29/11/2018 16h17 - Atualizado em 29/11/2018 16h20

Sesa realiza atualização em manifestações bucais de IST para dentistas

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) promove, na tarde desta quinta-feira (29), o Curso de Atualização em Manifestações Bucais de Infecções Sexualmente Transmissíveis e Testes Rápidos de HIV, Sífilis e Hepatites B e C. A capacitação, que teve início às 13 horas e seguirá até as 17 horas, na Escola de Serviço Público do Espírito Santo (Esesp), em Morada de Camburi, Vitória, tem como público-alvo dentistas e estudantes de Odontologia, principalmente os que estão em fase de estágio.

Segundo a médica ginecologista Bettina Moulin Coelho Lima, referência técnica da Coordenação Estadual de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e Aids da Sesa, o objetivo da capacitação é ampliar o olhar dos dentistas com relação às manifestações bucais causadas por infecções sexualmente transmissíveis, pois esses profissionais também estão envolvidos com a saúde da população e podem contribuir dentro daquilo que está no seu campo de trabalho.

“No caso da sífilis, por exemplo, qualquer local que a bactéria causadora da sífilis penetre ela pode formar um cancro de inoculação, que é uma ferida. Isso pode ocorrer, inclusive, na boca. E, muitas vezes, essa ferida pode passar despercebida tanto pelo profissional quanto pela pessoa que está com aquele cancro. Se o dentista perceber que um paciente tem uma ferida no lábio ou na língua e se atentar que aquilo pode ser manifestação de sífilis, ele mesmo pode fazer o teste rápido no consultório e iniciar o tratamento”, afirma a referência técnica.

De acordo com Bettina Lima, além de orientar os dentistas para que eles reconheçam as manifestações bucais causadas por infecções sexualmente transmissíveis, o curso servirá para ensinar esses profissionais a fazer o teste rápido de sífilis, HIV e hepatites B e C; dar a eles instrução sobre como conduzir um caso de diagnóstico positivo; e explicar o que significa um teste rápido positivo, porque, segundo a médica, para alguém que já teve sífilis, por exemplo, um resultado positivo não necessariamente significa que a pessoa esteja com a doença novamente, mas, para quem nunca teve, diante de um teste rápido positivo é preciso fazer um teste de sangue laboratorial.

O Curso de Atualização em Manifestações Bucais de Infecções Sexualmente Transmissíveis e Testes Rápidos de HIV, Sífilis e Hepatites B e C conta com o apoio do Núcleo Especial de Atenção Primária da Sesa e tem a parceria da especialista em patologia bucal e professora do curso de Odontologia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Liliana Aparecida Pimenta de Barros. Segundo Bettina Lima, esta é a terceira vez que o curso é ofertado para dentistas, e em todas as ocasiões tem tido boa adesão dos profissionais. Para o curso desta quinta-feira (29) há 170 inscritos.

Sífilis

A sífilis é uma infecção transmitida por meio da relação sexual, inclusive do sexo oral, e é causada por uma bactéria.  A Secretaria de Estado da Saúde incentiva a realização do teste rápido de sífilis, a adesão ao tratamento, quando diagnosticada a infecção, além do sexo seguro com o uso de preservativo. Se a doença for diagnosticada, é indispensável tratar adequadamente a infecção para que a doença não se agrave e atinja órgãos como o coração e até o cérebro. Na maioria das vezes, a sífilis não tem sintomas como dor ou feridas, por isso é importante que pessoas sexualmente ativas realizem o teste rápido para detecção da doença pelo menos uma vez por ano.

HIV

Assim como a sífilis, o HIV pode apresentar manifestações bucais. Descobrir precocemente se é infectado pelo vírus HIV e iniciar imediatamente o tratamento evita que o paciente desenvolva Aids. Por isso, é preciso realizar o teste de detecção do vírus com regularidade, buscar o tratamento imediatamente, ter adesão ao tratamento e seguir todas as recomendações médicas para se ganhar qualidade de vida. O exame deve ser feito principalmente por pessoas que passaram por situações de risco, como ter mantido relações sexuais sem o uso de preservativos ou compartilhado seringas e agulhas, por exemplo.

Hepatites

A hepatite B pode ser contraída durante a relação sexual, mas prevenida com o uso de preservativos. Também pode ser contraída pelo contato com sangue contaminado pelo vírus, assim como a hepatite C. Por isso, para se proteger contra essas doenças, não se deve compartilhar objetos de uso pessoal (escovas de dente, lâminas de barbear, alicates de unha, paus de laranjeira) nem seringas e agulhas; só realizar tatuagens e colocar piercings com instrumentos adequadamente esterilizados.

 

 

Informações à imprensa:

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde

E-mail: asscom@saude.es.gov.br

Tels.: (27) 3347-5642/3347-5643

 

2015 / Desenvolvido pelo PRODEST utilizando o software livre Orchard