O Hospital Estadual São Lucas, no Forte São João, em Vitória (ES), fechou em maio seu plano estratégico com metas para os próximos dois anos. São 264 ações definidas ao longo de quatro meses, por meio de encontros envolvendo aproximadamente 50 profissionais, que atuam em todos os setores da unidade, além de gestores e direção.

 Para facilitar o acompanhamento do cumprimento das metas, o Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente do hospital criou um grande painel com 264 peças de um quebra-cabeça que formam a imagem de uma moqueca, em alusão à tradição capixaba.

 “Na medida em que as metas vão sendo cumpridas, o líder vai incluindo a peça correspondente ao objetivo alcançado, até que todo o quebra-cabeça seja montado, uma metodologia didática sugerida pela consultora Andreia Berto”, explica a gerente de Qualidade, Luciene Rocha.

 O monitoramento do cumprimento das metas, afirma Luciene, será permanente e terá encontros mensais para avaliação e adequação.

 O planejamento estratégico foi elaborado a partir de três conceitos presentes na gestão do hospital: missão, princípios e visão. O objetivo é alcançar o reconhecimento pela excelência na assistência hospitalar de urgência e emergência no Estado capixaba.

 Para isso, foram traçados alguns desafios, que já estão em andamento: a implantação de um programa de humanização, a incorporação de iniciativas sustentáveis na área da saúde e o desenvolvimento do potencial dos gestores.

 “Entre as metas previstas até 2018, também estão duas certificações de qualidade concedidas pela ONA, a Organização Nacional de Acreditação, umas das mais importantes instituições brasileiras”, acrescenta Luciane.

 Neste ano, o hospital trabalha para obter o selo Acreditado e, para o ano que vem, a meta é conquistar a certificação Acreditado Pleno. “São reconhecimentos que irão reforçar a excelência no atendimento previsto na ‘Visão’ descrita no Planejamento Estratégico”, explica a gerente de Qualidade.

 Paulo Santos, diretor geral do hospital, destacou o envolvimento dos colaboradores da unidade com o cumprimento das metas. “Realizamos um trabalho contínuo de sensibilização e aperfeiçoamento dos colaboradores a partir de uma nova perspectiva, que define o papel que uma unidade hospitalar exerce para a comunidade”, afirmou.

 A gestão hospitalar moderna, ressalta Paulo, envolve práticas sustentáveis para a redução do impacto ambiental e, paralelamente, o uso inteligente — e transparente — dos recursos financeiros. “A humanização do atendimento, que é outro aspecto fundamental, também evoluiu. Os pacientes precisam receber uma assistência ampla, capaz de envolver a família ou pessoas responsáveis que contribuam com o processo de tratamento e reabilitação”, comentou o diretor geral. “Esse é o objetivo que estamos trabalhando para alcançar.”

 Mantido pelo Governo do Estado do Espírito Santo, o Hospital Estadual São Lucas é administrado pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, por meio de um contrato de gestão com a Secretaria de Estado da Saúde, que teve início em dezembro de 2015.