24/07/2009 07h45 - Atualizado em
23/09/2015 13h24
Adolescentes representam 18% dos partos realizados no Himaba

Nos seis primeiros meses deste ano, de cada dez partos realizados na Maternidade Infantil Dr. Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha, dois são feitos em pacientes com menos de 19 anos. Do total de 910 atendimentos registrados neste período, 168 foram em meninas com idade entre 10 e 18 anos, sendo que 58 delas foram submetidas à cesariana.
Os dados estaduais são semelhantes. Foram notificados à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), desde janeiro deste ano, 14.985 partos. Destes, 2.787 foram em adolescentes entre 10 e 19 anos, o que representa 18% do total - mesma porcentagem apresentada no total de partos em 2008 nesta faixa etária.
De acordo com o ginecologista e obstetra do Himaba, Sérgio Emílio Rua, o número de adolescentes grávidas é alto e vem aumentando progressivamente. As causas são diversas. Ele cita, dentre outras, o problema social, evasão escolar, degradação familiar e falta de informação.
O obstetra explica que, além de as adolescentes estarem sujeitas às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), com a prática do sexo sem proteção, a gravidez em mulheres muito jovens, pode trazer alguns riscos. “Em função da imaturidade, seja ela física ou emocional, há maior risco de a gestante contrair diabetes, ter pré-eclampsia ou eclampsia (doença caracterizada pela hipertensão), sofrer aborto, ter parto prematuro, desenvolver depressão e até mesmo apresentar falhas no aleitamento”, enumera o obstetra.
Para evitar complicações, são recomendados alguns cuidados: realização de pré-natal correto, uso das medicações prescritas, realização de exames laboratoriais de rotina, alimentação saudável, cuidados corporais e com a higiene e preparo emocional.
Segundo Sérgio Emílio Rua, a porcentagem de cesarianas entre as adolescentes atendidas no Himaba está acima do teto estabelecido pelo Ministério da Saúde (15%), mas ainda abaixo da média nacional (39%). “Este número elevado é plenamente justificável face às várias intercorrências clínicas e obstétricas a que estas jovens estão expostas”, diz.
De acordo com o médico, o parto normal deve ser sempre a escolha nas gestações de baixo risco, entretanto, a cesárea é indicada em algumas circunstâncias, como por exemplo, quando o feto está em posição anormal, em fetos exageradamente grandes, em mães com bacias estreitas, casos de cirurgias prévias sobre o útero ou em caso de doença que coloque a vida da mãe e/ou do bebê em risco.
Prevenção
A gravidez na adolescência também tira um número significativo de adolescentes da escola. Mas o Governo do Estado criou um programa específico para tratar do assunto, envolvendo os adolescentes, pais e professores no debate deste tema. O trabalho é desenvolvido em conjunto, pelas secretárias de Estado da Saúde e a da Educação.
O programa ‘Na Real, Gravidez na Adolescência não é Legal’, que foi implantado em setembro de 2007 pela Secretaria de Estado da Educação (Sedu), vem apresentando resultados animadores. Só para se ter uma idéia do sucesso, nos municípios-pilotos (Serra e Cariacica) houve uma diminuição de 48% de gravidez entre as adolescentes: foram registrados 110 casos em 2007 e apenas 53 em 2008 entre as alunas das escolas que participam do programa.
Em 2009, o “Na Real” vem sendo implantado em todos os municípios do interior do Estado e na Grande Vitória. Com a ampliação, o programa vai atender a 282 escolas de Ensino Médio, o que totaliza, aproximadamente, 118 mil alunos. Segundo a técnica da Sedu responsável pelo “Na Real”, Simone Chagas Siqueira Pachito, “o programa vem demonstrando claramente que veio para ficar”.
O “Na Real” foi criado para conscientizar os estudantes da rede pública e preparar os professores e pedagogos de escolas estaduais para auxiliarem as famílias na prevenção de um dos maiores motivos do abandono da escola por estudantes entre 15 e 19 anos: a gravidez na adolescência. O programa faz parte do Plano de Desenvolvimento Estratégico do Governo do Estado e conta com a parceria do Instituto Kaplan, uma associação de Educação e Assistência Social, com sede em São Paulo.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Jucilene Borges/Fernanda Porcaro/Marcos Bonn/Raquel
d’Ávila/Karlla Hoffmann
Texto: Fernanda Porcaro
fernandaporcaro@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307/ 9969-8271/ 9943-2776/ 9983-3246
asscom@saude.es.gov.br
Assessoria de Comunicação da Sedu
Álvaro Muniz e Daniele Bolonha
Tels: 27 3137-3656 / 3137-3598 / 9985-7783 / 9905-3637
E-mail: amneto@sedu.es.gov.br / dtbolonha@sedu.es.gov.br / rpassis@sedu.es.gov.br
Os dados estaduais são semelhantes. Foram notificados à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), desde janeiro deste ano, 14.985 partos. Destes, 2.787 foram em adolescentes entre 10 e 19 anos, o que representa 18% do total - mesma porcentagem apresentada no total de partos em 2008 nesta faixa etária.
