21/01/2019 16h37 - Atualizado em 21/01/2019 16h39

Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves atende vítimas de afogamento e médico dá orientações

Durante o verão, um mergulho no mar ou piscina é um convite e tanto. Mas é preciso ter cuidado, pois existe o risco de afogamento até para quem sabe nadar. Somente no mês de dezembro de 2018, o Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, recebeu quatro vítimas deste tipo de acidente. Uma delas não resistiu e morreu na unidade.

O coordenador da Urgência e Emergência do hospital, Alexandre Bittencourt, informa a falta de conhecimento e imprudência podem ser os grandes vilões em afogamentos, que podem ser classificados clinicamente em diferentes graus, segundo a condição de insuficiência respiratória.

De acordo com Bittencourt, para melhor tratar as consequências, as manobras de recuperação cardiorrespiratórias ou cardiopulmonares devem começar imediatamente no local do acidente.

“Essas manobras são essenciais para a recuperação e sobrevida do paciente. É necessário retirar as roupas molhadas da vítima e tentar elevar a temperatura corporal, para isso, basta cobri-la com uma toalha. Também é necessário proteger a coluna cervical e iniciar a respiração boca a boca”, detalha o médico, enfatizando a importância de acionar o salva-vidas presente no local ou o Corpo de Bombeiros sempre que possível.

Pessoas de todas as idades podem ser vítimas. No caso de crianças, é preciso ter uma supervisão adequada. Um caso que por pouco não terminou em tragédia aconteceu com a família do aposentado Manoel Maria Motta, de 82 anos.

Há cerca de dois meses, o neto, de 11 anos, brincava na praia quando, por segundos de distração, começou a se afogar. O avô, que pescava no local, salvou o menino. Sem o preparo adequado e com idade avançada, Manoel bebeu muita água e, apesar de ter conseguido salvar o neto, precisou ser levado, com urgência, ao Hospital Dr. Jayme.

Alexandre Bittencourt destacou que casos como o do aposentado são muito comuns. “Manoel aspirou conteúdo líquido em grande quantidade, o que a gente chama de broncoaspiração. A água entra nos pulmões e simplesmente ocupa o lugar que seria do ar, o que causa insuficiência respiratória e deixa a pessoa inconsciente. O que fizemos de imediato foi uma suplementação de oxigênio”, explica. Pela rapidez no atendimento, avó e neto sobreviveram e passam bem.

 

O que acontece com o organismo durante o afogamento

1- No início do afogamento, a pessoa se debate, tentando se manter na superfície. A vítima prende a respiração o quanto pode e aspira, sem querer, pequenas quantidades de água. Isto provoca o fechamento da laringe, órgão situado entre a traqueia e a base da língua. Esse é um mecanismo de defesa do nosso corpo para que a água não inunde os pulmões.

 2- Depois de alguns minutos, a laringe relaxa e a pessoa involuntariamente respira debaixo d'água, aspirando e engolindo grande quantidade de água. Parte do líquido vai para o estômago e o restante segue o mesmo caminho do ar: percorre a traqueia e chega aos pulmões, passando por brônquios, bronquíolos e alvéolos.

3- Com o pulmão encharcado, a troca gasosa (entrada de oxigênio e saída de gás carbônico) não funciona mais. A redução da taxa de oxigênio causa danos em todos os tecidos, principalmente nos que precisam de mais oxigênio, como as células nervosas. O cérebro é gravemente lesionado e a pessoa fica inconsciente.

 

 

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