Com a presença da Presidência e de pesquisadores da Sociedade Brasileira de Hanseonologia (SBH), o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, se reuniu, na manhã desta segunda-feira (09), com referências estaduais para discutirem estratégias de elaboração e implantação de um protocolo de atendimento e acompanhamento aos portadores de hanseníase.

O projeto visa, por meio do trabalho de referências estaduais e nacionais, a unificar uma proposta que possa organizar a rede para a atenção integral ao paciente com hanseníase no Estado. “É uma oportunidade para estruturar o serviço no Estado, de maneira a focar em um conjunto de ações concretas e objetivas dentro do espaço de cuidado que é o serviço de saúde. A nossa expectativa é que com essa reunião, e ao longo da semana, possamos construir estratégias a fim de garantir que nos próximos três anos tenhamos uma experiência muito exitosa no tema da hanseníase no Espírito Santo”, disse Nésio Fernandes.

O entendimento, segundo o secretário, é de que se faça “a execução de um projeto contínuo, sustentado e estruturado, a fim de garantir a todo o Estado uma atenção adequada ao paciente com hanseníase, que vai ao encontro do ciclo histórico que está sendo traduzido pelo governo. É um ciclo de expansão da formação, qualificação da rede e do provimento profissional. E no mesmo sentido, pretendemos criar uma geração e hansenólogos no Estado”.

Participaram deste encontro o subsecretário da saúde, Fabiano Ribeiro dos Santos; o presidente e o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), Claudio Salgado e Marco Andrey, respectivamente; a diretora científica da SBH, Isabela Goulart; o pesquisador em hanseníase da SBH, Josafá Barreto; a professora do departamento de Medicina Social da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Patrícia Deps; o coordenador-geral do Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen), Rodrigo Rodrigues; as referências técnica do Programa Estadual de Hanseníase, Alexandra Mello e Marizete Puppin; a representante da Vigilância Epidemiológica da Sesa, Marisa Simon; e a representante da Atenção Primária da Sesa, Margareth Pandolfi.

Próximos passos

As propostas serão constituídas ao longo da semana, com a participação das referências estaduais e da SBH, e apresentadas em nova reunião, na próxima sexta-feira (13).

Diante das proposições apresentadas pelo secretário, o presidente da SBH, Cláudio Salgado, mostrou-se satisfeito e colocou a Sociedade à disposição. “Essa proposta que viemos discutir e construir em conjunto com o Estado, ao meu ver, é uma proposta única. É uma oportunidade de mostrar ao mundo que um Estado de 4 milhões de pessoas pode estruturar sua rede no ponto de vista da hanseníase, como identificar casos novos e examinar contatos de forma correta”, afirmou.

Como forma de mostrar urgência e importância no desenvolvimento do protocolo, o secretário sinalizou, durante a reunião, a disposição do Estado em sediar o Congresso Brasileiro de Hansionologia, ainda este ano. “Queremos apoiar de forma financeira e estrutural, e em paralelo estamos construindo uma provocação à SBH para a realização de um congresso de caráter internacional aqui no Estado, durante o desenvolvimento do projeto nos próximos três anos”, apontou.

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