03/11/2025 15h30 - Atualizado em 17/11/2025 15h50

Diálogo interinstitucional marca Fórum de Saúde Mental na região Norte de Saúde

Promover o diálogo, a integração e a construção coletiva de soluções para os desafios da saúde mental foi o objetivo do I Fórum de Saúde Mental da Região Norte – Políticas Públicas e Práticas, realizado no auditório central do Centro Universitário Vale do Cricaré (Univc), em São Mateus. O evento, promovido pela Superintendência Regional de Saúde, por meio da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), em parceria com o Curso de Psicologia do Univc, reuniu representantes dos 14 municípios da região em uma programação diversificada, que incluiu mesas-redondas, rodas de conversa, oficinas temáticas e apresentações culturais no último dia 30 de outubro.

As discussões trataram sobre o fortalecimento da rede de cuidado até a necessidade de ressignificar o olhar social sobre o sofrimento mental, reconhecendo seus impactos nas dimensões pessoal, familiar, social e profissional. Os participantes destacaram que o sofrimento psíquico, frequentemente agravado por contextos de desigualdade e sobrecarga social, exige abordagens intersetoriais e territoriais, que ultrapassem o campo estritamente clínico.

A referência técnica da RAPS na Superintendência Regional Norte de Saúde, Adriana Gama Lisboa, avaliou o encontro como um marco para o território. “Ampliamos a integração nas redes de atendimento em saúde, reforçando o trabalho com os CAPS, CRAS e CREAS”, observou. Para ela, o Fórum constatou avanços significativos e contribui para consolidar a rede como espaço de escuta, acolhimento e corresponsabilidade, no qual diferentes setores compartilham o cuidado.

Para a professora Alessandra Lopes, coordenadora do Curso de Psicologia do Univc, a importância da aproximação entre teoria e prática na formação de profissionais que atuarão na área é de extrema importância. “Para a formação, é uma contribuição imensurável”, afirmou. Segundo ela, o contato dos estudantes com os serviços da Rede de Atenção Psicossocial fortalece a compreensão da diversidade de demandas existentes e contribui para a construção de práticas mais sensíveis à realidade local.

Entre os especialistas convidados, Marilena Bragatto Rangel chamou atenção para a dimensão humana e social da saúde mental. “Se você não tiver saúde mental, não trabalha, não tem filhos, não constitui família”, afirmou. Ela defendeu a necessidade de fortalecer as políticas públicas e combater o estigma ainda associado à ‘loucura’. “A maior dificuldade é fazer as pessoas entenderem que isso existe e que precisa ser ressignificado dentro do seu território”, disse.

Os debates também ressaltaram a importância de avaliar regularmente o modelo de cuidado, com foco na liberdade, autonomia e reinserção social das pessoas em sofrimento psíquico, reforçando a visão de que o cuidado deve ocorrer no território e em articulação com a comunidade.

 

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