02/10/2025 12h29 - Atualizado em 07/10/2025 12h29

Região Norte troca experiências para fortalecer práticas de segurança do paciente

A qualificação dos profissionais de saúde foi tema central do III Simpósio de Segurança do Paciente da Região Norte de Saúde. O encontro, que reuniu mais de 160 participantes, entre trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS), gestores, especialistas de diferentes áreas e acadêmicos, teve por objetivo fortalecer práticas que reduzam riscos e ampliem a segurança dos pacientes nos serviços da região. O Simpósio foi realizado no Sesc de São Mateus, nos dias 22 e 23 de setembro.

Organizado em parceria pela Superintendência Regional Norte de Saúde (SRSSM), Hospital Estadual Roberto Arnizaut Silvares (HRAS) e Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), o simpósio contou também com o apoio do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi).

No primeiro dia, os minicursos ofereceram aos profissionais de saúde um espaço de aprendizado prático sobre temas como consolidação de núcleos de segurança do paciente; protocolos básicos de segurança; notificação de eventos adversos; e cultura organizacional de segurança. No segundo dia, mesas-redondas abordaram acesso oportuno e seguro; equidade na saúde; impactos das tecnologias; cuidado integrado; e direitos do paciente. Os debates reforçaram a necessidade de integração entre atenção primária, hospitais e instituições formadoras de profissionais, apontando a comunicação eficiente como condição fundamental para reduzir riscos.

Na avaliação da enfermeira Walkiria Hoffmann, supervisora do Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente do ICEPi, os minicursos devem ter um impacto direto na prática assistencial. “O participante sai do minicurso levando bastante conhecimento e expertise para iniciar ou solidificar os processos de segurança do paciente em suas instituições”, explicou.

Para o diretor-técnico do Hospital Estadual Roberto Arnizaut Silvares, Claudio Nunes, é preciso avaliar rotinas, retreinar equipes e estimular a cultura de segurança com grupos de estudos e outras formas de manter o tema em evidência. “A segurança do paciente é um dos maiores desafios que temos, e isso é mundial. O simpósio não deveria ser só uma vez por ano. Isso deveria ser um programa de discussões permanentes”, detalhou.

Integração com o meio acadêmico

O Simpósio também trouxe um espaço científico com apresentação de pôsteres e trabalhos orais, incentivando a aproximação entre estudantes e profissionais. A iniciativa reforçou a importância de incluir a segurança do paciente nas matrizes curriculares dos cursos da área da saúde, preparando futuros trabalhadores para lidar com esse desafio.

Coordenador do simpósio e professor da Ufes, Alexandre Souza Morais, destacou avanços em hospitais da região, mas ponderou que a rede de atenção ainda está incipiente, principalmente, nas unidades básicas de saúde. “Incidente na segurança do paciente é aquilo que não conseguimos prevenir. Os protocolos vêm para essa questão. Temos estratégias validadas mundialmente que exigem pouco recurso e têm alto impacto que as instituições não estão fazendo porque não estão organizadas para isso. A intenção do simpósio é também discutir que há estratégias que podem ser adotadas no dia a dia, independentemente da quantidade de recursos que se tem”, pontuou.

 

 

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