na Faculdade Estácio de Sá, em Vitória, o evento contou com a presença de gestores, profissionais de saúde, residentes e estudantes. 

O tema foi a “Formação em serviço: a contribuição do ICEPi na produção da saúde e cuidado das pessoas”, que elaborou propostas e ações para o eixo temático “Educação para o desenvolvimento do trabalho na produção da saúde e do cuidado das pessoas que fazem o Sistema Único de Saúde (SUS) acontecer: a saúde da democracia para a democracia da saúde”, da 4ª CGTES.

Os mais de 150 participantes foram divididos em grupos de trabalho para a discussão das temáticas e, ao final do dia, foi feita a deliberação das propostas que serão levadas para a etapa estadual da conferência. Além disso, três delegados foram eleitos para representarem o instituto na etapa estadual: as residentes Gleiciane Pereira dos Santos e Letícia Peisino Buleriano, e o diretor-geral do ICEPi, Fabiano Ribeiro. 

Abertura

Ribeiro abriu a conferência lembrando que o Sistema Único de Saúde (SUS) é uma conquista social originada de espaços como a conferência. “Com a criação do SUS, temos artigos da Constituição específicos para a saúde, que trata da formação profissional e incorporação de ciência e tecnologia. É impossível fazer saúde sem a força real e a capacidade humana dos trabalhadores. Nós vamos defender o sistema de saúde porque isso é defender a vida”, enfatizou. 

“Graças aos espaços de debate é que conseguimos o maior sistema de saúde do mundo e é preciso discutir e evoluir na gestão do trabalho”, afirmou o gerente de Inovação do ICEPi, Ricardo Costa.

A professora Renata Santos, do curso de Fisioterapia da Estácio de Sá, também falou no evento. “Temos uma admiração muito grande pelo SUS, até porque ele faz parte do processo de formação dos alunos. Então, precisamos ter a carga horária nesse campo de prática, o que sempre foi muito proveitoso. Nós trabalhamos o respeito e a admiração pelo Sistema Único de Saúde no processo educacional dos estudantes e o quanto ele influencia na nossa vida como trabalhador”, frisou. 

Representando o Conselho Estadual de Saúde (CES-ES), Cristiano Araújo compôs a mesa de abertura e frisou que os profissionais de saúde desempenham um papel importante na construção do SUS. “A formação dos trabalhadores desenvolve processos e práticas na atuação profissional dentro do sistema de saúde”, disse Araújo. 

Mesa temática

Já a mesa temática intitulada “Educação para o desenvolvimento do trabalho na produção da saúde e do cuidado das pessoas que fazem o SUS acontecer: a saúde da democracia para a democracia da saúde” contou com a diretora do Departamento de Gestão da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Livia Milena Barbosa de Deus e Mello, e com o consultor técnico do ICEPi e do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (Conass), Márcio Lemos. 

“A saúde é produtora de vida e gera desenvolvimento. Nosso desafio atual é integrar ensino, serviço e comunidade e ofertar processos formativos (técnico, graduação e pós-graduação) articulados com as necessidades do SUS, do contexto social e do mundo do trabalho”, explicou Livia Milena Barbosa de Deus e Mello. 

Márcio Lemos destacou que o Instituto tem produzido respostas concretas para os desafios do SUS, sendo um espaço de formação capaz de formular projetos, Residências em Saúde, Estágio de Vivência e demais ações práticas. “A educação permanente é o processo educativo que insere o cotidiano do trabalho. E o trabalho em saúde é dinâmico, complexo e envolve muitos atores, mas não podemos perder a dimensão ‘cuidadora’ com os usuários do SUS”, completou. 

4ª Conferência Estadual de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde

A 4ª Conferência Estadual de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (4ª CGTES) vai acontecer entre os dias 23 e 25 de agosto, no Espírito Santo, e antecede a etapa nacional, que ocorrerá de 10 a 13 de dezembro, em Brasília.

O tema desta edição é “Democracia, trabalho e educação na Saúde para o desenvolvimento: gente que faz o SUS acontecer”. O objetivo é aprofundar o debate a avaliar as políticas de trabalho e da educação na saúde para a formulação de diretrizes e propostas que serão levadas para a conferência nacional.

Confira as propostas aprovadas na Conferência Livre:

  • Resgatar, fortalecer e fomentar o uso de instrumentos de gestão já existentes para a manutenção da integração ensino e serviço mediante à pactuação entre Instituições de Ensino e Serviços de Saúde, como o Contrato Organizativo de Ação Pública Ensino-Serviço Saúde (Coapes);  
  • Garantir que os recursos específicos destinados à educação permanente em saúde em níveis federal, estadual e municipal sejam efetivamente utilizados para a implementação de programas de formação e desenvolvimento; 
  • Criação da Política Estadual de Educação Popular em Saúde, construída com o apoio dos movimentos sociais, institucionalizada e fortalecida na Secretaria da Saúde (Sesa) do Governo do Espírito Santo, para além do projeto de educação popular já existente no ICEPi, inclusive, inserindo a metodologia de educação popular em todos os cursos do Instituto;  
  • Instituir a Política Nacional de Residências em Saúde (médicas, multiprofissionais e uniprofissionais), com financiamento específico, em áreas prioritárias para o SUS, de acordo com as necessidades locais; 
  • Revisão de diretrizes curriculares dos cursos de graduação em saúde, de forma a implementar currículos que, por meio de metodologias ativas, promovam a integração entre estudantes de diferentes graduações da saúde de modo presencial, com ênfase na formação para o SUS, tendo em vista a formação de profissionais humanizados e preparados para atuação em prática. 

 

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