A Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) recebe pacientes em grave estado geral que necessitam de cuidados especiais e, por isso, são monitorados por aparelhos e profissionais altamente capacitados. Apesar dos mais modernos recursos da medicina, familiares e acompanhantes de pacientes internados na UTI ainda sentem temor em relação ao ambiente. E é nesse momento que a equipe precisa estar preparada para oferecer apoio e explicar todos os procedimentos. 

“O quadro extremamente delicado dos nossos pacientes exige que façamos mais do que assistência à saúde, precisamos garantir que os familiares e acompanhantes conheçam por completo o quadro de cada paciente. Precisamos ser didáticos, apoiar e permanecer ao lado em todos os momentos”, assegurou a coordenadora da UTI do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, Priscilla de Aquino. 

Com essa postura humanizada, a equipe da UTI do Hospital Estadual Dr. Jayme tem alcançado mais de 98% de satisfação nas pesquisas do setor de Ouvidoria da unidade. Em uma delas, a família do paciente Milton Ferreira Torres não apenas reconheceu o trabalho da equipe, como voltou ao hospital para homenagear o setor com uma placa de agradecimento. 

“Meu esposo lutou bravamente pela vida e recebeu mais do que assistência ao seu quadro, ele foi contemplado com verdadeiros anjos que cuidaram de sua saúde com todo o respeito e carinho possíveis. Esses profissionais são verdadeiros heróis de branco”, disse a viúva do paciente Milton Torres, Conceição Damascena Rosado Torres. 

O paciente, de 86 anos, deu entrada na instituição com quadro de hemorragia digestiva de grande intensidade e recebeu atenção de diversas especialidades, entre elas, cirurgia geral, clínica médica, nefrologia e cardiologia, além dos inúmeros exames de laboratório e de imagem que ajudaram na elucidação e controle do caso. O senhor Milton Torres foi assistido pela equipe da UTI por 17 dias, período em que a família se manteve ao seu lado. 

“Acompanhamos o caso desse paciente e garantimos que a família pudesse estar ao seu lado em todos os momentos. Além disso, asseguramos o trabalho psicológico e o enfrentamento da dor por eles”, disse Priscilla de Aquino, coordenadora médica do setor. 

O envolvimento da equipe e o trabalho intenso, infelizmente, não foram suficientes para manter o paciente vivo. Ainda assim, diante de todo o sofrimento enfrentado pela família e a dor da perda de um ente querido, os familiares tiraram forças e mandaram confeccionar uma placa em homenagem à equipe da UTI, valorizando o empenho e a dedicação de cada um. 

“Nós tivemos a oportunidade de comparar os serviços de um hospital público e um privado e eu posso garantir, não há diferenças. O Hospital Jayme trabalhou incansavelmente para que tudo desse certo, não houve uma falha se quer. Eu estou muito feliz de poder voltar para agradecer porque é preciso agradecer, essas pessoas cuidaram de nós como se fossemos seus familiares, deixo aqui meu muito obrigada”, contou em lágrimas a viúva do senhor Milton, Conceição Damascena Rosado Torres.

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Ravane Denadai
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