18/01/2019 15h15 - Atualizado em 18/01/2019 15h17

‘Vamos trabalhar juntos’, diz Nésio Medeiros a membros do Conselho Estadual de Saúde

Na tarde desta quinta-feira (17), o secretário de Estado da Saúde, Nésio Medeiros, participou da 74ª Reunião Extraordinária do Conselho Estadual de Saúde (CES) do Espírito Santo.O encontro tratou sobre a revisão do Regimento Interno do Conselho e a deliberação sobre a criação da Comissão Intersetorial de Saúde das Mulheres do CES.

Natural de Santa Catarina, Medeiros, em seu discurso na abertura da reunião, afirmou que veio para o Espírito Santo com a finalidade de trabalhar pela saúde do Estado. Ele destacou que, mesmo o governo investindo 18% do orçamento mensal no setor, a saúde precisa de melhorias. “Estou aqui para ser útil e trabalhar junto com vocês. Estaremos sempre abertos ao diálogo, sempre tendo a dimensão do que é estratégico para a saúde do Estado”, disse.

O novo secretário falou que os problemas da saúde pública muitas vezes podem estar relacionados à falta de formação de profissionais com perfil de competência adequado para trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS).

“Temos um problema que deriva da nossa capacitação, da nossa insuficiência das políticas de organização da formação de recursos humanos. Também temos a questão do fiscal, já que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) impôs a todo serviço público uma linha de corte rígida no que diz respeito ao limite com gasto de pessoal”, disse.

Ele ainda lembrou o dilema da modernização da gestão. “Em pleno século XXI ainda temos hospitais que não são informatizados em sua plenitude. Ainda temos trabalhadores que não são ‘alfabetizados’ na informática. Temos uma série de questões que em outros espaços já foram superados, em outros espaços já estão mais amadurecidos e que aqui ainda damos passos curtos. Isso não diz respeito apenas a informatizar hospitais, mas incorporar tecnologia em toda a rede de atenção de saúde”, frisou.

Medeiros também falou da importância de tornar a atenção básica mais resolutiva para desafogar a rede de atenção especializada:

“Sob o aspecto geral, no Brasil observamos que a atenção básica se perdeu, a especializada não chegou e a vigilância fez uma planilha. Precisamos fazer a atenção primária se reencontrar de verdade. Porque a atenção primária, quando é resolutiva, quando tem trabalhadores que de fato tem as competências de saúde mental, nas competências de cuidados continuados em urgência e emergência, uma atenção básica que de fato tenha segurança clínica nas suas condutas e boas condições de trabalho e de atendimento aos usuários, ela consegue fazer muito”.

Ele disse ainda que é preciso atualizar os debates e o perfil das redes para criar estratégias, juntando todas as forças para melhorar a saúde do Espírito Santo.

Após a sua fala, alguns conselheiros presentes pontuaram questões que julgam prioritárias na saúde como o Tratamento Fora do Domicílio (TFD), implante coclear, regulação de leitos, entre outros e pediram investimentos urgentes.

A reunião aconteceu no auditório da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), na Enseada do Suá, em Vitória.

 

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