08/07/2009 08h27 - Atualizado em
23/09/2015 13h24
Dois casos de micobactéria são confirmados pela Sesa
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informa que as ações de vigilância em saúde resultaram na notificação de quatro novos casos de infecção por micobactéria, sendo dois confirmados e dois suspeitos. Todos os casos foram em decorrência de cirurgias de implante mamário realizadas na Clínica Kuster, em Vila Velha, durante o mês de janeiro de 2009.
A notificação do primeiro paciente foi recebida pela Sesa no final de maio, e o caso foi confirmado em 08 de junho pelo Laboratório Central (Lacen). De imediato a Sesa adotou as seguintes medidas:
- Manteve oficialmente a suspensão dos procedimentos de implante de prótese mamária no estabelecimento, decisão que já havia sido tomada pela própria Clínica.
- Realizou reunião de esclarecimento com a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da Clínica e mantém monitoramento das atividades de busca ativa dos pacientes que fizeram implante mamário entre dezembro de 2008 e maio de 2009. Como resultado da busca, foram identificados o segundo caso confirmado e os dois suspeitos.
- Fez a inspeção sanitária no Centro de Materiais Esterilizados (CME) do estabelecimento.
- Realizou visitas técnicas ao Centro Cirúrgico da Clínica para investigar os processos, rotinas de trabalho e técnicas praticadas no momento das cirurgias.
- Reforçou fiscalização das clínicas e hospitais capixabas que realizam cirurgias plásticas.
Após essas ações de vigilância, controle e bloqueio, a Sesa não encontrou nenhuma irregularidade nos processos e rotinas de trabalho da Clínica Kuster. Como até o momento não houve identificação da causa da contaminação, a Secretaria acionou o Ministério da Saúde (MS), solicitando envio de uma equipe para, em trabalho conjunto, aprofundar as investigações quanto à fonte de contaminação.
Os técnicos do Ministério estarão no Estado a partir da próxima semana. Até que haja uma avaliação final das duas instituições – Sesa e MS –, os procedimentos de implante mamário ficarão suspensos na clínica.
A Vigilância Sanitária do Estado continua a fiscalizar os hospitais e clínicas em todo o Espírito Santo. Esta atividade verifica especificamente os protocolos que formalizam os processos de trabalho relacionados à esterilização de materiais, à organização do controle de infecção hospitalar em relação à busca de casos, e à regularidade do controle da entrada, da armazenagem e distribuição de insumos usados em cirurgias plásticas.
Micobactéria no ES
Os casos:
2007
- 195 confirmados
- 194 com alta do medicamento, mas com monitoramento médico
2008
- 16 confirmados
- 10 com alta do medicamento, mas com monitoramento médico
Saiba mais:
A micobactéria
A micobactéria de crescimento rápido (MCR) é um microorganismo encontrado no solo, na água e eventualmente no ser humano, que pode gerar dificuldades na recuperação de pacientes submetidos a procedimentos invasivos. Trata-se de um bacilo da família das bactérias que causa a tuberculose.
Existem mais de 100 espécies de micobactérias catalogadas no mundo. No Brasil, o microorganismo já foi notificado na maioria dos estados desde 2003. No Espírito Santo, o fenômeno é mais recente ainda. Os primeiros casos suspeitos surgiram a partir de julho de 2007.
A transmissão da MCR pode estar relacionada ao mal reprocessamento dos instrumentais e aparelhos utilizados em procedimentos invasivos. Não há, portanto, relatos de contaminação entre pessoas até o momento. O período de incubação da bactéria pode variar de duas semanas a 12 meses.
As infecções podem envolver praticamente qualquer tecido, órgão ou sistema do corpo humano, e é mais frequente o acometimento na camada interna da pele. Os infectados apresentam sintomas como dor intensa, vermelhidão, aparecimento de lesão e nódulos (pequenos caroços), dificuldade de cicatrização e secreção no local da incisão cirúrgica.
O trabalho da Vigilância Estadual
A Vigilância Sanitária age de forma diferente em determinadas situações. Faz parte de sua rotina fiscalizar para liberar o alvará de licença sanitária. Essa atuação está balizada na legislação e nas normas (estaduais e federais) vigentes. Para cada tipo de estabelecimento existem regras específicas relacionadas à emissão do alvará.
Outra situação é quando surgem evidências de risco para a saúde pública. A fiscalização atua com foco no fato, realizando uma investigação aprofundada para apurar a origem do problema e sua resolução. O fator que desencadeia a ação da Vigilância determina o prazo de resposta da investigação.
Uma série de medidas é adotada para estudar as causas, conseqüências e evitar o desenvolvimento de, por exemplo, uma infecção. São feitas investigações, análises de laboratório, criação de comitês de acompanhamento, fiscalizações, apreensão de material, emissão de autos de infração e orientações sobre novos processos de trabalho. Também é feita a assistência médica, laboratorial aos pacientes, quando o caso requer.