De acordo com o ginecologista e obstetra do Himaba, Sérgio Emílio Rua, o número de adolescentes grávidas é alto e vem aumentando progressivamente. As causas são diversas. Ele cita, dentre outras, o problema social, evasão escolar, degradação familiar e falta de informação.
O obstetra explica que, além de as adolescentes estarem sujeitas às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), com a prática do sexo sem proteção, a gravidez em mulheres muito jovens, pode trazer alguns riscos. “Em função da imaturidade, seja ela física ou emocional, há maior risco de a gestante contrair diabetes, ter pré-eclampsia ou eclampsia (doença caracterizada pela hipertensão), sofrer aborto, ter parto prematuro, desenvolver depressão e até mesmo apresentar falhas no aleitamento”, enumera o obstetra.
Para evitar complicações, são recomendados alguns cuidados: realização de pré-natal correto, uso das medicações prescritas, realização de exames laboratoriais de rotina, alimentação saudável, cuidados corporais e com a higiene e preparo emocional.
Segundo Sérgio Emílio Rua, a porcentagem de cesarianas entre as adolescentes atendidas no Himaba está acima do teto estabelecido pelo Ministério da Saúde (15%), mas ainda abaixo da média nacional (39%). “Este número elevado é plenamente justificável face às várias intercorrências clínicas e obstétricas a que estas jovens estão expostas”, diz.
De acordo com o médico, o parto normal deve ser sempre a escolha nas gestações de baixo risco, entretanto, a cesárea é indicada em algumas circunstâncias, como por exemplo, quando o feto está em posição anormal, em fetos exageradamente grandes, em mães com bacias estreitas, casos de cirurgias prévias sobre o útero ou em caso de doença que coloque a vida da mãe e/ou do bebê em risco.
Prevenção
A gravidez na adolescência também tira um número significativo de adolescentes da escola. Mas o Governo do Estado criou um programa específico para tratar do assunto, envolvendo os adolescentes, pais e professores no debate deste tema. O trabalho é desenvolvido em conjunto, pelas secretárias de Estado da Saúde e a da Educação.
O programa ‘Na Real, Gravidez na Adolescência não é Legal’, que foi implantado em setembro de 2007 pela Secretaria de Estado da Educação (Sedu), vem apresentando resultados animadores. Só para se ter uma idéia do sucesso, nos municípios-pilotos (Serra e Cariacica) houve uma diminuição de 48% de gravidez entre as adolescentes: foram registrados 110 casos em 2007 e apenas 53 em 2008 entre as alunas das escolas que participam do programa.
Em 2009, o “Na Real” vem sendo implantado em todos os municípios do interior do Estado e na Grande Vitória. Com a ampliação, o programa vai atender a 282 escolas de Ensino Médio, o que totaliza, aproximadamente, 118 mil alunos. Segundo a técnica da Sedu responsável pelo “Na Real”, Simone Chagas Siqueira Pachito, “o programa vem demonstrando claramente que veio para ficar”.
O “Na Real” foi criado para conscientizar os estudantes da rede pública e preparar os professores e pedagogos de escolas estaduais para auxiliarem as famílias na prevenção de um dos maiores motivos do abandono da escola por estudantes entre 15 e 19 anos: a gravidez na adolescência. O programa faz parte do Plano de Desenvolvimento Estratégico do Governo do Estado e conta com a parceria do Instituto Kaplan, uma associação de Educação e Assistência Social, com sede em São Paulo.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Jucilene Borges/Fernanda Porcaro/Marcos Bonn/Raquel
d’Ávila/Karlla Hoffmann
Texto: Fernanda Porcaro
fernandaporcaro@saude.es.gov.br
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307/ 9969-8271/ 9943-2776/ 9983-3246
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Tels: 27 3137-3656 / 3137-3598 / 9985-7783 / 9905-3637
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