Representantes dos 12 hospitais filantrópicos do Espírito Santo que serão beneficiados pela Portaria Estadual 029-R, que altera o valor da diária de UTI, UTIP e UTIN de R$ 800,00 para R$ 1.000,00, conheceram na tarde desta segunda-feira (19), um programa de Sistema de Custos que irá auxiliar no gerenciamento e garantir um melhor controle de despesas dessas unidades hospitalares.

A apresentação aconteceu cinco dias depois que o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) assinou a Portaria Estadual, repassando um incremento financeiro de R$ 15.552 milhões por ano, que será investido na manutenção dos 240 leitos oferecidos nesses hospitais. Este aporte financeiro faz parte da Política Estadual de Incentivo à Assistência em UTI/UTIN e UTIP, e vai beneficiar os hospitais Evangélico de Vila Velha, Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim, Infantil Francisco de Assis (Guarapari), Infantil Francisco de Assis (Cachoeiro de Itapemirim), Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim, Santa Casa de Misericórdia de Guaçuí, Santa Casa de Misericórdia de Vitória, Pró-Matre, Madre Regina Protmann, Rio Doce, São Camilo e São José.

O sistema KAPIH (Key Performance Indicators for Health), desenvolvido pela Planisa, é totalmente on-line, e deverá ser implantado em até seis meses para que, a partir de janeiro as informações sejam repassadas à Secretaria de Estado da Saúde.

Trata-se de um sistema de gestão estratégica de custos e melhoria contínua dos resultados nas organizações filantrópicas do Espírito Santo. Nele, os principais indicadores de desempenho são definidos como métricas usadas para medir os principais processos de negócios e refletem o desempenho estratégico.

De acordo com o diretor da Planisa, Eduardo Agostini, o Sistema de Custos é um instrumento importante para a Sesa pois além de auxiliar no gerenciamento dos hospitais filantrópicos, também irá ajudar a secretaria a negociar leitos com hospitais privados. Durante o encontro, Agostini destacou que custo tem que ser apurado de forma correta, e ressaltou que no Espírito Santo, 60% das internações em UTI, UTIN e UTIP são feitas em hospitais filantrópicos.

Ele explicou detalhes sobre o funcionamento do sistema, e como ele auxilia no gerenciamento das unidades hospitalares onde está em funcionamento.

“É preciso capacitar a todos os envolvidos no sistema para que haja uma leitura única dos números de maneira igual, com a mesma interpretação. É isso que o sistema KAPIH permite. É um importante sistema de transparência e controle”, disse.

Para a implantação do KAPIH nos 12 hospitais filantrópicos a empresa irá disponibilizar uma equipe com oito consultores, que irá treinar os funcionários dos hospitais

O sistema funciona da seguinte forma: ele é 100% on-line e pode ser acessado de qualquer lugar. Nele são lançados todos os valores gastos pelos hospitais como folha de pagamento, escala de funcionários, contabilidade, financeiro, compras de medicamentos, material de curativos, lavanderia, entre outros, e ainda informações de pacientes internados e acompanhantes. Todos os números são lançados separados por setor, o que permite melhor controle dos custos. Dessa forma, é possível saber quanto, como e onde os recursos da unidade hospitalar estão sendo investidos, e dessa forma, ajustar onde for detectado algum descontrole de gastos.

Ela possibilita a gestão do resultado operacional global da organização e a avaliação por áreas de atividade, unidades de negócio, clientes, procedimentos e especialidades médicas fundamentais e decisivas à sustentabilidade do processo decisório.

Com os dados compilados, as informações são enviadas para a Sesa, que irá acompanhar o repasse dos recursos.

O secretário de Estado da Saúde, Ricardo de Oliveira, participou do encontro e destacou que é importante implementar instrumentos de transparência na gestão.

Ele destacou que os hospitais devem começar a implantar o sistema já a partir de julho e as informações consolidadas passadas à secretaria entre dezembro deste ano e janeiro de 2018.

“Acredito que esse sistema vai fortalecer muito nossa parceria com os filantrópicos e melhorar a relação com os órgãos de controle. Vamos começar nesses 12 hospitais e depois pretendemos ampliar aos demais. Estipulamos prazo de seis meses para os hospitais implementarem esse sistema. A implantação começa em julho e a partir de janeiro de 2018 começar a repassar. É um instrumento de eficiência e transparência muito importante”, disse. 

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