Há três anos, as mamães que têm seus filhos internados nas Unidades de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN) e de Cuidados Intermediários Neonatal (UCIN) do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, se reúnem para um momento de conversa, troca de experiências e, principalmente, de aprendizado. Na  última terça-feira (19), as voluntárias do programa Tricotando com Elas comemoraram o desenvolvimento dos projetos e atividades durante o ano de 2017. Cerca de 20 mãezinhas participaram do momento, entre elas a recém-chegada ao grupo, Paloma da Vitória, de 18 anos, que contou sobre a sua experiência no hospital.

“Hoje minha filha completa cinco dias de vida. Não imaginei que pudesse passar por tudo o que tenho enfrentado nesse período. Tem sido muito difícil, mas a acolhida de vocês tem me dado forças”, disse Paloma, mãe da pequena Cecília.

Já a mamãe que está há mais tempo no grupo, Ana Paula Moreira, de 19 anos, completou seis meses com a filha internada na UTIN do hospital. “Todas as terças-feiras eu ganho um novo ânimo, um novo sentido para enfrentar a semana. Quero agradecer a oportunidade em participar desse momento. Já estou me preparando para passar o Natal com minha filha no hospital”, completou Ana Paula, a mãe da Sofia.

Os encontros acontecem semanalmente, sempre às terças-feiras. De acordo com a voluntária do programa, Angela Braga, o grande objetivo é diminuir o tempo ocioso e garantir o aprendizado de uma atividade que possa se transformar em fonte de renda para as mamães.

“Ensinamos trabalhos manuais que possam gerar emprego e renda como crochê, bordado, feltro, pintura. Entendemos que o tempo prolongado de internação dos bebês acaba diminuindo a renda dessas mulheres e, nesses casos, podemos proporcionar uma nova forma de provento”, explicou Angela.

Para a coordenadora de Projetos Sociais do Hospital Dr. Jayme, Marta Almeida, o programa nasceu com o intuito de garantir apoio e troca de experiências, mas hoje se configura com fonte de receita. “Todas as mães que têm seus filhos internados nas unidades críticas são convidadas a participar. Percebemos que, inicialmente, elas querem conversar, contar o que estão vivendo e buscar apoio nesse momento. Com o passar dos dias, elas entendem que todas estão vivendo situações semelhantes e que precisam focar a mente em outras atividades, aí a geração de renda é o que elas mais buscam”, contou.

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