Espírito Santo intensifica ações contra sífilis congênita e mostra resultados positivos

Com os objetivos de reduzir os casos de sífilis congênita e fortalecer o cuidado com a saúde materno-infantil, o Governo do Espírito Santo, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), está desenvolvendo um conjunto de ações estratégicas por meio do Comitê Estadual de Enfrentamento da Sífilis Congênita, implantado em abril de 2024.
A iniciativa, que completa um ano, integra o Plano Estadual de Enfrentamento da Sífilis Congênita (2ª edição), coordenado pela Sesa em parceria com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosemes), e já apresenta avanços importantes no controle da doença.
A sífilis congênita, transmitida da mãe para o bebê durante a gestação ou parto, é considerada um grave problema de saúde pública. De 2012 a 2017, o Estado registrou um aumento expressivo de casos, revertido parcialmente por ações intensificadas de prevenção.
Em 2024, foram notificados 7.265 casos de sífilis adquirida e 703 de sífilis congênita. Com a nova fase do plano estadual, o ano de 2024 encerrou com um indicador de 14,9 casos por mil nascidos vivos, revelando uma queda em comparação ao ano anterior e sinalizando o impacto positivo das medidas adotadas.
Organizado em cinco eixos — Assistência, Vigilância, Gestão e Governança, Mobilização Social e Comunicação e Educação Permanente —, o plano estrutura ações em níveis estadual e municipal para ampliar o diagnóstico precoce, garantir o tratamento adequado e envolver diversos setores da sociedade no enfrentamento à sífilis.
O Comitê Estadual realiza reuniões mensais com técnicos da Sesa e representantes municipais, promovendo o alinhamento das estratégias e o acompanhamento contínuo dos indicadores.
Além disso, foi criado um grupo de trabalho com participação de subsecretarias, ICEPi, superintendências regionais e da Gerência de Comunicação para garantir a articulação intersetorial e o monitoramento do plano.
Entre as principais ações desenvolvidas em 2024, destacam-se:
- Validação do plano com instâncias gestoras da saúde estadual;
- Mobilização interna e junto ao Conselho Estadual de Saúde (CES);
- Agenda com conselhos de classe, como SOGOES, SOESPE, COREN e CRF;
- Visitas técnicas a municípios prioritários, como Serra, Cariacica, Vila Velha e Viana;
- Treinamentos presenciais e webinários voltados a profissionais de saúde;
- Reintrodução da aplicação da penicilina benzatina nas Unidades Básicas de Saúde (UBS);
- Publicação de notas técnicas orientando o uso da penicilina, com foco no conforto do paciente e adesão ao tratamento;
- Estímulo à criação de comitês municipais em cidades com mais de 50 mil habitantes;
- Campanha publicitária de alcance estadual.
O comitê já trabalha na revisão do plano estadual para 2025, com o objetivo de qualificar ainda mais as ações de prevenção, diagnóstico e tratamento. “A proposta é consolidar uma rede de atenção mais resolutiva, integrada e acolhedora, garantindo mais saúde e qualidade de vida para gestantes, bebês e suas famílias”, destacou o subsecretário de Estado de Planejamento, Francisco Dias.
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