18/06/2018 18h16 - Atualizado em 20/06/2018 16h29

Sesa capacita profissionais de saúde dos municípios para abordagem ao fumante

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) oferecerá uma capacitação em abordagem intensiva ao fumante para profissionais de nível superior que trabalham em contato direto com o paciente em serviços de saúde municipais. O curso será realizado nesta terça-feira (19), das 9 às 17 horas, no auditório do Hospital da Polícia Militar (HPM), em Bento Ferreira, Vitória.

Segundo a referência técnica do Programa Estadual de Controle do Tabagismo Kátia Guerzet Teixeira, o cigarro é responsável por mais de 50 doenças crônicas não transmissíveis, entre elas as doenças coronarianas e a maioria dos cânceres. Por isso é importante formar profissionais para garantir a oferta de tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O curso foi aberto para os 78 municípios capixabas.

Kátia explica que os profissionais serão capacitados para conduzir as reuniões dos grupos de abordagem cognitiva comportamental, que atendem pessoas que querem parar de fumar. “Profissional de qualquer especialidade da saúde pode trabalhar fazendo essa abordagem, basta que tenha o conhecimento técnico e que esteja capacitado para isso”, esclarece a referência técnica.

Nos grupos, os pacientes são incentivados a mudar hábitos que favorecem a manutenção da dependência e, se necessário, recebem suporte medicamentoso. De forma geral, as reuniões funcionam assim: inicialmente, acontecem uma vez por semana durante um mês; depois, os grupos se reúnem mais duas vezes, num intervalo de 15 dias entre um encontro e outro, e, por fim, passam a ser acompanhados uma vez por mês por um período de nove a doze meses.

“Muitos fumantes já chegam ao serviço de saúde pedindo medicamento para parar de fumar, mas nem todo paciente que vai para a reunião precisa de medicação. A associação de medicamento com a abordagem cognitivo comportamental vai depender do grau de dependência da pessoa. Se necessário, o profissional poderá lançar mão de repositor nicotínico em forma de adesivo ou de goma de mascar, e também de medicamento antidepressivo. Mas, antes de tudo, é necessário querer abandonar a dependência e se empenhar na mudança de comportamento”, detalhou a referência técnica.

Conforme explica Kátia, nos grupos, os pacientes são levados a tomar consciência dos malefícios que o cigarro causa e aprendem a mudar de hábitos para não ter recaídas nem sofrer da síndrome de abstinência. Ela destaca que o cigarro tem 4.720 substâncias, algumas delas cancerígenas. Além disso, existe a nicotina, que é a responsável pela dependência.

“O cigarro causa dependência física e psicológica. Muitos pacientes dizem que o cigarro é seu companheiro, que conversam com o cigarro. Os estudos nesta área mostram que, geralmente, o paciente consegue parar de fumar após a segunda ou a terceira tentativa participando das reuniões em grupo”, comenta a referência técnica.

 

 

 

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