27/11/2025 18h10

Sesa celebra a Semana da Consciência Negra com reflexão, cultura e protagonismo

A Secretaria da Saúde (Sesa), realizou uma programação especial em alusão à Semana da Consciência Negra, a programação intitulada ‘Vozes e Caminhos: reflexão sobre consciência negra’, que contou com atividades culturais, rodas de conversa, palestras e espaços de valorização da identidade e da história da população negra. O evento aconteceu na sede da Sesa, na Enseada do Suá, em Vitória, nos dias 25, 26 e 27, e reuniu servidores, convidados e representantes de instituições que atuam na promoção da equidade racial.

Na abertura, do evento, o subsecretário de Estado de Contratualização em Saúde Heber Lauer, destacou que a Semana da Consciência Negra é uma oportunidade de reafirmar o compromisso do Estado com a promoção da igualdade racial e com a construção de políticas públicas que respeitem as diversidades. “A Sesa reafirma a importância de reconhecer, valorizar e ampliar o protagonismo da população negra em todos os espaços, inclusive na gestão pública. Essa semana é um convite à reflexão, ao diálogo e, sobretudo, à construção de práticas antirracistas no cotidiano da saúde”, afirmou o subsecretário.

A chefe do Núcleo de Medicina do Trabalho e Serviço Social da Sesa, Regina Lúcia da Silva, falou sobre a realização da Semana da Consciência Negra, pela Sesa. “Trata-se de um momento de reflexão profunda sobre o papel das instituições públicas na promoção da equidade racial e na construção de uma sociedade mais justa. A Consciência Negra nos lembra que o racismo estrutural se manifesta em desigualdades de acesso à saúde, educação e oportunidades de trabalho. Reconhecer essa realidade é o primeiro passo para transformá-la. A Sesa, ao promover debates e ações durante a semana, assume a responsabilidade de ser protagonista na luta contra essas desigualdades”, disse.

Ainda segundo a chefe do núcleo, as leis de cotas raciais no Espírito Santo representam uma política afirmativa que não apenas abre portas para grupos historicamente excluídos, mas também fortalece a diversidade dentro das instituições públicas. No campo da saúde, isso significa ampliar a representatividade de profissionais negros e quilombolas, trazendo novas perspectivas e sensibilidades para o atendimento da população.

“O letramento racial para servidores é uma ferramenta essencial para desconstruir preconceitos e combater vieses inconscientes que afetam a qualidade do serviço público. Capacitar profissionais para compreender como o racismo impacta o acesso e o cuidado em saúde é investir em um atendimento mais humano, equânime e eficaz. Quando servidores são formados para reconhecer e respeitar a diversidade, o resultado é um SUS mais justo e inclusivo. Isso se traduz em maior confiança da população nos serviços de saúde, redução das desigualdades e fortalecimento da cidadania, reafirmando que a saúde pública deve ser um espaço de acolhimento, respeito e justiça”, pontuou.

A programação também contou com um momento cultural com musicalidade Afro Capixaba, apresentado pelos Centros de Referência das Juventudes (CRJ´s) Terra Vermelha, e um Sarau realizado pelo CRJ Cariacica.

Ainda no período da manhã, no auditório da Sesa, ocorreu a palestra “Reflexão sobre Consciência Negra: o negro na sociedade e o racismo velado”, conduzida pela servidora da Sesa, a analista do Executivo da Gerencia do Fundo Estadual de Saúde (GFES), Barbara Vieira da Silva, seguida de roda de conversa sobre histórias de vida com a participação da gerente de Política e Organização das Redes de Atenção à Saúde da Sesa, Rose Mary Santana e da Técnica de Enfermagem do Núcleo de Medicina do Trabalho e Serviço Social, Vitória Nascimento, que é Quilombola, nascida e criada no  Quilombo do Divino de São Mateus no Espírito Santo.

A programação do dia incluiu ainda uma exposição fotográfica do CRJ Cariacica e, à tarde, a exibição do filme Estrelas Além do Tempo, (O filme apresenta a história real de Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson, três mulheres negras que trabalharam na National Aeronautics and Space Administration – NASA, nos anos 1960. Mesmo enfrentando racismo e machismo, elas desempenharam funções fundamentais nos cálculos, operações e inovações que permitiram o sucesso de missões espaciais, como o voo orbital de John Glenn. A narrativa evidencia sua capacidade, persistência e contribuição decisiva tanto para o progresso científico quanto para a superação de barreiras sociais).

Durante a semana, as atividades seguiram:

Nessa quarta-feira (26) houve apresentação da Palestra “Vozes e Caminhos – Os caminhos até os cargos de alta gestão para pessoas negras, com ênfase nas mulheres negras e o trabalho de fortalecimento desenvolvido pela instituição Instituto Oportunidade Brasil (IOB)”, ministrada pela presidente do instituto Verônica Lopes.

Nesta quinta-feira (27), a programação contou com a Palestra “Vozes da Diáspora: Vivências e Identidades Negras – o olhar de um imigrante africano”, com o servidor da Gerência de Contratualização da Rede Própria (Gecorp), Patrício Baionco Mindelo Biague, abordando a experiência imigrante, a diáspora africana e a presença do povo negro no Brasil e na África.

“A celebração da Semana da Consciência Negra na Sesa, reforça a importância do diálogo permanente sobre racismo estrutural, identidade, pertencimento e inclusão, fortalecendo o compromisso da saúde pública capixaba com a equidade e o respeito à diversidade”, frisou a chefe do NERSCT e Coordenadora Administrativa da CRH Sesa, Arlene Vieira de Souza.

Veja as fotos do evento: https://www.flickr.com/photos/188374953@N05/albums/72177720330606894/with/54949339057

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