18/06/2009 15h57 - Atualizado em 23/09/2015 13h24

‘Dia D’ da campanha de vacinação contra a paralisia infantil começa neste sábado (20)

Com o tema “Não pode vacilar. Tem que vacinar”, acontece neste sábado (20), o “Dia D”, a primeira etapa da campanha de vacinação contra paralisia infantil, com a realização do Dia Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. O lançamento oficial no Espírito Santo será no município de Vila Velha, na Unidade de Saúde em Paul, a partir das 08 horas. A meta do Brasil e do Espírito Santo é imunizar 95% das crianças menores de cinco anos.

Para celebrar o “Dia D“, as crianças vão encontrar muita diversão. Vila Velha prepara uma ação especial para a população de Paul. Além da decoração da Unidade de Saúde, pela manhã os pequenos vão poder brincar com o pula-pula e a presença dos Anjos da Enfermagem (profissionais como os Especialistas do Riso), das 8 às 13 horas. Ainda terá algodão doce, pipoca e pirulito para a criançada. A Unidade de Paul fica na Avenida Jerônimo monteiro s/n, em frente à farmácia Joprofarma após o supermercado EPA.

De acordo com a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações (PEI) da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Marta Casagrande, o objetivo é atingir o maior número possível de crianças no “Dia D” da campanha. No dia 22 de agosto, será realizada a segunda etapa da campanha.

Por isso, a vacina estará disponível em todos os municípios do Brasil e será aplicada nos postos de saúde e em postos volantes, como veículos, igrejas e supermercados, de acordo com a programação das Secretarias Municipais de Saúde.

O Estado recebeu do Ministério da Saúde (MS) 415.700 doses da vacina oral contra a poliomielite, que foram distribuídas para todos os municípios capixabas. Neste sábado (20), a mobilização contará com aproximadamente 2.400 postos de vacinação, 350 veículos e envolverá uma média de 4.400 profissionais.

Pais ou responsáveis por crianças devem levá-las aos locais de vacinação, entre 08 e 17 horas, para receber a vacina. Ela é indolor e simples: são apenas duas gotas administradas por via oral. É importante apresentar o Cartão da Criança para que outras vacinas do calendário básico sejam atualizadas, se necessário.

Metas e estimativas

No Brasil, a estimativa de crianças menores de 5 anos de idade em 2009 é de 14.720.095. Já o Espírito Santo, esta população representa 277.117 crianças, segundo dados do Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC).

Em 2008, a população capixaba menor de 5 anos representou 278.272. Na primeira etapa, 279.622 crianças foram vacinadas, com cobertura final de 100,49% (somada a população flutuante), sendo que 70 municípios (89,74%) alcançaram a cobertura mínima.

Já na segunda etapa, 275.784 crianças foram vacinadas, o correspondente a 99,11% do público-alvo, e 65 municípios (83,33%) ainda alcançaram a meta do MS.



São apenas duas gotinhas aplicadas via oral.


Baixa procura

A coordenadora do PEI explica que nos últimos anos a procura pela vacina tem sido baixa. “Um dos motivos para isso baseia-se no fato de não termos a doença há muitos anos. Por isso, não existe um impacto desejado, diferentemente do que acontece quando há risco imediato de morte por alguma outra doença, como foi o caso da febre amarela. As pessoas acham que não precisam mais. Mas, na realidade, devemos manter altas coberturas vacinais para que não haja a volta da doença. Ela não está erradicada no mundo e pode haver a reintrodução do vírus”, ressalta.

A doença

A poliomielite ou paralisia infantil, como é popularmente conhecida, é uma doença infecto-contagiosa, causada por um vírus. Ele acomete em geral os membros inferiores e tem como principais características a flacidez muscular, e pode levar à morte ou a seqüelas paralíticas irreversíveis.

A doença teve alta incidência no País em anos anteriores, deixando centenas de deficientes físicos a cada ano. Atualmente, ainda há risco de reintrodução do vírus da pólio no Brasil, e por isso as campanhas se mantêm como uma ação necessária de prevenção desde 1980.

O último caso de paralisia infantil registrado no País foi em 1989. No Estado, a última notificação foi em 1987. Em 1994, o Brasil recebeu o certificado Internacional de Erradicação da Transmissão Autóctone do Poliovírus Selvagem.

Curiosidades

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), referentes ao período entre 2000 e 2009 (até maio), ainda existem 19 países asiáticos e africanos com casos de pólio, sendo quatro considerados pólio-endêmicos: Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão.

Outros 15 têm casos confirmados de poliomielite importados: Sudão, Uganda, Quênia, Benin, Angola, Togo, Burkina Faso, Níger, Mali, República da África Central, Chad, Costa do Marfim, Gana, República Democrática do Congo e Nepal.

Em 2008, foram registrados 1.660 casos da doença no mundo. Houve um considerável aumento do número de casos nos países não endêmicos em 2009, elevando-se de 21 em 2008, para 118 no mesmo período em 2009 (até 20 de maio).


Informações importantes:

Onde vacinar
• “Dia D” – em postos de saúde municipais e em postos volantes, como veículos, igrejas e supermercados;

Horário de funcionamento dos postos de vacinação
• Das 8 às 17 horas.

Como é a aplicação da vacina
• São apenas duas gotas administradas por via oral;
• É indolor.

Que documentos devem ser apresentados no posto de vacinação?
• É importante levar o Cartão da Criança para que outras vacinas do calendário básico sejam atualizas, se necessário.

Quem deve ser vacinado?
• Crianças que ainda não completaram 5 anos de idade (do nascimento até 4 anos 11 meses e 29 dias), mesmo que tenham recebido outras doses ou participado das campanhas anteriores.

Quem não deve ser vacinado?
• Deve ser evitada em crianças portadoras de infecções agudas, com febre acima de 38º C, diarréia ou vômito e com hipersensibilidade conhecida a algum componente da vacina, a exemplo da estreptomicina ou eritromicina;
• Crianças que já tenham apresentado alguma reação anormal à vacina e imunologicamente deficientes devido a tratamento com imunossupressores ou com deficiência imunológica congênita;
• Pacientes submetidos a tratamento com corticosteróide, antimetabólicos, radiação ou a qualquer terapia imunossupressora.

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Texto: Karlla Hoffmann
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