12/06/2018 18h10 - Atualizado em 12/06/2018 18h14

Sesa dá mais um passo na reestruturação dos contratos com os filantrópicos

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realizou nesta terça-feira (12) uma reunião com dirigentes de hospitais filantrópicos para apresentar uma metodologia de gestão de leitos que permite fazer a classificação dos pacientes por grupos de diagnóstico homogêneos, possibilitando, por exemplo, a comparação do consumo de recursos por perfis similares de pacientes, o que torna os dados mais fidedignos.

A metodologia, chamada DRG (Diagnosis Related Groups), já está sendo utilizada de forma piloto no Hospital Evangélico de Vila Velha e, em parceria com a Federação das Santas Casas e dos Hospitais Filantrópicos do Espírito Santo (Fehofes), será disponibilizada para os hospitais que possuem contrato com a Sesa para oferta de serviços hospitalares.

Segundo o subsecretário de Estado de Assistência em Saúde, Fabiano Marily, os contratos da Sesa com os hospitais filantrópicos serão revisados e o objetivo é modernizá-los, inserindo nesses documentos dispositivos que, além de conferir mais transparência à utilização dos recursos repassados para a rede de saúde complementar contratualizada, garantam também que a utilização do dinheiro público se torne mais eficiente.

“São passos que nós estamos dando para melhorar a eficiência, a gestão e a transparência da rede complementar contratualizada. O objetivo é garantir que os recursos repassados a essas instituições tenham uma eficiência maior e, como resultado, melhore também a qualidade da assistência ao paciente”, comentou Marily.

No Hospital Evangélico de Vila Velha, onde a metodologia DRG está em uso como piloto, a direção já vê resultados muito positivos. “Depois de oito meses, hoje temos tem informações precisas por médico e por especialidade, por exemplo. Saímos do ‘eu acho’ para informações consistentes no que diz respeito à gestão do leito, à gestão assistencial, com a oportunidade de redução de riscos assistenciais, o que é uma forma também de garantir melhor assistência ao paciente e menor custo. Estamos em fase de revisão do planejamento estratégico e o DRG será uma ferramenta para alcance dos objetivos estratégicos da nossa instituição”, comentou Vera Mantelmacher, diretora da Central de Serviços Compartilhados da Associação Evangélica Beneficente Espírito- Santense (Aebes), mantenedora do Hospital Evangélico de Vila Velha.

O subsecretário disse que a Sesa está em conversa com a Fehofes para que, junto com o pacote de melhorias do processo de trabalho nos filantrópicos seja também viabilizada a capacitação dos gestores desses hospitais para atender ao processo de reestruturação e de melhoria da capacidade de gestão e de oferta de serviços para a rede hospitalar estadual. “Queremos que os filantrópicos, que são nossos parceiros na oferta de serviços de saúde à população capixaba, estejam cada vez mais capacitados, e que os gestores estejam conscientes da necessidade de terem efetivamente uma participação maior e duradoura no processo de oferta de serviços contratualizados pelo Estado”, acrescentou Marily.

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