18/09/2023 14h32

Esperança e solidariedade marcam o II Simpósio de Doação de Órgãos no Hospital Dr. Jayme

O II Simpósio de Doação de Órgãos e Tecidos, realizado no Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, na última quarta-feira (13), contou com palestras e discussões, apresentação de trabalhos acadêmicos, além do depoimento de famílias que aceitaram a doação dos órgãos de seus entes queridos.

Três famílias dividiram suas histórias. A primeira foi a Aline Katiucia de Oliveira que perdeu o irmão e disse “sim” à doação de órgãos. O homem, de 47 anos, faleceu após uma queda da escada e o aceite familiar à doação de órgãos aconteceu, segundo a irmã, graças ao cuidado que o hospital teve com o paciente desde sua entrada até a constatação do óbito.

“Hoje é um momento de alegria para mim, alegria por poder dizer a vocês que meu irmão, no momento mais triste e desafiador da sua vida, salvou outras vidas. Meu irmão foi um herói. É muito bom saber que uma pessoa que você tanto amava pode fazer a diferença na vida de outras pessoas. O nosso ‘sim’ só foi possível, porque sentimos, de todo o coração, que este hospital cuidou, zelou e fez absolutamente tudo o que podia para que meu irmão sobrevivesse. Nós somos eternamente gratos a cada um de vocês”, disse Aline Katiucia de Oliveira.

A segunda história compartilhada foi a da Michele Cristina da Silva que perdeu o filho de apenas 20 anos. “Meu filho desmaiou durante um jogo de vôlei. Ele teve uma crise epilética que nunca tinha tido. Ele não tinha nenhum problema de saúde. Ele tinha apenas 20 anos, amava esportes e era meu filho único”. Michele contou que o garoto foi trazido para o Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves e aqui constatado traumatismo craniano encefálico (TCE).

“Como mãe, eu tinha esperança. Nunca imaginei perder meu filho. Quando me falaram sobre doação de órgãos, eu não estava ali, minha mente não queria escutar aquilo. Eu só queria o meu filho. Então, eu pedi para me despedir dele, quando eu entrei no quarto e o vi, tive certeza de que ele ficaria feliz em ajudar outras pessoas. Ele era tão bom”, completou.

Por fim, foi a vez do Rian Magno Santos Portela que perdeu a esposa. “Minha esposa tinha 25 anos. Nós estávamos juntos há seis anos e vivíamos o momento mais feliz das nossas vidas. Ela estava grávida da nossa promessa de Deus, o Ravi”. Rian disse que em uma consulta médica, a esposa foi orientada a procurar a Maternidade de Alto Risco do Hospital Dr. Jayme, porque o bebê estava entrando em sofrimento fetal. No local, a equipe médica optou por uma cesárea de emergência.

“Na cirurgia tudo ocorreu bem. Mãe e filho estavam ótimos. Algum tempo depois minha esposa teve uma síndrome rara chamada síndrome hellp, ela ficou quatro dias na UTI e foi diagnosticada com morte encefálica. Eu fiquei sem chão. Foi um momento de tanta dor que vocês não podem imaginar. Eu só queria que aquilo tudo terminasse logo, não queria saber de doar órgãos. Até que uma amiga nossa comentou que a minha esposa era apaixonada pela Medicina, assistia a todas às séries, via todos os filmes, gostava de comentar sobre o assunto. Era doadora de sangue regular. Naquele momento minha ficha caiu e eu realizei o último desejo da vida dela, doar os órgãos”, pontuou.

O auditório do Hospital Dr. Jayme, que estava completamente ocupado, se emocionou com cada história. A Comissão Intra Hospitalar de Doação de Tecidos para Transplante (CIHDOTT) finalizou o evento chamando atenção para a conversa familiar. “Converse com seus familiares sobre a morte, sinalize sua opção em doar os órgãos, só eles poderão realizar o seu último desejo”, encerrou Viviane Oliva, enfermeira da CIHDOTT do Hospital Dr. Jayme.

 

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