20/05/2019 16h43 - Atualizado em 20/05/2019 16h47

Transplante: rede de solidariedade ajuda quatro pessoas no Estado

Foto: Divulgação PRF

Mesmo com a forte chuva no último sábado (18), que causou diversos transtornos na Grande Vitória, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e a Central de Transplante do Espírito Santo contaram com a ajuda da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no transporte da equipe de captação e de órgãos do sul do Estado para a região Metropolitrana.

A captação dos órgãos aconteceu no hospital Santa Casa de Misericórdia, em Cachoeiro de Itapemirim. A família autorizou a doação do coração, fígado e rins. De acordo com a coordenadora da Central de Transplante, Maria Machado houve dificuldade no transporte por causa da chuva.

“A nossa ambulância da Central Estadual de Transplante, responsável pelo transporte dos órgãos e da equipe ficou presa em Viana, por causa da chuva. Acionamos a PRF que, de imediato, nos atendeu e se colocou à disposição, ajudando a escoltar o veículo até Cachoeiro de Itapemirim, em uma rede intersetorial de solidariedade”, contou.

No retorno, mais ajuda. Devido a força da chuva, o helicóptero do Núcleo de Operações e Transportes Aéreo (Notaer), da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), foi acionado, mas não conseguiu ir a Cachoeiro de Itapemirim. A equipe da PRF voltou à Grande Vitória acompanhada de um médico da equipe de captação trazendo o coração. O restante da equipe aguardou com a ambulância a finalização da cirurgia para a retirada dos demais órgãos para retornar à Grande Vitória.

Transplantados passam bem

Segundo Maria Machado, os quatro órgãos foram transplantados entre a noite de sábado (18) e a madrugada de domingo (19), em quatro pacientes. Todos estão clinicamente bem. “A ajuda da PRF nos possibilitou a entrega dos órgãos captados em tempo hábil para a realização dos transplantes. Todos estão clinicamente bem”, disse.

A coordenadora agradeceu a ação da PRF e todos os envolvidos na ação, como o superintendente da PRF/ES, inspetor Amarílio Luiz Boni; os policiais rodoviários federais, Emanuel Oliveira e Tozatto; ao chefe da Delegacia PRF de Guarapari, inspetor Sergio Costa; à equipe do Notaer; à equipe médica e de enfermagem da Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim e ao Hospital Meridional. “Diante do esforço de todos, muitas vidas foram salvas com essa demonstração de solidariedade e amor da família doadora”, afirmou.

Números Atualizados

De janeiro a abril deste ano, a Central Estadual de Transplante realizou 117 transplantes no Espírito Santo. No mesmo período em 2018 foram 123 procedimentos realizados. 

Até esta segunda-feira (20), a Central registrou três pessoas à espera de um coração, 176 pessoas aguardando por um transplante de córneas, 36 precisando de doação de fígado, e 942 pessoas esperando um rim.


O processo de doação

A captação dos órgãos acontece somente após constatação de morte encefálica, ou seja, quando há completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro.

Esse diagnóstico é realizado por uma equipe profissional por meio de exames de imagem, exames clínicos e exames laboratoriais. Após a confirmação da morte encefálica, a família é comunicada sobre a situação irreversível e decide sobre a doação dos órgãos de seu ente.

Esse momento de abordagem, segundo Maria Machado, é muito delicado devido ao sofrimento dos familiares no momento da perda. Ela destacou que quando a pessoa informa a família sobre o desejo de doar seus órgãos, a decisão é menos dolorida para os familiares.

“Por isso é importante que as pessoas conversem em casa sobre seu desejo e, mesmo em um momento de dor, a família opta pela doação. Uma vida pode salvar até sete outras vidas”, destacou.

Todas as pessoas podem ser doadoras de órgãos. Para isso, basta ter condições adequadas de saúde.

Informações à imprensa

Assessoria de Comunicação da Sesa

Syria Luppi / Kárita Iana / Luciana Almeida / Thaísa Côrtes / Luan Ribeiro

(27) 3347-5642 / 3347-5643

 asscom@saude.es.gov.br

2015 / Desenvolvido pelo PRODEST utilizando o software livre Orchard