Nesta segunda-feira (21), quando comemora-se o Dia Nacional de Prevenção à Asma, a Sesa chama a atenção para a doença que atinge pelo menos 20% da população brasileira. A asma não tem cura, mas pode ser controlada em 95% dos casos e ficar anos sem se manifestar.

Mas, para isso, o ideal é que todos os asmáticos recebam o tratamento adequado e se previnam para que possam melhorar sua qualidade de vida. No Programa de Asma Grave, fundado em 2005 pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), 1.700 pacientes já foram atendidos.

O Programa, que atende, prioritariamente, aos casos mais graves de asma - aqueles mais resistentes à medicação básica - oferece avaliação, diagnóstico, acompanhamento por equipe multidisciplinar, realização de exames e o fornecimento de medicamentos de alto custo. Os principais sintomas da doença são falta de ar, cansaço, chiado no peito e tosse.

Segundo uma das médicas do Programa, a alergista Suely Zanetti Brioschi Vieira, para fazer parte dele, é preciso haver indicação por médicos das unidades da saúde, onde os pacientes com asma leve a moderada são tratados, ou por especialistas capacitados para acompanhamento da doença.

A asma é causada pela inflamação das vias respiratórias, principalmente dos brônquios, onde ocorre estreitamento, inchaço da mucosa e aumento na produção de secreção. Suely compara o nosso pulmão a uma árvore e, na asma, é como se o tronco e os galhos dessa árvore inflamassem e dificultassem a passagem de ar. Por isso que, muitas vezes, ocorre o chiado no peito, reflexo da dificuldade da passagem de ar pelos “galhos” desse tronco.

“Como é uma doença crônica, assim como hipertensão e diabetes, deve ter tratamento prolongado, não se tratando apenas as crises, mas também com mudança nos hábitos e estilos de vida”, observa a médica da Sesa.

Suely observa que nesse período de outono e inverno, a procura pelo atendimento médico aumenta, já que a mudança de tempo frequente e o acréscimo dos casos das doenças respiratórias são alguns dos fatores que desencadeiam reação inflamatória da asma. Outros fatores que funcionam como “gatilho” para a crise asmática são poluição, cheiros fortes, fumaças de cigarros, pêlos de animais, alguns medicamentos, fatores emocionais, entre outros.

“Cada vez mais acredita-se que o médico não pode atuar sozinho, por isso é fundamental que o paciente também possa acompanhar o tratamento, colaborando ativamente para que se consiga o controle da doença”, conclui Suely.

Serviço:
Programa de Asma Grave
Funciona no CRE Metropolitano, 1º andar
End.: Rod. 262, Jardim América, Cariacica
Horário de funcionamento: 2ª a 6ª, das 7 às 16 horas
Contato: 3388-4490

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