23/06/2022 15h12 - Atualizado em 23/06/2022 15h15

Sesa realiza webinário com profissionais de saúde para orientações sobre Monkeypox

A Secretaria da Saúde (Sesa), por meio do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública do Espírito Santo (COE Monkeypox ES), realizou, nesta quinta-feira (23), um webinário sobre os manejos e atualizações a respeito da Monkeypox. O encontro, que aconteceu no formato on-line, contou com a participação de cerca de 300 profissionais da saúde de todo o Estado.

“É um encontro para alinharmos com os municípios e a assistência os procedimentos a serem adotados para essa nova emergência de saúde que estamos enfrentando, além do fortalecimento da comunicação que é essencial para atendermos um possível caso suspeito dentro de todos os critérios e em tempo hábil. Essa adesão dos profissionais é muito importante para que possamos ter uma condução adequada dos casos”, ressaltou o gerente de Vigilância em Saúde da Sesa e coordenador Geral do COE Monkeypox ES, Orlei Amaral Cardoso.

A apresentação ficou por conta do médico infectologista e referência técnica do Núcleo Especial de Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde, Raphael Lubiana Zanotti. O profissional explicou desde o histórico da doença e os sintomas até a atualização das determinações de casos feito pelo Ministério da Saúde, além da importância da notificação imediata.

“A suspeição de um caso de Monkeypox precisa ter a notificação feita de forma imediata, em até 24 horas, tanto pelo sistema do e-SUS VS quanto pelo e-mail do CIEVS (Centro de Informações Estratégicas e Respostas em Vigilância em Saúde). Por não se tratar de uma doença endêmica em nosso País, todos os casos que se enquadram nas definições apresentadas pelo Ministério da Saúde são considerados suspeitos e precisam ter amostras recolhidas e encaminhadas ao Lacen”, disse o médico durante a apresentação.

Ele destacou também sobre o isolamento dos casos, medida fundamental para reduzir o risco de transmissão. O médico esclareceu ainda que o isolamento hospitalar só deve ocorrer em casos graves. Já os demais casos suspeitos, considerados leves, têm a condução realizada na Atenção Primária e o isolamento feito em domicílio.

“Os casos suspeitos devem ser orientados a seguir o isolamento domiciliar. Para casos graves, é o isolamento hospitalar. Precisamos destacar que os casos apresentados atualmente no Brasil e no mundo são majoritariamente leves, mas, independentemente, devem seguir o isolamento para evitar a transmissão”, explicou Lubiana.

O COE Monkeypox ES é um mecanismo da Gestão Estadual, coordenado como estratégia de enfrentamento e resposta à doença. Estabelecido pela Sesa, por meio da Portaria Nº 225-S, de 15 de junho de 2022, o COE é formado por profissionais da Subsecretaria de Vigilância, como o Centro de Informações Estratégicas e Respostas em Vigilância em Saúde, o CIEVS, e o Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (LACEN/ES); de Regulação do Acesso; de Atenção à Saúde; e da Gerência de Comunicação.

 

Cuidados com a Monkeypox

Durante a apresentação, o médico infectologista Raphael Lubiana Zanotti também pontuou sobre os cuidados a serem tomados em relação à Monkeypox pelos profissionais da saúde. As recomendações, segundo ele, são o uso de equipamentos de proteção individual (EPI), como máscaras cirúrgicas, óculos, luvas e avental, além da higienização das mãos antes e após cada atendimento.

“Quando se tem contato com um caso suspeito ou confirmado, a higiene de mãos continua sendo fundamental para a prevenção, com a redução do risco de transmissão, uma vez que ela ocorre a partir do início dos sintomas e pode ser por secreções respiratórias ou pelo fluído da vesícula”, complementou a referência técnica da Sesa.

Para pessoas contactantes de casos suspeitos ou confirmados, a higienização das mãos e o não compartilhamento de materiais devem ser reforçados, além do uso da máscara, se for preciso estar no mesmo cômodo com o paciente. O profissional informou ainda que o encerramento do isolamento ocorre no final da fase de crosta das feridas, que é quando elas ficam secas, e reforçou a procura do serviço de saúde em qualquer suspeita da doença.

“O vírus pode ficar em incubação de 7 a 14 dias, podendo variar de 5 a 21 dias. Qualquer suspeita, a população deve procurar o serviço de saúde, na própria Atenção Primária, para ser notificado e realizar os exames de detecção”, reforçou Lubiana.

 

Monkeypox 

A doença causada pelo Monkeypoxvírus (MPXV), de acordo com o Ministério da Saúde, é transmitida por animais (zoonose) e a transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com um animal ou pessoa infectada, ou ainda com material corporal humano contendo o vírus. Essa zoonose é conhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 1970.

É considerado um quadro suspeito a pessoa de qualquer idade que, a partir de 15 de março de 2022, apresente início súbito de erupção cutânea aguda sugestiva de Monkeypox, única ou múltipla, em qualquer parte do corpo (incluindo região genital), associada ou não a adenomegalia ou relato de febre. Além disso, precisa estar associado às seguintes definições:

- Histórico de viagem a um país endêmico ou com casos confirmados de Monkeypox nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas ou;

- Ter vínculo epidemiológico com pessoas com histórico de viagem a um país endêmico ou país com casos confirmados de Monkeypox ou;

- Ter vínculo epidemiológico com casos suspeitos, prováveis ou confirmados de Monkeypox ou;

- Histórico de contato íntimo com desconhecido/a (s) e/ou parceiro/a(s) casual(is), nos últimos 21 dias que antecederam o início dos sinais e sintomas.

 

Informações à Imprensa:

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