30/05/2025 16h00 - Atualizado em 03/06/2025 16h29

Oficina debate ações e estratégias para melhorar a vida de pacientes com doença renal crônica no Espírito Santo

A Secretaria de Saúde (Sesa), por meio da Subsecretaria de Assistência à Saúde, com a colaboração do setor de Atenção Primária à Saúde (APS) da Superintendência Regional de Saúde de Vitória (SRSV), realizou, na última quinta-feira (29), a primeira edição da “Oficina da Implementação da Linha de Cuidado da Pessoa com Doença Renal Crônica (DRC)” para debater o que já vem sendo feito no Espírito Santo e quais os pontos necessários para ofertar ainda mais qualidade de vida aos pacientes que vivem com a enfermidade. O evento, realizado no auditório da Sesa, reuniu profissionais da saúde, referências técnicas e gestores de vários municípios geridos pela SRSV.

A Linha de Cuidado da Pessoa com Doença Renal Crônica (DRC) é um dos pilares do trabalho da Sesa, pois a detecção precoce e a prevenção contribuem para a redução do risco de morte, melhora da qualidade de vida dos pacientes e do acompanhamento dos pacientes diagnosticados em estágio avançado.

Além disso, essas medidas contribuem para a redução do custo com internações por complicações, redução de procedimentos de alta complexidade e infecções e, consequentemente, redução de custos para a saúde pública.

A Subsecretaria de Assistência à Saúde, Carolina Sanches, ressaltou que o evento representa um marco histórico para o Estado. “Nós sabemos que a Doença Renal Crônica vem aumentando, é um problema de saúde pública, não só para a população, mas também para o Sistema Único de Saúde (SUS), por isso o diagnóstico precoce e o tratamento correto é essencial, evitando, principalmente, maiores problemas aos pacientes, melhorando a sua qualidade de vida, que é sempre o nosso foco principal”, destacou Carolina Sanches.

“Foi um evento que cobrei bastante do setor de Atenção Primária à Saúde (APS), dentro da SRSV, que trabalhou muito para concretizá-lo. Agora estamos aqui reunidos e para alcançar o nosso objetivo, precisamos muito do apoio da APS, ela é essencial na Linha de Cuidado da Pessoa com Doença Renal Crônica. É isso que a gente espera do evento e que o debate gere muitas ideias para que possamos dar início a um trabalho primoroso hoje para que possamos construir um futuro promissor na melhoria do atendimento a esses pacientes”, destacou o superintendente da Regional Metropolitana de Saúde, Alexandro Vimercati.

O superintendente estadual do Ministério da Saúde no Espírito Santo, Luiz Carlos Reblin, reforçou também a importância do encontro. “A DCR é uma questão social tão forte, porque a gente como profissional de saúde reconhece o sofrimento do paciente, mas quem está acompanhando a sua rotina e a dor da família é que pode nos dizer com propriedade a importância desse trabalho dentro do SUS. E como já foi dito, precisamos fortalecer a APS, trabalhar cada vez mais para alcançar a excelência onde tudo começa”, disse Reblin.

A médica nefrologista e referência técnica da Gerência de Políticas e Organização de Redes de Atenção à Saúde (GEPORAS), da Sesa, Alice Pignaton, uma das palestrantes, frisa, que a importância da oficina para os municípios da SRSV é ampliar o conhecimento de forma geral.

” A ideia é criar um debate sobre a gestão e o financiamento das consultas, dos procedimentos para a Linha de Cuidado da DRC, desde a APS até a Alta Complexidade, da implantação de programas de detecção precoce, capacitação de equipes, alinhamento entre municípios, com o objetivo de diagnosticar os principais nós críticos na Região Metropolitana de Saúde, compartilhar experiências e buscar formas de melhorias”, ressaltou a médica nefrologista.

Dados da doença renal no Espírito Santo

Estima-se que 10% da população capixaba tenha algum grau de DRC, mas apenas 0,13% estejam em tratamento dialítico. Atualmente, no Espírito Santo, são cerca de 2,7 mil pessoas fazendo hemodiálise e 205 em diálise peritoneal.

Houve aumento do número de vagas de hemodiálise na Região Metropolitana de Saúde, mas a expectativa é ampliar em 10% o acesso de pacientes em diálise peritoneal. Além disso, este ano foram realizados 104 transplantes renais.

Em 2024, houve uma redução da mortalidade geral por população de habitantes por DRC, foram 325, sendo que em 2023 foram 382. “A área técnica analisou que esse dado pode ser em decorrência efeito da reestruturação hospitalar pós-Covid-19 e a abrangência e a capacitação da APS que vem ocorrendo desde o fim da pandemia”, pontuou Alice Pignaton.

Quem participou

O evento contou ainda com as palestras da chefe do Núcleo Especial de Programação de Serviços em Saúde (NEPSS), Márcia Portugal; da presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN-ES), Ramiele Aparecida Cruz Souza; da referência técnica da Rede de Pessoas com Doenças Crônicas não Transmissíveis da Superintendência Regional de Saúde de Cachoeiro de Itapemirim e Gerente de Regulação da Atenção à Saúde, Priscilla Rocha; e do médico nefrologista do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam), Leandro Cetto Spadette.

Também participaram do evento, a gerente de Política e Organização de Redes de Atenção à Saúde (Geporas), Rose Mary Santana Silva; a secretária-executiva da Comissão Intergestores Bipartite, Maria do Socorro Rodrigues Lopes Fernandes; o enfermeiro SRSV/APS de Doenças Crônicas não Transmissíveis, Luis Eduardo Machado Lamatina além de vários profissionais de saúde de alguns municípios da Regional Metropolitana de Saúde.  

Veja as imagens da Oficina Linha de Cuidado de Pessoa com Doença Renal:

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