Saúde inicia a primeira pós-graduação do Brasil em Eliminação da Tuberculose e Doenças Determinadas Socialmente

Em mais uma iniciativa inovadora do Governo do Estado, o Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi) deu início, nessa terça-feira (24), a primeira pós-graduação lato sensu do Brasil em Eliminação da Tuberculose e Doenças Determinadas Socialmente. O curso tem o objetivo de desenvolver habilidades e competências nos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) para a eliminação da tuberculose e de doenças socialmente determinadas com foco na Vigilância em Saúde.
São 39 profissionais do SUS e do SUAS matriculados, representando municípios de todas as regiões de saúde do Espírito Santo. As aulas presenciais vão ocorrer quinzenalmente, às sextas-feiras e aos sábados, nos polos de Vitória e São Mateus, durante um ano. Depois, os alunos terão três meses para o desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
A formação foi elaborada pelo Observatório da Tuberculose no Espírito Santo (Observa TB), que faz parte do Programa de Qualificação das Redes de Vigilância em Saúde (PQRVS) do ICEPi e é desenvolvido em parceria com o Laboratório de Epidemiologia da Universidade Federal do Espírito Santo (LabEPI/Ufes). A iniciativa surgiu a partir da preocupação com a alta incidência de doenças socialmente determinadas no Espírito Santo e da necessidade em capacitar os profissionais para oferecer uma assistência de qualidade à população, fortalecendo ações de precaução e enfrentamento dessas doenças.
Aula inaugural
A aula inaugural foi realizada na Ufes e contou com a presença do secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann; do diretor-geral do ICEPi, Erico Sangiorgio; da gerente de Ensino do ICEPi, Carolina Perez; da coordenadora do curso, Carolina Sales; da professora Ana Paula Bittencourt, representando o magnífico Reitor da Ufes; da coordenadora do Programa Estadual de Controle da Tuberculose da Sesa, Ana Paula Rodrigues Costa; da coordenadora do PQRVS, Liliane Graça; e demais representantes da Sesa e da Ufes.
“Um dos objetivos do ICEPi é a qualificação dos profissionais que estão na Atenção Primária à Saúde (APS) e temos diversos programas de formação como esse. Essa pós-graduação vai além da visão da saúde, trazendo também aspectos econômicos e sociais. E nós temos que cumprir nosso papel na redução da desigualdade”, destacou o secretário Tyago Hoffmann.
O diretor-geral Erico Sangiorgio reforçou que o enfrentamento à tuberculose requer ações que vão além do que é desenvolvido na área da saúde. “É a doença infecciosa que mais mata no mundo e temos o pacto global de erradicação da tuberculose até 2030. E o ICEPi tem contribuído para essa batalha por meio da qualificação dos profissionais”, explicou Sangiorgio.
A coordenadora do curso, Carolina Sales, explica que a ideia da formação surgiu da importância dessas doenças no contexto do Programa Brasil Saudável, criado pelo Ministério da Saúde. “Muitas das doenças socialmente determinadas têm alta incidência no Espírito Santo, então é importante formar os profissionais para uma assistência de qualidade para as pessoas, monitoramento dos indicadores e planejamentos eficazes de enfrentamento à essas doenças”.
Ações do Observa TB
Para auxiliar no acolhimento e no cuidado dos pacientes, o SUS e o SUAS no Espírito Santo estão cada vez mais integrados para garantir que as pessoas recebam o tratamento adequado e obtenham a cura da tuberculose, além da proteção social.
O Observa TB também está desenvolvendo um fluxograma com os municípios capixabas considerando essa intersetorialidade da saúde com a assistência social. O Espírito Santo é pioneiro no estabelecimento desse fluxograma entre Secretarias de Saúde e de Assistência Social, que vai contribuir para que as pessoas portadoras de tuberculose tenham acesso ao tratamento e a proteção social, aumentando as taxas de cura e diminuindo a interrupção do tratamento, que é gratuito e ofertado pelo SUS.
E para prevenir o risco de interrupção do tratamento por uma pessoa com tuberculose, o projeto também está desenvolvendo o aplicativo ANA. A ferramenta vai auxiliar os profissionais de saúde nos casos de interrupção.
Veja as fotos da aula ianugural: : https://www.flickr.com/photos/188374953@N05/albums/72177720327169377
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