20/01/2023 11h54 - Atualizado em 20/01/2023 12h00

Dia do Farmacêutico: Saúde relata experiências de profissionais que atuam no SUS

Esta sexta-feira (20) é o Dia do Farmacêutico. A Secretaria da Saúde (Sesa) homenageia esses profissionais essenciais ao Sistema Único de Saúde (SUS), por meio de relatos das suas experiências de atuação no Estado.

O farmacêutico é um profissional que cuida da saúde das pessoas em todos os níveis de atenção, com o objetivo de promover o uso adequado de medicamento, além de também atuar na prevenção e promoção da saúde do usuário. No SUS, esse profissional tem diferentes possibilidades de atuação, como nas Farmácias Cidadãs, nas Unidades de Saúde, nos hospitais, nos Laboratórios de Saúde Pública e de Análises Clínicas, na Vigilância em Saúde, nos Hemocentros, na Gestão da Assistência Farmacêutica e no Centro de Informação sobre medicamento.

Busca por novos conhecimentos

Mesmo já atuando há anos como farmacêuticos, compreendem a importância de estarem se atualizando, buscando novos conhecimentos para ofertar aos usuários ainda mais melhorias. 

O farmacêutico Silvestre Dalmaso Neto, que atua no Hospital Estadual Central (HEC), é especialista em farmácia hospitalar e clínica há 10 anos. Ele se declara um entusiasta da profissão.

“Gosto de estudar e durante a minha especialização no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, fui autor de um projeto para implantação de uma Central de Misturas Intravenosas, em que realizei benchmarking em alguns hospitais como o Albert Einstein e Cruz Azul. Destaco esse trabalho, porque foi importante ter conhecido serviços de excelência que me levaram a estruturar e coordenar o serviço de farmácia em um hospital de pequeno porte em Nova Venécia”.

Aos 33 anos de idade e 11 de profissão, Silvestre não deixa de buscar ainda mais conhecimento. Hoje está fazendo mestrado e pretende ministrar cursos. “Ensinar é um dos meus objetivos. Recentemente, fui palestrante no Simpósio Capixaba de AVC e falei sobre Interações Medicamentosas, mostrando a importância e a necessidade do farmacêutico clínico”.

Atender pessoas todos os dias, ajudar em suas necessidades é uma satisfação para a farmacêutica Maria Cipriano Selestino Neta, que trabalha há mais de 15 anos na Farmácia Cidadã de Cariacica.

“Os medicamentos ofertados na farmácia estadual são, geralmente, para tratamentos de doenças crônicas e incuráveis, então, acompanhamos os pacientes por diversos anos. Dessa forma, durante esses anos de trabalho, além de obter experiência profissional, ganhei experiência de vida por todas histórias que pude presenciar”.

Para Maria Cipriano, a busca por conhecimento em sua área de atuação é uma necessidade constante. “Fiz duas pós-graduações e um mestrado. Nossa qualificação se reflete em melhorias para nós mesmos e para os pacientes. Sou imensamente grata por minha profissão e por tudo que ela me proporciona”.

Projetos em prática para benefício aos pacientes no HEUE

A equipe de farmacêuticos do Hospital Estadual de Urgência e Emergência ‘São Lucas’, em Vitória, começou 2023 dando seguimento a dois grandes projetos iniciados no ano passado: um fluxo para permitir a revisão de todas as prescrições de medicamentos e o projeto de farmacoeconomia, ambos com o intuito de tornar o uso de medicamentos mais racional, eficaz e seguro, além de potencializar o uso dos recursos. Na instituição, o time da Farmácia é composto por 14 farmacêuticos, sendo cinco atuantes na área clínica e 11 na parte de gestão, logística e estoque, controlando a farmácia central e as quatro farmácias satélites distribuídas pelo hospital.

Segundo a coordenadora do setor, Cammila Martins, a equipe está engajada em criar melhorias nos fluxos e processos, minimizando o tempo de espera por materiais médico-hospitalares e medicamentos e tornando o trabalho de todos os setores do hospital mais ágil e seguro, afinal, a farmácia é considerada por muitos como o coração da instituição.

