Com o objetivo de reforçar o compromisso de conectar instituições e integrar práticas para salvar vidas desde a gestação até o recém-nascido, o II Fórum de Mortalidade Materno-Infantil e Fetal Norte reuniu gestores e profissionais de saúde, além de estudantes de Ensino Superior na última quinta-feira (11), em São Mateus.

Organizado pela Superintendência Regional Norte de Saúde, o encontro contou com uma programação de palestras e mesas-redondas, nas quais os profissionais puderam se aprofundar sobre a temática. As primeiras palestras, por exemplo, destacaram a importância da prevenção, ampliando a investigação dos óbitos.

Durante a apresentação da enfermeira Rita Santa’Ana, a profissional mostrou os dados sobre mortalidade infantil e as principais causas para sua ocorrência, como incorreções ao longo do pré-natal ou no parto. Complementando o assunto, o médico Odir Motta Junior, no decorrer da sua apresentação, destacou a importância de um atendimento ambulatorial eficiente aos recém-nascidos “para evitar mortes neonatais tardias”.

Os participantes ainda tiveram contato com a temática de práticas humanizadas no pós-parto, especialmente nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatais (UTINs), com foco na participação ativa dos pais no cuidado dos recém-nascidos. Outros assuntos abordados foram a respeito da qualificação da assistência; sobre a Lei Estadual 12.194/2024, que garante direitos universais e autonomia às parturientes para evitar discriminação; sobre o aumento dos partos cirúrgicos no Brasil; a qualificação da identificação da causa de morte; a importância da estratificação de risco no pré-natal para intervenções eficazes; e a necessidade de transformar diagnósticos precoces em ações rápidas e integradas.

O fórum contou com a participação de municípios que compõem a região Norte de Saúde, de profissionais da Superintendência Regional Norte de Saúde; dos hospitais Roberto Arnizaut Silvares e Maternidade São Mateus; da Defensoria Pública do Espírito Santo (DPES); do Comitê Estadual de Mortalidade Materno-Infantil; e acadêmicos da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Faculdade Multivix e do Centro Universitário Vale do Cricaré (UNIVC).

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