O projeto “O que importa para você?”, desenvolvido no Hospital Estadual Central, em Vitória, já está colhendo frutos de um belo trabalho. A técnica de enfermagem Bianca Coelho, integrante do grupo de voluntários do projeto, percebeu que uma de suas pacientes estava triste, e ao perguntar o que importava para ela, naquele momento, descobriu que o que ela desejava era simples e fácil de resolver. 

“Há uns três dias eu estava percebendo a Rita bem tristinha, quando perguntei o porquê, ela respondeu que estava se sentindo feia e desarrumada, e o marido viria visitá-la,” relatou Bianca, que tomou a iniciativa de levar para o hospital maquiagem e chapinha de cabelo para arrumar a paciente. 

Rita ficou feliz com a surpresa e emocionada ao ver o resultado no espelho. “Foi muito bom. Fiquei muito feliz. A autoestima é tudo para a mulher. Primeira vez que vi um hospital tão acolhedor. Aqui eles se importam com a gente,” comentou Rita de Cássia Santos, que esteve quase três meses internada no Hospital Estadual Central. 

O projeto “O que importa para você?” tem como objetivo estimular o cuidado centrado na pessoa. A ideia é incentivar o profissional da área assistencial a perceber o simples no dia a dia do paciente. 

“Fez toda a diferença no meu sábado. Foi cansativo, perdi meu horário de café, mas quando a vi daquele jeito senti algo sem explicação. A gente, que trabalha com os cuidados do paciente, vê a melhora da saúde aos pouquinhos, mas quando a gente faz alguma coisa que tem um resultado imediato é muito satisfatório. Foi uma experiência que eu quero repetir” contou a técnica de enfermagem.

O projeto 

“O que importa para você?” – “What Matters to You?”, em inglês –, é uma campanha internacional desenvolvida pela organização Healthcare Improvement Scotland. A Associação Congregação de Santa Catarina (ACSC), que administra o Hospital Estadual Central, aderiu à campanha a fim de estimular seus profissionais de saúde a terem conversas mais significativas com os pacientes. 

“Nesse trabalho, não basta perguntar. É preciso escutar a resposta e, na medida do possível, fazer o que o paciente disse que é importante para ele. Acreditamos que compreender o paciente é extremamente importante para construirmos uma relação de confiança com ele e, assim, podermos mais facilmente adequar os cuidados às reais necessidades e anseios dessa pessoa”, explicou a diretora técnica do hospital, Andrea Stefano Saliba.

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