23/11/2023 16h28 - Atualizado em 24/11/2023 10h56

Evento debate desafios e competências na contemporaneidade da Rede de Atenção Psicossocial

Com o objetivo de dar continuidade aos encontros dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e debater as competências e desafios atuais dos serviços disponibilizados pela Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), foi realizado, nessa terça-feira (21), o 8º Encontro Capixaba de Caps, no Auditório Manoel Vereza, localizado na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). O evento é uma realização da Secretaria da Saúde (Sesa), organizado pela Área Técnica Estadual de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, das Referências Técnicas Regionais e dos Grupos Condutores da RAPS/Sesa.

O subsecretário de Estado de Atenção à Saúde, Tadeu Marino, abriu o encontro cumprimentando a mesa e ressaltou a importância de se realizar a oitava edição do Encontro Capixaba de CAPS. “Isso mostra o quanto somos resistentes, mesmo diante das adversidades que enfrentamos no País, com a pandemia da Covid-19, que foi quando a saúde mental foi muito sacrificada”, salientou.

“Por isso, é muito importante essa retomada do Governo Federal e Estadual na construção, no incentivo e no estímulo para a condução das Redes de Atenção Psicossocial do Espírito Santo. O Governo do Estado está empenhado na priorização dos investimentos sociais, tanto na sua estruturação quanto na qualificação de equipes multiprofissionais, facilitando ainda mais o acesso à saúde desses usuários”, complementou o secretário Tadeu Marino.

A gerente de Políticas e Organização de Redes de Atenção à Saúde (Gesporas), Daysi Koehler Behning, também falou da importância do encontro. “O movimento existe porque conta com trabalhadores persistentes. Quando temos a oportunidade de contemplar uma manifestação cultural como essa, apresentada aqui, de um grupo de dança formado por usuários, isso faz com que a gente consiga levar uma mensagem para a sociedade de que podemos estar onde quisermos, em todos os lugares, não precisamos ficar trancafiados. Estamos aqui para construir esse importante debate da saúde mental na contemporaneidade, tentando achar um caminho para lidar com esses ‘novos atores’ que estão surgindo”, destacou.

A referência técnica Estadual em Saúde Mental, Franciely da Costa Guarnier, ressaltou da necessidade de se estar coletivamente reunido. “Estamos na oitava edição e isso se faz, principalmente, pelo coletivo, por meio de cada um dos presentes, em suas mais variadas áreas. A saúde mental, portanto, se faz no espaço coletivo, quando há uma troca de experiências dentro desse processo de trabalho tão desafiador”, disse.

“A vida é coletiva, precisamos estar juntos para nos fortalecer. A atenção primária é muito importante no cuidado da saúde mental, temos que estimular a integralidade, os debates e os espaços coletivos. Precisamos de amor e parceria. Não podemos pensar no usuário da saúde mental só quando adoece, só quando está em crise, precisamos cuidar antes, e daí mais uma vez a importância do fortalecimento da atenção primária e de todos os outros equipamentos. As políticas sociais precisam andar juntas”, disse a representante do Movimento Estadual da Luta Antimanicomial, Camila Mariani Silva.

A representante do Fórum Metropolitano Sobre Drogas, Lara da Silva Campanharo, fez um destaque à composição da mesa. “É muito interessante pensar em uma mesa para falar sobre saúde mental ser composta em sua maioria por mulheres. É pensar como o cuidado em saúde mental também tem uma questão de gênero, tanto da família, quanto da profissão. E esse é um recorte primordial que precisa ser feito”, lembrou.

Adriana Leão, representando a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), também frisou a importância de eventos como esse. “É um alimento extremamente necessário para continuarmos nessa construção em direção à qualidade do cuidado com o cidadão, quando se fala em saúde mental”, avaliou.

O evento contou com duas palestras: “A Atenção Psicossocial na Contemporaneidade: Desafios e Perspectivas do Cuidado em Saúde Mental de Base Comunitária”, ministrada pela médica psiquiatra, militante da Reforma Psiquiátrica, Ana Marta Lobosque; e a palestra “Exposição Dialogada: A Integração entre os pontos de atenção da APS (UBS, ESF, NASF, E-Multi, Consultórios na Rua) e CAPS”, ministrada pela professora universitária, militante da Luta Antimanicomial, Andréa Campos Romanholi. Também teve uma mesa-redonda com o tema “Experiências Exitosas em CAPS”, que reuniu representantes dos CAPS da Serra, CAPS de Vitória, CAPS Cidade, CAPS Cachoeiro de Itapemirim, CAPS de Muniz Freire, CAPS de Colatina, CAPS de São Mateus e o CAPS de Pedro Canário.

Durante o dia, os participantes também assistiram o documentário do Bloco “Que Loucura”, apresentado pelos alunos de Psicologia da Universidade de Vila Velha (UVV) e uma explanação da professora Fabíola Xavier Leal sobre o processo de reorganização do Bloco. Além disso, tiveram acesso a algumas manifestações culturais, como grupo de dança, sarau, lançamento de livro, entre outros.

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Informações à Imprensa:

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Rachel Martins

Supervisora de Comunicação em Saúde ICEPi

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