04/03/2016 10h08

Hospital Estadual facilita comunicação com pacientes pomeranos

O Hospital Estadual Central, em Vitória, recebe pacientes de todo o Espírito Santo. Muitos são pomeranos, pessoas de descendência alemã e polonesa que residem em municípios da Região Serrana, em especial em Santa Maria de Jetibá. Os pomeranos preservam sua cultura e o seu dialeto até os dias de hoje. Muitos nem falam português. A dificuldade de se comunicar com o paciente pomerano se torna um desafio no atendimento. Diante disso, colaboradores da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) tiveram a ideia de criar um guia com palavras em português e em pomerano.

Elry Cristine Nickel Valério, que é enfermeira supervisora no setor de AVC (Acidente Vascular Cerebral), se disponibilizou a criar um guia com as principais palavras usadas no atendimento. “Em uma situação de urgência, tivemos uma paciente de 30 anos que sofreu AVC. Ela não nos respondia quando questionávamos em português, mas quando usei uma palavra em pomerano ela esboçou reação e se comunicou comigo”, conta a enfermeira.

Ela lembra que logo depois a paciente precisou ser levada para a UTI, onde deveria ser monitorizada e também ter os reflexos neurológicos testados por meio de perguntas a cada 1 hora. “Para facilitar, o supervisor da UTI me pediu a tradução de algumas palavras básicas e então comecei a escrever o guia com tradução do português para o pomerano”, relata.

Ainda em fase de construção, o guia conta com frases básicas, mas essenciais para o atendimento médico: “Bom dia!”, “Boa noite!”, “Como se sente?”, “Onde dói?”, “Quer ir ao banheiro?”. O objetivo desta iniciativa, segundo Elry, é criar um vínculo de confiança entre o paciente pomerano e os profissionais da saúde.

“Quando alguém se apresenta falando pomerano com eles, rapidamente gera uma identificação entre o paciente e o profissional, e os pacientes se abrem para a comunicação e para esboçar suas angústias. Essa iniciativa me faz sentir uma satisfação enorme, pois posso transpassar as tradições e culturas nas quais fui inserida na infância”, conta Elry, que defendeu como tese de mestrado o tema “Hipertensão em Idosos Pomeranos”.

Dulcenei Chulk, acompanhante de Hulda Braum Raasch, de 82 anos, conta que essa iniciativa fez a paciente, inclusive, aprender algumas palavras em português. “Agora ela fala minha perna, dói minha perna. Já aprendeu a pedir água. Isso é muito bom”, avalia.

 

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