A manhã desta quarta-feira (08) foi de palestras para homens com temas relacionados à prevenção. As palestras, relacionadas à campanha Novembro Azul, foram ministradas no auditório da sede da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), na Enseada do Suá, e contou com a participação de 104 homens e mulheres.

A programação foi aberta pela subsecretária Engre Beilke Tenório, que alertou que o mês de novembro não é apenas para a prevenção do câncer de próstata, mas de cuidado integral com a saúde do homem. “O mês de novembro não deve ser apenas de prevenção ao câncer de próstata, mas sim de cuidado integral com a saúde do homem. É uma questão de prevenção, de manter a saúde boa. É essa a ideia da Rede Cuidar, que está sendo implantada em todo Estado, de cuidado integral da saúde”, destacou.

A referência técnica em Saúde do Homem da Sesa, Lucimar Ventorin Hamsi, reforçou que a ideia do Novembro Azul não é só prevenir o câncer de próstata, e destacou que o que mais mata os homens não são as neoplasias, mas sim os fatores externos.

Ainda de acordo com Lucimar, o homem precisa entender que não deve procurar o serviço de saúde apenas quando está doente, mas que é preciso fazer acompanhamento na rede de saúde como meio de prevenção às doenças.“O grande problema é que o homem só procura o serviço de saúde quando está mal, e temos que mudar isso, fazendo com que eles entendam que devem procurar esses serviços de forma preventiva e não somente de forma curativa”, disse.

A primeira palestra foi ministrada pela referência técnica da área de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes da Sesa, Edleusa Cupertino. Com o tema “Violência: um problema global de saúde pública”, Edleusa destacou sobre como o profissional de saúde deve proceder ao atender uma vítima de violência, destacou a importância de um bom acolhimento ao paciente e a importância de aplicar práticas humanizadas de atendimento.

Ela também falou sobre a importância de o homem cuidar da saúde para ter uma maior expectativa de vida, já que por diversos fatores a expectativa de vida dos homens é menor que a das mulheres (79 para mulheres e 72 para homens, de acordo com o Ministério da Saúde).  

“Nós da saúde somos treinados a enxergar um problema de saúde e oferecer o medicamento. Mas a situação de uma vítima de violência vai se apresentar pela observação, pelo bom acolhimento. Em uma situação assim é preciso mudar a forma do atendimento. É preciso ter sensibilidade para seguir no processo”, disse.

A segunda palestra foi ministrada pelo oncologista Luiz Augusto Fagundes, que é referência técnica em Oncologia na Sesa, que falou não apenas sobre câncer de próstata e suas causas, mas também abordou outros cânceres que são comuns como o de cólon e reto, intestino e pele.

Segundo o médico, é comum as pessoas terem medo da palavra câncer, mas ressaltou que se a pessoa for diagnosticada com a doença não significa que irá morrer.

Ele explicou sobre os sintomas mais frequentes nesses tipos de câncer, os exames que são realizados para diagnosticar ou prevenir a doença, e ainda destacou sobre a necessidade de se adotar hábitos saudáveis como uma boa alimentação e a prática de atividades físicas regulares para manter a saúde em dia e uma boa qualidade de vida.

“Há muito preconceito em relação ao câncer, mas não é uma sentença de morte”, frisou.

O oncologista fez uma palestra bastante descontraída e muitos homens e mulheres fizeram perguntas com dúvidas sobre a doença.

Ao final da manhã, uma equipe de alunos do Centro Universitário Católico de Vitória (antiga Faculdade Salesiana de Vitória), realizaram aferição da pressão arterial, testes de glicemia e verificaram o peso e a altura dos servidores. Quem estava fora das médias ideais era orientado a procurar um serviço de saúde. 

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