Dia das Mães: A importância dos cuidados antes e durante a gravidez

A gravidez é um ciclo da vida aguardado por muitas mulheres. Durante os nove meses de gestação, o corpo da mulher passa por alterações para receber um novo ser. Manchas na pele, olfato e paladar mais apurados, sono excessivo e esquecimento, são algumas mudanças que podem ocorrer no organismo.
Portanto, para que as mulheres estejam preparadas para esse período, é preciso ter um planejamento e acompanhamento médico, diminuindo o risco durante a gestação.
Com o intuito de auxiliar e orientar as novas mamães nesse período, a Atenção Primária à Saúde (APS), responsável pelo atendimento à saúde da mulher, possui várias ações que são realizadas durante os atendimentos, oferecendo mais segurança para a gestante e a família. Entre os exames e ações disponíveis estão o pré-natal, a assistência ao parto e nascimento e o planejamento familiar.
O médico Ary Célio de Oliveira, referência da Área Técnica de Saúde da Mulher da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), reforça a necessidade da grávida, além de ser bem amparada pela medicina, estar estável na vida pessoal. “A mulher precisa ter a consciência que essa etapa é singular em sua vida e quanto mais ela estiver estável emocionalmente, economicamente, fisicamente e conjugalmente, será o melhor momento para a gravidez”, explica.
Para manter a própria saúde e a do filho, durante o pré-natal a mãe recebe um calendário de atividades que serão executadas durante a gestação. A primeira consulta deve ocorrer antes da 12ª semana, sendo efetuados em média 14 exames durante o período de gravidez, como exames laboratoriais, de imagem, papanicolau preventivo, entre outros.
A jornalista Thainná Karina de Oliveira Lages, 36 anos, mãe de primeira viagem do pequeno Samuel, 44 dias, reforça sobre a importância de realizar todos os exames. Ela conta que fez todo o pré-natal e que esse processo foi essencial para garantir a sua saúde e a do bebê. “Eu fiz o pré-natal tão direitinho que ganhei meu bebê com 40 semanas exatas”, conta.
Thainná Karina e o pequeno Samuel de 44 dias. |
O médico também destaca que outra etapa importante na gestação é a imunização por meio da vacinação. Nessa fase são aplicadas as vacinas de profilaxia do tétano, difteria e influenza. Também são realizadas as testagens contra o HIV, sífilis e hepatite. “É importante que a gestante tenha o caderno de vacinação em dia desde a adolescência” afirma.
Ary ressalta também que é importante o uso do ácido fólico, medicamento responsável por prevenir doenças de má formação congênitas, principalmente as de tubo neural e hidrocefalias. O ideal é que o uso seja iniciado três meses antes do início da gestação.
“Essas vacinas são extremamente importantes para diminuir os riscos de transmissão de alguma doença para o bebê. Assim que eu e meu filho recebemos alta do hospital, levei ele a uma unidade de saúde, onde foi imunizado contra a hepatite e fez o teste do pezinho. Temos que aproveitar os serviços disponibilizados pelo governo”, ressalta Thainná.
A psicóloga Cintia Svensson Casotto, 34 anos, está em sua segunda gestação. Mãe da Isabel, de 3 anos, e grávida de 17 semanas, ela declara que na primeira gestação seguiu as recomendações médicas, tomou o medicamento corretamente e sua filha nasceu saudável. “Nessa segunda gestação, acabei começando os medicamentos apenas após descobrir que estava grávida, mas estou seguindo todas as orientações”, disse.
Cintia Svensson e a filha, Isabel, de 3 anos. |
A hora do parto
A hora do parto é um momento que gera dúvidas e apreensão nas gestantes. Ary Célio explica que, durante o pré-natal, é preenchido um documento denominado mapa de vinculação, onde é indicado a maternidade que o bebê irá nascer de acordo com a necessidade de cada paciente. Assim é criado um vínculo da mãe com o local, proporcionando uma tranquilidade a todos.
No Brasil, desde 1996, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou, baseada em evidências científicas, diretrizes para assistência ao parto humanizado, natural ou normal. Com isso, o projeto Parto Adequado visa incentivar o parto normal diminuindo assim os riscos à saúde que podem ocorrer na cesariana. Nesse processo, as maternidades adotam boas práticas ao nascimento, melhorando assim o amparo às mães.
De acordo com Ary Célio, o risco de mortalidade no parto é dobrado quando o procedimento realizado é a cesariana. Ele reforça, ainda, as vantagens do parto normal para a mulher. “No parto normal, o retorno às atividades do dia a dia é muito mais rápido, as dores do pós-parto são menores, além do índice menor de mortalidade”, disse.
Thainná revelou a sua experiência com o parto normal. “Eu acabei de ter o bebê e já consegui tomar meu banho sozinha, colocar minha roupa sozinha. Foi muito tranquilo” conta.
Para ela, a sensação de ser mãe é a mais incrível e é o maior amor. “Eu tinha uma pequena noção de como seria, mas só entendemos a força desse amor quando realmente acontece. É maravilhoso”.
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