Já o projeto de farmacoeconomia é responsável por identificar, calcular e comparar os custos, ao mesmo tempo que analisa os riscos e benefícios de programas ou terapias específicas, e determina quais as alternativas produzem os melhores resultados em face dos recursos investidos. No Hospital São Lucas, um dos focos é avaliar as vias de administração, principalmente substituindo a via endovenosa pela oral, com o intuito de reduzir o custo, aumentar a segurança na administração, conforto do paciente e a redução do tempo de trabalho do técnico de enfermagem.

Quem está engajada nos projetos e feliz com a escolha de uma profissão tão fundamental para a área da saúde é a farmacêutica clínica Mariany Sales Dela Costa, que trabalha no hospital há quase três anos. A profissional, que atua na Unidade de Terapia Intensiva, frisa que a atuação eficaz da equipe da farmácia é indispensável para tornar o atendimento mais rápido, seguro, eficiente, minimizar o desperdício de materiais e medicamentos, além de contribuir para que o paciente receba o melhor tratamento possível.

Intervenção farmacêutica salva a vida de um paciente no Jayme

Entre as atuações da equipe de farmácia no Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, um caso importante é recordado pela gerente da Farmácia do Hospital, Nicole Moreira Melo, em que a intervenção farmacêutica salvou a vida de um paciente. A gerente conta que um paciente de 77 anos, internado para acompanhamento com a Cirurgia Vascular, começou a apresentar falta de ar e manchas vermelhas pela pele após a administração de alguns medicamentos.

O farmacêutico clínico, Raiam Furtado, que estava no setor ficou alerta porque são sinais de perigo para o paciente e logo entrou em contato com a equipe de Infectologia do hospital. Após a conversa, decidiram por trocar o antibiótico, mas, ainda assim, o paciente apresentava reação adversa ao medicamento.

Os farmacêuticos clínicos que estavam acompanhando o paciente, Raiam Furtado e Aline Pereira, contam que o quadro era instável, apresentava episódios de melhora e piora.  Foi observado que o paciente sofria intercorrências quando fazia uso de um fármaco anti-hipertensivo. As manifestações clínicas apareciam após a administração do medicamento e desapareciam com a retirada do fármaco, assim foi feita uma busca na literatura e levantada a hipótese de pneumonite lúpica por hidralazina.

Ao perceber tal situação, Aline Pereira entrou em contato com a equipe médica que solicitou uma série de exames e confirmou a suspeita dos farmacêuticos. Após isso, a dispensação do medicamento foi bloqueada pela Farmácia, para assegurar que o paciente não o receberia novamente a medição. O quadro clínico teve melhora significativa e o paciente recebeu alta. Tudo isso, graças às ações de farmacovigilância e acompanhamento farmacoterapêutico realizadas pelos farmacêuticos.

Farmácia clínica nos setores de UTI Pediátrica e Psiquiatria

Formada há 14 anos e pós-graduada em farmácia clínica e hospitalar, Michelli de Oliveira Mello iniciou trajetória no Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha, há dois anos como colaboradora da farmácia central. O período de um ano foi suficiente para que viesse a se tornar supervisora de farmácias da instituição. “Por alguns ainda somos vistos apenas como guardadores de estoque, hoje representamos mais do que isso. É uma atuação associada ao trabalho das equipes médicas e assistenciais, também extremamente relacionada à preservação da integridade dos pacientes”, explica.

Foi sob a orientação de Michelli que houve a implantação da iniciativa de farmácia clínica nos setores de UTI Pediátrica e Psiquiatria. A estratégia possibilita a preservação de recursos financeiros e a potencialização de resultados no tratamento, afinal, ela provou que é possível administrar medicamentos mais acessíveis e com a mesma eficácia. De acordo com Michelli, o Himaba consegue reduzir custos em aproximadamente R$ 500 mil reais mensais e a expectativa é realizar a expansão para a UTI Neonatal nos próximos meses. “Nesse processo de reconhecimento e valorização, temos garantido nosso espaço e isso envolve também o respeito da equipe médica, que nos ouve e confia no que propomos. Tudo isso tem um impacto muito significativo no propósito de carreira. Sou muito feliz dentro do que faço, pois sei que é um diferencial na vida das pessoas".

 

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