24/04/2009 14h43 - Atualizado em 23/09/2015 13h23

Campanha da vacinação contra a gripe começa dia 25 de abril

“Deixe a gripe na saudade. Vacine-se”. Com este slogan, tem início no próximo dia 25 de abril, em todo o território nacional, a 11ª Campanha de Vacinação Contra a Gripe para a população com mais de 60 anos. Durante a campanha, que termina no dia 8 de maio, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) quer ultrapassar a meta atingida em 2008, que foi de 91,24%. O Ministério da Saúde (MS) preconiza 80% de cobertura.

Durante a campanha, serão disponibilizadas vacinas em todas as unidades de saúde municipais. E, no dia 25, sábado, quando será realizado o “Dia D”, os postos de vacinação estarão funcionando das 8 às 17 horas. No Espírito Santo, a população com mais de 60 anos é estimada em aproximadamente 340 mil pessoas.

A meta do MS para 2009 é vacinar no mínimo 80% dessa população (272 mil idosos no Espírito Santo). Para isso, estarão envolvidos na campanha 2.420 postos de vacinação em todo o Estado, 340 veículos e 4.400 pessoas. Além da vacina contra a gripe, os idosos poderão atualizar a vacinação contra o tétano e a difteria.

O objetivo da campanha é prevenir a mortalidade pela gripe e suas complicações, além de melhorar as condições de saúde da população idosa, diminuindo o número de consultas médicas e o uso de medicamentos e de hospitalizações.

No Brasil, as campanhas de vacinação dos idosos contra a gripe acontecem desde 1.999 e o Estado superou as metas de coberturas vacinais em todos os anos. Até 2007, a cobertura preconizada era de vacinar no mínimo 70% da população acima de 60 anos. A partir de 2008, a meta mínima de vacinação passou para 80%.

A gripe

A gripe é uma doença provocada pelo vírus influenza, que incide com maior freqüência na população de maior idade, levando quase sempre a sérias complicações, principalmente pneumonias, o que resulta em um grande número de internações e óbitos nesta faixa etária.

Devido às características de mutação genética do vírus influenza, a cada ano, a formulação da vacina necessita ser atualizada e as pessoas devem ser vacinadas novamente, mesmo que tenham participado das campanhas anteriores. A formulação da vacina que será utilizada neste ano, produzida pelo Instituto Butantan, atende às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para ser utilizada no Hemisfério Sul.

O envelhecimento das populações é atualmente uma das grandes preocupações da saúde pública. A qualidade de vida desse grupo é um objetivo a ser perseguido, considerando que a saúde é resultado da interação entre condições física e mental, independência financeira, capacidade funcional e suporte familiar e social.

A Organização Mundial da Saúde estima que o Brasil, em duas décadas, será o 6º País do mundo em população de idosos. Semelhante ao que acontece nas demais nações do mundo, o Brasil está passando por um processo de envelhecimento rápido e intenso.

Um dos maiores desafios em relação à saúde da população com mais de 60 anos é a prevenção de enfermidades que interferem no desenvolvimento de suas atividades diárias, sendo a gripe uma das principais doenças.

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, a partir de pesquisas internacionais, a vacina contra o influenza reduz, nos idosos imunizados, mais de 50% das doenças relacionadas à gripe e, no mínimo, 32% das hospitalizações por pneumonias. Além disso, há queda de pelos menos 31% das mortes hospitalares por pneumonia e influenza (gripe) e de cerca de 50% das mortes hospitalares relacionadas às doenças respiratórias.

Reações

É comum as pessoas reclamarem que, depois de tomar a vacina, ficam gripadas. A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Marta Casagrande Koehler, esclarece que há um mito em torno dessa idéia equivocada. A vacina é produzida por vírus mortos, fragmentados (inativados), que não se multiplicam no organismo e, portanto, não são capazes de provocar a doença.

“É como se o vírus fosse morto e depois picado. Esses fragmentos são suficientes para induzir a produção dos anticorpos, os quais vão impedir que a pessoa adoeça pela gripe”, explica. Outro fator importante é que a vacina leva de 14 a 21 dias para começar a proteger. Então, se a pessoa se contaminar neste período, a vacina não irá impedir a doença.

Todos os tipos de vacina, apesar de serem benéficas para o organismo, não deixam de ser um agente invasor. O corpo reage como mecanismo de defesa. É nesse momento que a pessoa pode apresentar algum tipo de reação. Mas essas reações depois da vacinação não podem ser consideradas nem mesmo um resfriado.

As mais comuns são: leve mal-estar, inchaço local, febre baixa e dor no corpo, quase sempre leves e passageiras. Febre e dores no corpo poderão surgir nas primeiras 48 horas, que desaparecem em média após 72 horas. “Mas é fundamental lembrar que os incômodos da vacinação compensam os riscos de se adquirir a doença e suas complicações”.

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