Educação em saúde marca atuação dos farmacêuticos no SUS
Nesta segunda-feira (20), acontece, no Brasil, o Dia do Farmacêutico. Como homenagem a todos os profissionais que atuam em prol da saúde pública capixaba no Sistema Único de Saúde (SUS) e contribuem diariamente para a melhora no tratamento do usuário, a Secretaria da Saúde (Sesa) destaca, em especial, o trabalho dos farmacêuticos das Farmácias Cidadãs Estaduais e seu papel na educação em saúde dos usuários.
O Espírito Santo conta com 13 unidades de Farmácias Cidadãs localizadas de norte a sul do Estado, e que têm como objetivo ampliar o acesso aos cidadãos aos medicamentos de alto custo e de fórmulas nutricionais no âmbito do SUS. Só no ano de 2024, mais de 120 mil usuários passaram pelas unidades. E o atendimento a todos esses usuários passa pela mão dos profissionais de Farmácia, em um processo importante que, além da dispensação do medicamento, é marcado por orientações para assegurar o uso correto, a prevenção e a garantia da adesão ao tratamento.
O farmacêutico Pedro Roberto Rezende, que atua na Farmácia Cidadã de Vila Velha, conta que esse trabalho é um diferencial. “Quando pensamos no nosso trabalho aqui na Farmácia, sempre remetemos aos outros estados e nós somos um dos poucos que têm o trabalho do componente especializado com dispensação por farmacêutico. Isso é um diferencial aos demais, pois traz uma segurança muito maior para o paciente quanto à dispensação, orientação e monitoramento do tratamento. Isto é, leva em conta a especificidade do tratamento de cada paciente individualmente”, disse.
Esse processo detalhado pelo profissional é referente tanto ao primeiro contato do usuário com a retirada da medicação quanto em seu retorno. “Acho que nossa maior importância é ser um elo entre o paciente e o médico, podendo explicá-lo mais sobre o seu tratamento”, conta Pedro Roberto Rezende.
As unidades das Farmácias Cidadãs são gerenciadas pela Assistência Farmacêutica (GEAF), da Sesa, e juntas somam 140 farmacêuticos que atuam tanto na ponta quanto na gestão.
E é atuando na gestão que a farmacêutica Mônica Mesquita também contribui diariamente com o cuidado dos usuários do SUS capixaba. Farmacêutica há 35 anos, sendo 30 somente na Secretaria, hoje ela compõe a Comissão Estadual de Farmacologia Terapêutica (CEFT). “Atualmente, como as minhas funções são mais ligadas à gestão, a minha relação com o usuário é de forma indireta, contudo, mesmo não tendo o contato direto com o paciente, quando estou avaliando um processo, tento ao máximo ajudá-lo no que for possível”, explicou a farmacêutica.
Neste dia que marca o Dia do Farmacêutico, a profissional complementa sobre o papel importante que os profissionais desempenham no SUS. “O papel do farmacêutico no SUS é fundamental para o bom funcionamento do sistema de saúde, sendo a sua inserção muito importante e que tem contribuído de forma significativa para a melhora na saúde da população”, disse Mônica Mesquita.
Ano marca recorde de atendimento nas Farmácias Cidadãs
O ano de 2024 marcou um importante número para os profissionais que atuam nas 13 unidades de Farmácias Cidadãs Estaduais e também na Gerência Estadual de Assistência Farmacêutica (GEAF), da Secretaria da Saúde (Sesa). É a marca de 121.031 usuários atendidos em um ano. O número representa um aumento de 7% quando comparado ao ano anterior, em 2023, que foi de 113.091 usuários atendidos.
E o papel importante dos farmacêuticos na qualificação do acesso ao componente especializado da assistência farmacêutica é essencial, em meio à crescente demanda.
“Todas as nossas Farmácias Cidadãs Estaduais contam com um quadro extenso de profissionais farmacêuticos garantindo acesso, qualidade e humanização no atendimento dos nossos pacientes. O profissional farmacêutico é essencial para garantir o acesso seguro e eficaz aos medicamentos, melhorando a adesão ao tratamento e promovendo a saúde e bem-estar da população”, reforça a farmacêutica Larissa Silveira Curitiba, que atualmente responde pela Gerência Estadual de Assistência Farmacêutica (GEAF).
Os usuários que, além de receberem os medicamentos ou as fórmulas nutricionais, trazem também consigo histórias de vida, reforçando cada vez mais o importante cuidado à escuta e ao atendimento humanizado.
Para o farmacêutico Pedro Roberto Rezende, cada usuário traz uma história diferente e que “mexe” com os profissionais. “Têm muitos atendimentos que me marcaram nesses anos de atuação, mas um em especial me emocionou muito. Foi no dia do primeiro atendimento para o medicamento de Atrofia Medular Espinhal (AME) pelo SUS. É um medicamento de custo bastante elevado e que era pleiteado na justiça há um tempo para a sua inclusão no sistema público. Lembro que eu tive que sair do guichê para não chorar na frente de todos”, lembra.
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