03/10/2020 21h54 - Atualizado em 03/10/2020 21h57

Esclarecimentos sobre classificação do Espírito Santo no Mapa do Consórcio de Imprensa

A Secretaria da Saúde (Sesa) esclarece que, para entender a polêmica do Espírito Santo classificado como vermelho no mapa elaborado pelo consórcio de imprensa - apresentado no Jornal Nacional da TV Globo dessa quinta-feira (01) - deve-se observar três conceitos principais utilizados na construção e avaliação da curva de casos com a média móvel (MM):  o desenho da curva, a variação do dia e a tendência da curva, conforme explica o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes.

De acordo com o secretário, a MM desenha uma curva linear de casos para melhor expressão do comportamento da pandemia e as fases do desastre epidemiológico.  Assim, identificamos que o Estado hoje conta com 9,86 óbitos na MM, equivalente aos que existiam nos dias 05 e 06 de maio, sendo uma fase de recuperação. O comportamento sustentado é de queda. 

Segundo a média móvel de 14 dias, no dia 21 de junho o Estado teve a ocorrência do pico de óbitos com 36,93 casos, comparando com os dados de hoje temos uma queda de 73,3%, ou seja, uma queda de 3,75 vezes do momento mais crítico da doença.

Já a variação do dia compara o dado do dia com o décimo quarto dia anterior, não representando por si uma nova fase da pandemia. Repetindo-se o comportamento da variação ao longo de dias/semanas pode-se fazer uma avaliação de tendência. Na variação/dia temos queda de 15,34%

A avaliação da tendência da curva pode apontar a existência de uma nova curva de casos, estabilidade ou queda. Para representar nova fase de aceleração, é necessário ter uma constante que desenhe uma curva ao longo de diversas semanas.

Os casos atuais são equivalentes a MM14D da semana epidemiológica (SE) 19 (3-9/05), o pico de óbitos ocorreu SE 25 (14-20/06), foram seis semanas de variação positiva da MM para desenhar a pior fase de aceleração da curva de casos.

Caso ocorra um novo crescimento sustentado de óbitos, desenhando nova curva com fase de aceleração, seriam necessárias a retomada de medidas de respostas, caracterizadas por restrições sociais, econômicas e sanitárias. "Não temos esse comportamento. Variações positivas são alertas", esclarece Nésio Fernandes.

Desde 20 de setembro, no Espírito Santo há desaceleração da queda, com tendência a um comportamento de estabilidade, podendo ou não voltar a cair nos próximos dias. A Grande Vitória, com mais de 40% da população do Estado, apresenta comportamento de estabilização na curva variando de 3,5-4 óbitos na MM14.

Já o interior, que teve comportamento tardio da curva em relação da Grande Vitória, de 07 de setembro até hoje, a região apresenta quadro de queda sustentada dos óbitos, caindo de 11,7 para 6,14 óbitos na MM14D, variação de -52,48%.

Caso a Grande Vitória mantenha a estabilidade entre 3-4 óbitos/dia na MM14D, podemos esperar que o interior alcance um mesmo piso de casos nas próximas semanas, podendo persistir um período com uma média móvel de 5-7 casos/dia no ES.

Enquanto não existir medicamento/vacina, a queda dos óbitos dependerá do respeito aos protocolos, da disciplina social com a etiqueta respiratória e a higienização frequente das mãos, com atenção especial ao comportamento/contato das pessoas acima de 60 anos (que registra letalidade de 11,3% no Espírito Santo).

Dos últimos 191 óbitos, 72,25% foram em idosos com mais de 60 anos. Todas as flexibilizações e medidas familiares devem focar em cuidados especiais e muita disciplina com essa população.

Desde o dia 24 de setembro já foram 1.399 contatos intradomiciliares assintomáticos de pacientes PCR-RT+ investigados pelo Lacen-ES. Nas próximas semanas, os municípios irão avançar mais na ruptura qualificada da cadeia de transmissão e no monitoramento dos outros contatos.

O Governo do Estado seguirá adotando medidas qualificadas de enfrentamento à pandemia, manterá a retomada da economia, das atividades sociais e a defender o retorno gradual das escolas com respeito aos protocolos e a vontade das famílias.

Segundo Nésio Fernandes, os óbitos são a expressão tardia do comportamento da pandemia. ”O Estado não vive segunda onda. O mapa vermelho apresentado pelo telejornal não é prenúncio do caos e muito menos representa colapso da estratégia de combate a Covid-19”, declarou.

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