23/08/2012 09h08 - Atualizado em 23/09/2015 13h34

Doença pouco conhecida, anemia falciforme é tema de fórum

A discussão em torno da anemia falciforme, doença hereditária que atinge o sangue, é o tema do Fórum que será realizado durante toda esta quinta-feira (23), no Plenário Dirceu Cardoso da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales). Um dos principais objetivos é chamar a atenção da sociedade civil sobre a doença, ainda pouco conhecida.

O secretário de Estado da Saúde, José Tadeu Marino, compôs a mesa de abertura ao lado de demais autoridades e ressaltou os avanços do Governo na assistência especializada a esses pacientes. “Esse tema merece uma atenção especial devido à alta incidência da doença na população, por isso temos elaborado políticas públicas nesse sentido”, disse.

Marino fez um breve relato das ações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) nessa área. “Em fevereiro deste ano publicamos portaria que institui, na rede pública de saúde do Espírito Santo, as diretrizes para a Política Estadual de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias”, ressaltou.

“Além disso, habilitamos uma linha telefônica para ser utilizada pelos serviços de atendimento às pessoas com doença falciforme e publicamos outra portaria estadual nomeando a coordenação da Política. Distribuímos também cartões de Identificação da Pessoa com Doença Falciforme, tudo isso para contribuir ainda mais com a assistência”, salientou Marino.

O secretário, entretanto, falou que os trabalhos para ampliar essa rede de atendimento continuam. “Queremos participar de capacitação de profissionais e também pensamos em ampliar e descentralizar essa rede por meio da proposta do Governo de criação de cinco centros médicos especializados no Estado”, concluiu o secretário.



A doença

A anemia falciforme é uma das doenças hereditárias mais comuns no Brasil, de elevada mortalidade, principalmente nos primeiros anos de vida, o que exige identificação e tratamento precoces. É mais comum na população negra e sua incidência é de 1 a cada 1.800 pessoas. O diagnóstico é feito a partir do teste do pezinho, realizado nos primeiros dias de vida do bebê.

No Espírito Santo, pacientes que sofrem com anemia falciforme (entre outras doenças hematológicas) são acompanhadas pelo Hemocentro da Sesa (Hemoes), que conta com um centro de referência nessa área. Lá, pacientes têm atendimento multidisciplinar especializado, incluindo médicos, dentistas, psicólogos e assistentes sociais, farmácia para distribuição de medicamentos específicos, transfusão de sangue e orientação.



O Fórum

O III Fórum Social sobre Doença Falciforme e Outras Doenças Crônicas é promovido pela Associação de Portadores de Anemia Falciforme do Espírito Santo, em parceria com a Ales e Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). O evento vai até às 17 horas.

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