19/03/2024 16h09 - Atualizado em 19/03/2024 16h18

‘Zé Gotinha nas Escolas’: Sesa lança projeto para fortalecer a educação em saúde sobre a vacinação

As baixas coberturas vacinais vivenciadas em todo País há quase uma década, e que se agravaram após a pandemia da Covid-19, além do fenômeno da hesitação vacinal são pontos estratégicos importantes quando o assunto é a vacinação de crianças e adolescentes. Para superar esses assuntos e fortalecer a disseminação da informação correta em relação a imunização, a Secretaria da Saúde lançou, na última sexta-feira (15), o Projeto ‘Zé Gotinha nas escolas’.

O lançamento, que aconteceu no auditório do Hospital da Polícia Militar (HPM), em Vitória, contou com a presença de alunos de Enfermagem de instituições de Ensino Superior da capital, que auxiliarão em seu desenvolvimento. O projeto promoverá atividades para crianças e adolescentes a partir da educação em saúde, visando à consciência vacinal no ambiente escolar, junto ao reforço simbólico do personagem Zé Gotinha.

Durante a abertura, a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis (PEI), Danielle Grillo, reforçou a importância de os profissionais de saúde levarem a informação aos pais em busca da imunização das crianças e adolescentes.

“É um desafio grande para nós nesse momento onde temos tanta informação falsa circulando no País quanto à vacinação. Estamos em um novo contexto, onde não basta apenas levar a vacina para a escola, precisamos levar também a informação. Pois é por meio da informação correta que vamos criar vínculos com a família para que vacine seus filhos. Precisamos lembrar que a vacina dá esperança, ela aumentou a expectativa de vida da população e não podemos deixar que nada coloque em dúvida. As vacinas salvam vidas!”, reforçou a coordenadora.

Desenvolvido pelo Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis (PEI), juntamente com o Núcleo Especial de Atenção Primária, da Sesa, o projeto contará com importantes parcerias para a sua operacionalização, como instituições de Ensino Superior, como a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), a Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (Emescam) e a Faesa, por meio dos alunos do curso de enfermagem, e da Prefeitura Municipal de Vitória (PMV), em conjunto ao Programa Saúde nas Escolas (PSE), política intersetorial da Saúde e da Educação. A princípio, o projeto dará início na capital Vitória, com perspectiva de expansão aos demais municípios capixabas posteriormente.

“Vemos que muitas vezes não adianta apenas a estratégia para alcançar às metas vacinais e proteger a todos. Trabalhar a informação é o melhor caminho, por meio da educação em saúde. E vocês, alunos, são uma grande esperança e motivação, nesse trabalho intersetorial. Esse movimento é a prova de que o Estado, com os municípios e as instituições está na linha de ação, no caminho de levar a informação da melhor forma aos pais e responsáveis”, destacou o subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso.

A abertura do evento teve a participação da gerente de Política e Organização de Redes de Atenção em Saúde (Sesa), Daysi Koehler Behning; da representante do PSE do município de Vitória, Sandra do Carmo Cabral Bermudes; da representante da Ufes, Carolina Maia Martins Sales; da representante da Emescam, Marianna Tamara Nunes Lopes; e da representante da Faesa, Debora Cristina Martins.

Palestra sobre a imunização no SUS e o Programa Saúde nas Escolas

Ainda pela manhã, durante o evento, os alunos tiveram uma aula sobre a operacionalização do Sistema Único de Saúde quanto à imunização e também sobre o desenvolvimento do Programa Saúde nas Escolas em todo o Estado.

A palestra “Contextualização do Programa Estadual de Imunizações: potencialidades e desafios” foi ministrada pela coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis (PEI), Danielle Grillo. Ela destacou as competências de cada ente federativo que compõe o SUS no que tange à imunização da população, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI). No nível nacional, ao Ministério da Saúde, compete a coordenação do PNI, a aquisição de imunobiológicos e a organização da logística de distribuição aos estados, além da normatização e inclusão de vacinas.

“Cabem às secretarias estaduais de saúde a coordenação do programa em seu território, promovendo o apoio técnico aos municípios, por meio da educação permanente; o monitoramento do envio dos dados de vacinação, com avaliação contínua das informações das coberturas vacinais; a organização da rede de frio; e a distribuição dos imunobiológicos e insumos aos municípios, uma vez que é o Estado que adquire insumos estratégicos, como seringas e agulhas”, explicou a coordenadora, concluindo que aos municípios cabem a organização da logística e armazenamento locais, além da execução das ações de vacinação em seus territórios.

A palestra sobre o “Programa Saúde nas Escolas” ficou a cargo da referência do programa na Sesa, a assistente social Josymara Siqueira Duque. A profissional explicou sobre a importância do Programa para os municípios, mostrando a adesão das 78 cidades capixabas. Atualmente, para o ciclo 2023/2024, segundo a referência técnica, o programa conta com 1.955 escolas pactuadas, com abrangência a pouco mais de 500 mil alunos.

Ela pontuou ainda as principais ações do PSE para o ciclo em vigência, sendo uma delas, a verificação da situação vacinal e explicou como o programa pode auxiliar na melhora da cobertura vacinal capixaba.

Sobre o Projeto

O Projeto ‘Zé Gotinha nas Escolas’ tem por objetivo promover atividades para crianças e adolescentes a partir da educação em saúde, visando à promoção do pensamento crítico reflexivo e levando à consciência vacinal no ambiente escolar, junto ao reforço simbólico do personagem Zé Gotinha.

Serão desenvolvidas ações por parte do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis (PEI) para capacitar acadêmicos de enfermagem e futuros enfermeiros sobre a temática da vacinação, por meio de atividades como oficinas de trabalho; discussão de casos clínicos; visitas técnicas; e planejamento de atividades a serem desenvolvidas com as criança e adolescentes.

Após a capacitação dos discentes, o Projeto focará em atividades em saúde nas escolas de ensino fundamental, que serão desenvolvidas pelos alunos de enfermagem, por meio do Programa de Saúde na Escola (PSE). Esse processo acontecerá sob supervisão das referências técnicas do PEI, de professores e preceptores das faculdades e de referências do PSE das Unidades Básica de Saúde as quais esses acadêmicos estão inseridos.

 

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