19/02/2020 16h52 - Atualizado em 19/02/2020 16h53

Profissionais da Saúde participam de capacitação sobre Chikungunya

Nesta quarta-feira (19), uma equipe de técnicos da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde esteve no Espírito Santo para realizar o “Seminário de Atualização em Chikungunya – aspectos epidemiológicos, manejo clínico e controle vetorial”, que teve sede em Vitória. Aproximadamente 250 profissionais da Saúde que atuam na atenção básica de todo Estado participaram do evento, cujo objetivo foi entender melhor os sintomas da Chikungunya e esclarecer dúvidas.

A Secretaria da Saúde (Sesa) foi parceira no treinamento, realizado devido ao aumento no número de notificações de casos suspeitos registrados neste início de ano no Espírito Santo. Pensando nisso, a Sesa traçou essa estratégia para melhor preparar os profissionais que atuam no atendimento primário, para auxiliá-los na identificação dos sintomas e iniciar a terapia mais indicada para o paciente, além do repouso e da hidratação do corpo.

Os sintomas da doença aparecem em até 12 dias após a picada do mosquito Aedes aegypti. Além da febre, o paciente apresenta dores nas juntas e na cabeça, assim como náuseas e manchas pelo corpo. Os olhos também podem ficar avermelhados. Para diagnosticar a doença é preciso passar por exames laboratoriais.

Na abertura do encontro a representante da Coordenação-Geral de Vigilância de Arboviroses (CGARB/DEIDT/SVS), Larissa Arruda, falou sobre a situação epidemiológica das arboviroses no Brasil, em especial a chikungunya. Durante sua palestra, ela destacou que 28% dos casos de chikungunya da Região Sudeste estão concentrados no Espírito Santo.

Em seguida, a médica infectologista e epidemiologista da Sesa, Theresa Cristina Cardoso da Silva, falou sobre a situação epidemiológica da chikungunya no Espírito Santo, e apontou os principais desafios para o Estado.

A médica destacou que os primeiros casos da doença foram registrados no Espírito Santo em 2014, no entanto, confirmados apenas em 2016.

De acordo com Theresa Cardoso, a situação mais crítica da doença teve início no segundo semestre de 2019 sendo a maioria dos casos concentrados na região da Grande São Pedro a partir de outubro. “Estamos aprendendo ainda sobre a Chikungunya e é preciso entender cada dia mais essa doença. Por isso, a importância de eventos como esse, em que podemos entender como cuidar melhor do paciente”, disse.

Outros temas também foram tratados durante o seminário: aspectos clínicos aplicados à Chikungunya, com o representante do Instituto Oswaldo Cruz, André Machado Siqueira; Organização dos serviços e abordagem dos elementos fundamentais da assistência ao paciente em epidemia de Chikungunya, com a representante da Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana, na Bahia, Melissa Falcão; Desafios para o monitoramento entomológico de vetores das aboviroses urbanas no Brasil e novas tecnologias, com a representante da Coordenação-Geral de Vigilância das Arboviroses do Ministério da Saúde, Tatiana Azara; Projeto ArboAlvo: resultados e perspectivas da implantação no Brasil, com o representante do Instituto Oswaldo Cruz e Programa de Computação Científica da Fiocruz no Rio de Janeiro, Nildimar Honório; Perfil dos óbitos por arbovírus no Brasil, com a representante da Coordenação-Geral de Vigilância das Arboviroses do ministério da Saúde, Juliana Chedid Nogared; Capacidade laboratorial para diagnóstico da Chikungunya no Brasil, com a representante da Coordenação-Geral de Laboratórios de Saúde Pública do Ministério da Saúde, André Abreu; e Vigilância laboratorial do vírus Chikungunya: experiência do laboratório de referência, com o representante do Laboratório de Flavivírus/IOC – Fiocruz, Fernanda Nogueira.

E-SUS VS

Durante o seminário, o superintendente Regional de Saúde de Metropolitana, Luiz Carlos Reblin, falou sobre o Sistema de Informação em Saúde e-SUS Vigilância em Saúde (VS), o novo sistema de notificação compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde voltado aos serviços de saúde pública e privada.

Ele explicou que o sistema é criado no momento em que o Ministério da Saúde faz uma reformatação da base de entrada de dados em todo Brasil para todas as doenças de notificação obrigatória.

O e-SUS VS é um sistema pioneiro no país e já tem gerado interesse de pelo menos outros sete estados brasileiros para implantação. “O Espírito Santo desenvolve uma experiência para uma referência a nível nacional. Desde janeiro deste ano que estamos efetivamente utilizando o sistema e outros estados já estão realizando visitas técnicas ao Estado para adotarem o sistema”, destacou Reblin.

A declaração reforça para os profissionais a importância de realizar a notificação do caso imediatamente durante o atendimento para que se tenha dados em tempo real, podendo, dessa forma, criar estratégias de combate mais eficientes.

 

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