Informações à Imprensa:
Jucilene Borges/Fernanda Porcaro/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/Karlla Hoffmann
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307
asscom@saude.es.gov.br
A notificação do primeiro paciente foi recebida pela Sesa no final de maio, e o caso foi confirmado em 08 de junho pelo Laboratório Central (Lacen). De imediato a Sesa adotou as seguintes medidas:
- Manteve oficialmente a suspensão dos procedimentos de implante de prótese mamária no estabelecimento, decisão que já havia sido tomada pela própria Clínica.
- Realizou reunião de esclarecimento com a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da Clínica e mantém monitoramento das atividades de busca ativa dos pacientes que fizeram implante mamário entre dezembro de 2008 e maio de 2009. Como resultado da busca, foram identificados o segundo caso confirmado e os dois suspeitos.
- Fez a inspeção sanitária no Centro de Materiais Esterilizados (CME) do estabelecimento.
- Realizou visitas técnicas ao Centro Cirúrgico da Clínica para investigar os processos, rotinas de trabalho e técnicas praticadas no momento das cirurgias.
- Reforçou fiscalização das clínicas e hospitais capixabas que realizam cirurgias plásticas.
Após essas ações de vigilância, controle e bloqueio, a Sesa não encontrou nenhuma irregularidade nos processos e rotinas de trabalho da Clínica Kuster. Como até o momento não houve identificação da causa da contaminação, a Secretaria acionou o Ministério da Saúde (MS), solicitando envio de uma equipe para, em trabalho conjunto, aprofundar as investigações quanto à fonte de contaminação.
Os técnicos do Ministério estarão no Estado a partir da próxima semana. Até que haja uma avaliação final das duas instituições – Sesa e MS –, os procedimentos de implante mamário ficarão suspensos na clínica.
A Vigilância Sanitária do Estado continua a fiscalizar os hospitais e clínicas em todo o Espírito Santo. Esta atividade verifica especificamente os protocolos que formalizam os processos de trabalho relacionados à esterilização de materiais, à organização do controle de infecção hospitalar em relação à busca de casos, e à regularidade do controle da entrada, da armazenagem e distribuição de insumos usados em cirurgias plásticas.
Micobactéria no ES
Os casos:
2007
- 195 confirmados
- 194 com alta do medicamento, mas com monitoramento médico
2008
- 16 confirmados
- 10 com alta do medicamento, mas com monitoramento médico
Saiba mais:
A micobactéria
A micobactéria de crescimento rápido (MCR) é um microorganismo encontrado no solo, na água e eventualmente no ser humano, que pode gerar dificuldades na recuperação de pacientes submetidos a procedimentos invasivos. Trata-se de um bacilo da família das bactérias que causa a tuberculose.
Existem mais de 100 espécies de micobactérias catalogadas no mundo. No Brasil, o microorganismo já foi notificado na maioria dos estados desde 2003. No Espírito Santo, o fenômeno é mais recente ainda. Os primeiros casos suspeitos surgiram a partir de julho de 2007.
A transmissão da MCR pode estar relacionada ao mal reprocessamento dos instrumentais e aparelhos utilizados em procedimentos invasivos. Não há, portanto, relatos de contaminação entre pessoas até o momento. O período de incubação da bactéria pode variar de duas semanas a 12 meses.
As infecções podem envolver praticamente qualquer tecido, órgão ou sistema do corpo humano, e é mais frequente o acometimento na camada interna da pele. Os infectados apresentam sintomas como dor intensa, vermelhidão, aparecimento de lesão e nódulos (pequenos caroços), dificuldade de cicatrização e secreção no local da incisão cirúrgica.
O trabalho da Vigilância Estadual
A Vigilância Sanitária age de forma diferente em determinadas situações. Faz parte de sua rotina fiscalizar para liberar o alvará de licença sanitária. Essa atuação está balizada na legislação e nas normas (estaduais e federais) vigentes. Para cada tipo de estabelecimento existem regras específicas relacionadas à emissão do alvará.
Outra situação é quando surgem evidências de risco para a saúde pública. A fiscalização atua com foco no fato, realizando uma investigação aprofundada para apurar a origem do problema e sua resolução. O fator que desencadeia a ação da Vigilância determina o prazo de resposta da investigação.
Uma série de medidas é adotada para estudar as causas, conseqüências e evitar o desenvolvimento de, por exemplo, uma infecção. São feitas investigações, análises de laboratório, criação de comitês de acompanhamento, fiscalizações, apreensão de material, emissão de autos de infração e orientações sobre novos processos de trabalho. Também é feita a assistência médica, laboratorial aos pacientes, quando o caso requer.
Informações à Imprensa:
Jucilene Borges/Fernanda Porcaro/Marcos Bonn/Raquel d’Ávila/Karlla Hoffmann
Tels.: 3137-2378 / 3137-2307
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