29/05/2020 19h13 - Atualizado em 01/06/2020 16h46

Dia Mundial Sem Tabaco: letalidade entre tabagistas com Covid-19 é maior que 21% no Estado

Estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o Dia Mundial Sem Tabaco, o dia 31 de maio é lembrado como uma data para alertar sobre o grave problema de saúde pública que a epidemia do tabaco representa.

Com o tema “Tabagismo e Coronavírus (Covid-19)”, a campanha deste ano faz uma alerta para o uso do tabaco. Diante da pandemia do novo Coronavírus, o tabagismo é um dos fatores que podem influenciar nos casos graves da doença. De acordo com o “Painel Covid-19” da Secretaria da Saúde (Sesa), no Espírito Santo, com dados dessa sexta-feira (29), os pacientes confirmados com a doença que se declaram fumantes apresentam uma letalidade de 21,74%, enquanto a média estadual é de 4,34%.

De acordo com a infectologista, médica no Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Hucam) e consultora técnica da Sesa, Tânia Reuter, a alta letalidade está relacionada a elevada taxa de fumantes. Ela ressalta que esse grupo de pessoas possui lesão pulmonar das vias aéreas pré-existentes, comprometendo os pulmões com a contração do novo Coronavírus. Além disso, o tabagismo pode causar uma grande variedade de doenças crônicas como enfisema e asma.

“O paciente tabagista já tem lesão pulmonar das vias aéreas pré-existentes e durante a infecção por Covid-19, pode evoluir com pneumonia. É importante que o tabagista interrompa o uso do cigarro, que se imunize contra a influenza e pratique exercícios físicos a fim de melhorar a performance respiratória”, indicou a médica.

Programa Estadual de Controle de Tabagismo

Na Secretaria da Saúde do Espírito Santo, o Programa Estadual de Controle de Tabagismo busca reduzir os casos de tabagismo no Estado, com a capacitação dos municípios para implantação do programa e apoio na realização de campanhas educativas e ações de abordagem para estimular a adoção de comportamentos e estilos de vida saudáveis.

No Estado, o tratamento ao fumante é ofertado em 65 municípios por meio de equipes multidisciplinares. O acompanhamento é realizado com abordagem cognitiva-comportamental. O usuário passa por uma avaliação clínica que verifica o seu grau de dependência e, posteriormente, a sua inserção em um grupo de apoio. 

A indicação de medicamento é feita aos usuários que têm elevado grau de dependência. São ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) os repositores de nicotina (adesivos) e antidepressivos.

O Programa registrou em 2019 um total de 2.727 pessoas que deixaram de fumar, sendo 680 pessoas na região sul, 1.161 pessoas na região central, 750 pessoas na região Metropolitana e 136 pessoas na região norte.

 

Informações à imprensa:
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